terça-feira, 13 de maio de 2008

Paixão...

México…
Tinha tirado uns dias no final de Julho para umas longas e merecidas férias. O desejo das Caraíbas era enorme, mas queria algo diferente de um simples amontoado de areia, palmeiras e uma longa extensão de mar acompanhada por um calor asfixiante. Há muito que a dúvida pairava entre Cuba e a riqueza da península mexicana de Yucatán, mas um estranho impulso levou-me a decidir pela história e cultura Maia. Aterrei em Cancún sem sobressaltos, seguindo até Cozumel para me hospedar num fantástico resort cuja saudade ainda me faz sorrir. O calor húmido que se fazia sentir deixava no ar um ambiente quase irrespirável, mas aos poucos consegui-me ambientar e libertar daquela horrível sensação de aperto. Jantei tranquilamente e fui descansar, preparando as excursões e visitas que previamente tinha seleccionado e ansiava fazer. Durante os 8 dias por terras mexicanas, visitei as pirâmides de Chichen Itza e Coba, os fabulosos parques de Xcaret e Xel-Há e… a pequena vila de Valladolid! Foi ali que a encontrei…
Naquela tarde de visita a uma das vilas com maior influência hispânica da península, cruzei-me com uma bela morena nos jardins em redor da pequena capela. Os olhares quase se tocaram, os sorrisos foram mútuos, o bater de coração… eficaz!
Veio ter comigo e demonstrando toda a hospitalidade mexicana, convidou-me para um “jugo de piña”, falando, sorrindo e fazendo as honras da casa com uma simpatia e um sorriso deliciosos. Era mexicana e trabalhava como guia há alguns anos, mostrando o que de melhor havia no seu país a brasileiros, portugueses e espanhóis. Sentia-me extremamente atraído por aquela morena e além de um desejo físico que de certa maneira me perturbava, sentia algo diferente vindo do meu interior. O tempo pareceu voar e tive de me despedir à hora do regresso ao hotel, deixando-lhe uma nota sobre o local onde me encontrava hospedado e mantendo uma enorme vontade em voltar a encontrá-la.
O desejo concretizou-se dois dias depois, encontrando-a na recepção do meu resort, a promover pequenas excursões aos turistas mais interessados. Aproximei-me, sorri e desta feita, o convite para um “jugo de naranja com granatina” foi meu. Anuiu com um brilho nos olhos, delegou a tarefa com um colega e acompanhou-me até á praia. Lentamente e em ritmo de passeio, conversámos, rimos, brincámos e sentíamos uma química muito especial entre nós. Embora previsível mas não tão repentinamente, acabámos por colar os nossos lábios num longo e apaixonado beijo como se de verdadeiros amantes nos tratássemos. Dei-lhe a mão e levei-a até ao meu quarto… Abracei-a, beijei-a, toquei-lhe… Despimo-nos lentamente, com um nervosismo latente e pleno de excitação. Os seios nús daquela bela mexicana tentavam-me cada vez mais… Sentia-lhe o calor da pele em contacto com o meu corpo e o aroma doce do seu cabelo, arrepiava-me e deixava-me mais vulnerável aos sentidos. Apetecia-me apertá-la cada vez mais, puxá-la para mim e quase fazer com que aquele corpo rasgasse o meu e se fundisse num só. Os nossos beijos eram perfeitas dádivas dos deuses, as nossas peles o mais belo toque alguma vez sentido, as nossas mãos o encontro mais especial que o tacto alguma vez tocara…
Beijava-a, provava-a, senti-a… Os lábios pareciam ter alcançado a sua própria extensão, as línguas rendilhavam-se de vontades em buscar do sabor do outro…
Gemi de satisfação ao lhe sentir a mão a acariciar-me o sexo. Senti prazer, excitação e parecia saber onde eu mais gostava de ser tocado. Não deixou de o fazer e puxou-o até si… Penetrei-a num misto de amor e loucura. Há muito que não fazia amor e se agora poderia ser apenas um escape sexual, deixara de o ser quando me senti dentro dela. Segurei-a pelos pulsos, beijando-a nos lábios, no rosto, no pescoço, nos seios… Senti-lhe as pernas cruzarem-se nas minhas, apertando-me e puxando-me com força. Rejubilei de prazer ao fazê-la contorcer-se num longo e estimulante orgasmo. Em seguida foi a minha vez…
Exaustos e rendidos a um amor tão repentino quanto inexplicável, quase nos deixámos dormir, nus, abraçados e unidos por um carinho único. Ela vestiu-se e deixando-me deitado, beijou-me e voltou para onde nos tínhamos encontrado. No dia seguinte procurei-a pelo hotel, mas já tinha partido. Na recepção do átrio principal, apenas me tinha deixado um bilhete que ainda recordo com amor. A mensagem, essa, tenho-a para toda a vida e jamais a partilharei. Chamava-se Elena e foi a mais bela morena por quem me apaixonei…

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