quinta-feira, 11 de junho de 2009

Consultas...

A minha segunda ida ao médico, inquietava-me…
Há muito que não fazia exames e após uma primeira consulta numa clínica privada, sentia-me nervoso, agitado, ansioso…
Retirei sangue e recolhi urina para análise. Fiz um electrocardiograma, inúmeras medições de tensão arterial, provas de esforço e depois de todos estes exames, preparava-me para ser confrontado com os resultados a que me tinha submetido. A médica que me recebeu da primeira vez era simpatiquíssima, afável, simples na maneira de falar e prática no sentido de explicar o porquê daquelas análises.
Não teria mais do que 35 anos, morena, de baixa estatura e de traços claramente latinos. Recordo-me como me recebeu e como fazia questão de me pressionar sobre o meu natural desleixo relativamente a um maior acompanhamento médico. Respondeu-me a algumas dúvidas e questões que fui formulando sem qualquer dificuldade e perante toda essa enorme descontracção, posso dizer que fui extremamente bem atendido.
Finalmente, o dia da consulta aconteceu e a espera na pequena sala que nos recebia, pareceu-me interminável. Chamaram pelo meu nome e por entre um nervoso miudinho quase incontrolável, levantei-me e acorri de pronto, destemido, embora sempre receoso. Entrei na sala de consulta, fechei a porta e cumprimentando a médica, pude constatar que a mesma mulher que me tinha recebido tão calorosamente da primeira vez, ainda mantinha o mesmo sorriso simpático com que me presenteou.
Sentei-me e entreguei-lhe os envelopes dos exames… Aguardei impaciente com o estridente som do papel a descolar, do mesmo modo que a demora em ler os resultados criava em mim uma ansiedade crescente. Acompanhei-a a dobrar novamente as cartas e a colocá-las nos mesmos envelopes que tinha aberto. Felizmente, tudo estava bem!
Tranquilizei-me, ainda que sentisse o meu coração a rebentar. Ela levantou-se e pediu-me para puxar a manga da camisola. Mediu-me a pressão arterial, alertando-me para ir acompanhando o ritmo cardíaco com frequência, embora não inspirasse cuidados de maior. Pediu-me de seguida para me sentar na pequena maca do consultório e tirar a camisa. Auscultou-me, observou-me os ouvidos, a garganta e pedindo-me para me deitar confortavelmente, continuou a examinar-me. Pressionou-me o abdómen em diversas zonas, tocando-me, sentindo-me… Arrepiei-me e reagi um pouco com a suavidade daquele toque. Conseguia daquela posição, ver-lhe uma parte do decote por entre a bata e a isso não fiquei indiferente. Senti-a continuar e mais do que me estar a examinar, pareceu-me vê-la sentir prazer no contacto das suas mãos com a minha pele. Continuou um pouco mais até se virar rapidamente e me pedir de súbito para me levantar. Senti-me excitado, quente, com uma erecção bem notória e a tomar conta de mim. Ela, ter-se-á apercebido e talvez também levada por alguma excitação e não querendo colocar em causa toda a sua conduta, ter-me-á feito aquele pedido bruscamente. Levantei-me no preciso instante que ela se tornou a virar, ficando ambos no exíguo espaço entre a maca e a parede, frente a frente, olhos nos olhos…
Olhou-me, baixando de pronto o rosto, constrangida e nitidamente incomodada. Fechou os olhos, aproximou-se um pouco mais e beijou-me a pele timidamente. Acedi àquela provocação, abraçando-a, puxando-a para mim e fazendo-a sentir colada ao meu corpo. Apertei-a, coloquei-lhe as minhas mãos nas nádegas, levantando-a e roçando-a no meu sexo cada vez mais duro e sedento. Ela gemeu, rendeu-se, entregou-se… Colocou a mão no meu ventre, deslizou a mão por entre o tecido das minhas calças e da minha pele nua, procurando-o e satisfazendo-se. Abriu-me a fivela do cinto, desapertou-me as calças botão a botão e baixou-as juntamente com a minha roupa interior… Tocou-o com força, avidez, masturbando-me e dando-me prazer como há muito não sentia. Abriu uma pequena gaveta e retirou um preservativo. Rasgou a embalagem e colando-o nos lábios, baixou-se sobre mim para o colocar com a boca. Fê-lo com suavidade, meiguice e de um modo que me surpreendeu. Deslizou depois e lentamente sobre o meu sexo, desenrolando aquela camisinha vagarosamente e em toda a extensão do meu pénis. Acariciou-o com a língua, com um beijo malicioso e um olhar provocador… Levantou-se de seguida, virando-se e roçando-se nele como se há muito mo pedisse.
Coloquei-lhe as mãos no tronco, ajudando-a a ver-se livre da bata que a revestia e despi-a um pouco mais. Desapertei-lhe a saia, abri-lhe os botões da camisa e puxando os seios para fora do soutien, agarrei-os com a palma das minhas mãos num desejo incontrolável. Beijei-a no rosto, no pescoço, trincando-lhe e lambendo-lhe o pequeno lóbulo da orelha. As mãos inquietas com que ele me sentia, não paravam de me satisfazer, tocando-me no sexo, nas coxas, nas nádegas e quase me exigindo que a penetrasse com força. Por fim, as mesmas mãos que me mimavam, baixaram a lingerie que a compunha, deixando-me livre para a consumir e devorar. Fi-lo com força, com estocadas fortes e sedentas de um prazer único. Dava-me prazer fazê-lo assim, sentindo-a rejubilar e repartir a mesma sensação. Virei-a de seguida e deitando-a na mesma maca onde momentos antes tinha sido examinado, transpus aquele sexo quente, húmido e apertado… Excitou-me fazê-lo assim, naquele ambiente de fantasia e com uma mulher semi-despida. Já perto do clímax, retirei o preservativo e ejaculei naquele corpo maravilhoso que tanto prazer me dera...
Beijei-a, mimei-a e sorri-lhe com o mesmo olhar gratificante com que ela me observava. Levantei-a, vestimo-nos e em silêncio permanecemos por mais alguns instantes. Ela dirigiu-se à pequena secretária, rabiscou umas letras numa receita médica e entregou-ma dobrada. Saí com um sorriso, embora estranhamente invadido por uma sensação de irrealidade e loucura. Já cá fora, abri o pequeno papel e pude ler a seguinte frase: “Obrigada pela fantasia… Saber-me-ás como encontrar.”
Sorri novamente, pensando sobre de quem seria afinal, este delicioso fetiche…

9 comentários:

Luna disse...

Excitante narrativa...
Bjs de Lua Cheia

Nany C. disse...

hummm...
a imaginação ferve...

muito bom... adorei!!

Beijão!

Nany C. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Penso que já tinha lido este texto.
Terias um outro blog, ou ja tinhas escrito noutra altura?
Mas digo-te que tens boa imaginação. Gostei.

Nany C. disse...

Feliz Dia dos Namorados!!

Beijos no coração!!
=)

Anónimo disse...

Como se torna enfadonho receberes tantos elogios, desta vez apenas digo que estou contente por teres acedido aos pedidos p escreveres mais vezes!

vou ficar à espera!! heheh
kiss

Anónimo disse...

Certamente que nos textos que escreves não há só fantasia. Não quis dizer isso. Aliás, muitos dos nossos escritos mostram o que sentimos, a que desejámos, o que vivemos.
Mas acima de tudo, congratulo o teu estilo.
Parabéns e obrigado pelo comentário.

Nany C. disse...

http://meutesaoemeusonhar.blogspot.com/

Vai lá ;)

rs...

... disse...

Estás a ver como não doi nada ir ao médico

(bela narrativa)

beijo


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