quarta-feira, 2 de abril de 2008

Sedento!

Sinto um mórbido desejo...
Há algum tempo que o meu corpo parece reagir à chegada de uma nova estação e com ele, o desejo cresce com o passar dos dias, com o atingir das noites e com a atracção visual de quem comigo se cruza. Torna-se primitivo, bruto, animalesco e estranhamente complexo este domimar ou reprimir as súbitas vontades de saciar os meus intentos... Reajo fisicamente com cada mulher que comigo interage e se por vezes me consigo controlar sem qualquer problema, noutras situações é-me praticamente impossível disfarçar ou quase conter...
Recordo com alguns laivos de malícia e uma espécie de saudade, uma situação ocorrida há uns anos com uma colega. Tudo parecia um dia normalíssimo de trabalho, não fosse o calor abrasador de uma tarde de Junho e um secreto desejo sexual da minha parte. Dialogávamos muito por força das nossas ocupações e o trabalho a dois e em equipa, era uma união necessária para alcançarmos os nossos objectivos. Num desses momentos e não conseguindo sequer entender o porquê, uma excitação primitiva e quase despropositada, levou de vencida um pensamento racional que precisava naquela altura, não conseguindo por isso, disfarçar uma erecção bem visível no meu baixo ventre. Corado e algo embaraçado, reparei que ela se apercebera da situação e bem mais calma que eu, sorriu e continuou com a tarefa que tínhamos em mãos. Senti-me estranho, nervoso e necessitava urgentemente de refrear os meus ímpetos ainda que não estivesse convicto de como o fazer. Pensei chegar à casa de banho, tocar-me, masturbar-me e tentar aliviar toda a tensão acumulada por aqueles momentos... Optei por me sentar calmamente, colocando a mão sobre o meu sexo e com o coração a palpitar, fiz por me descontrair e relaxar. Fi-lo por breves instantes, até sentir que a minha colega me começava a provocar do outro lado. Soltou o cabelo, abanando a cabeça com sensualidade... Mordiscou as astes dos óculos e de perna traçada, olhava para mim com um sorriso enigmático e assustador. A camisa que trazia vestida parecia colaborar com o ambiente e o botão que antes parecia estar apertado, mostrava-me agora um pouco daquele peito... Agitava as pernas com suavidade e ora cruzando, ora descruzando, tudo pareceu fazer para me deixar ainda mais louco. Não mais me consegui concentrar e até final daquela tarde, tudo me pareceu um verdadeiro suplício. De volta a casa, não parei de pensar num só instante naquela situação. Sentia-me completamente perdido e não sabendo ao certo qual o verdadeiro interesse daquela rapariga, tudo fiz para me reprimir.
Nos dias que se seguiram, a proximidade entre nós foi crescendo de um modo estranho, quase engolindo a relação laboral e transformando-a em algo mais... Nada aconteceu entre nós e apesar de agora trabalharmos em lugares diferentes, ambos sabemos porque motivo cresceu alguma empatia entre nós. Talvez eu tivesse sido demasiado forte, numa fraqueza que por vezes as mulheres conseguem aproveitar e os homens facilmente se deixam levar. Ainda assim, se o arrependimento matasse...

1 comentário:

Anónimo disse...

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