quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Noites...

Fim de ano...
Como sempre, estaremos juntos, discretos e numa harmonia perfeita. Recordo o ano transacto e sei que este ano também não será diferente. A mesa marcada para dois, o champagne no balde de gelo a convidar a um brinde e nós, sempre nós com 12 pequenas passas cheias de votos e sonhos, para cada mês do novo ano que se aproxima. Foi bom aquele jantar, a festa de quem nos circundava, a alegria e o riso de alguns excessos, o álcool que sem nos embrigar nos deixou mais soltos, mais bem dispostos e com mais motivos para celebrar...
Jantámos, dançámos, trocámos votos sinceros de tudo aquilo que desejávamos para este ano e por entre as doze badaladas, sentimos um beijo de amor e união mais forte do que nunca. Regressamos a casa bem tarde, cansados, exaustos mas cheios de vontade de continuarmos a celebrar e a darmos graças por mais um ano. Deitámo-nos em cima da cama, sorrindo, continuando com as brincadeiras, com a troca de mimos, de afectos, até que um beijo mais sério, teve o condão de nos acordar, de nos transportar para uma realidade diferente e acentuar o desejo que julgávamos por hoje, estar adormecido. Despimo-nos em simultâneo, sentindo as nossas peles tocarem-se, sem pressas, sem ritmos, mas com um súbito calor a apoderar-se de nós. Senti a tua boca, os teus lábios, a tua língua... Foi bom demais teres-me acordado dessa forma, tocando-lhe, lambendo-o, chupando-o e deixando-me rendido a ti... Peguei-te no rosto, quase implorando para não continuares... Apeteceu-me beijar-te, sentir a tua língua na minha, dançando, apertando-te e tendo-te só para mim. Puxei-te, convidando-te a deixares-te penetrar, sem pressas, sem ritmo, sentindo apenas... Fizemos amor de um modo diferente, parecendo apenas sexo mas ao mesmo tempo perfeitamente sentido, talvez pelo álcool, talvez por um estado ainda irreal provocado pelo clima dos festejos, talvez por... sermos assim.
Acabámos por adormecer, nús, ainda mais cansados mas plenamente realizados e felizes.
Acordámos já bem tarde e repletos de um carinho e de um afecto que a ambos transcendeu... Lembras-te? Que este ano possamos e consigamos viver tudo da mesma forma... Seria um excelente prenúncio para 2008. Feliz Ano Novo!

2 comentários:

Anónimo disse...

Nossos corpos
se cruzam e descruzam
como serpentes
cálidas
se enroscam
e se apertam
atarracham
num crescendo
sem limite.

Há gemidos delirantes
há percussões arrítmicas
respirações ofegantes
empastadas em suor
até ao êxtase
e ao torpor.

Não há discurso
erótico
que resista
à mudez
desta nudez
tumultuosamente
sinfónica.

BOM ANOOO

BEOJOCAS

luafeiticeira disse...

Bem, para após um ano ainda te recordares.... deve ter sido mesmo óptimo. Que venha a ser tão bom ou melhor.
beijos


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