quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Suavidade...

Sou um apaixonado por momentos, por instantes, por ambientes perfeitos compostos por pessoas quase perfeitas e deixando que nessas alturas fluam todos os sentimentos de acordo com cada ser. Adoro o romantismo criado pelo fogo de uma lareira, pelos fracos feixes de luz das velas que se empoleiram nos castiçais, pelos jantares que mimam os olhares pela sua composição em detrimento da abundância, pelos sons ambientes e naturais proporcionados pelos ventos, pelas chuvas, pelo rebentar das ondas que teimosamente tudo parecem partir...
Crio tudo isto quando me é possível, por vezes tentando artificializar tudo aquilo que esses mesmo factores naturais não me proporcionam e recrio esses breves momentos com a intensidade do meu íntimo. Em cada ensejo estará sempre alguém comigo, da mesma forma, com o mesmo ritmo, com o mesmo desejo de plenitude, sem pressas, sem tempos e com a completa sensação de absorvimento por tudo o que nos rodeia...
Saboreamos pedaços de tudo, degustando e usufruindo tudo o que nos sugerimos a aceitar. Olhamos, cheiramos, ouvimos, provamos e tocamos... Libertando cada um dos cinco sentidos...
Despimo-nos, sorrimos e deixamos que os nossos corpos saciem a gula pelo ambiente criado. Sexo tornar-se-á frio por agora... Deixemos que algo mais intenso e íntimo saia e flua pelo nosso ego. Sejamos ainda assim completamente loucos, permitindo tudo, sem reservas, sem pudores, sem receios ou diferenças. Que o meu corpo seja de quem o quiser provar, deixando-me livre para retribuir de igual forma. O ambiente por nós criado, servirá apenas de aperitivo... A completa refeição virá depois... com prazer!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Ambientes...

Falou-me durante o dia, com mensagens, com frases, com telefonemas e com a excitação normal de quem gosta de mostrar a sua nova casa. Senti-me tenso naquele início de noite, pouco à vontade, medroso, de certa forma inseguro e sem grande vontade de aceder ao convite em si. Ainda assim, não poderia recusar mais uma vez...
Chegada a hora combinada, dirigi-me então a casa dela, não sem antes continuar a receber mensagens e pequenos toques, como se me alertasse constantemente para não faltar. Bati vagarosamente na porta da entrada da pequena vivenda e como que por artes mágicas, senti-a a abrir-se e a permitir com que visse um comprido mas estreito corredor. Lá do fundo, uma voz familiar e extremamente doce, convidou-me a entrar. Estranhei não ter sido recebido à entrada e seguindo com receio, fechei a porta, dirigi-me à pequena divisão com pequenos passos e fui andando vagarosamente até onde me tinha parecido ouvir aquela voz.
Uma vez chegado, deparei-me com uma pequena sala, acolhedora, simpática e um local perfeito para relaxar, descansar e até mesmo permitir com que nos esqueçamos de tudo o resto.
Ouvia-se uma música ambiente, extremamente calma e de ritmos algo melancólicos. As pequenas velas coloridas exalavam um perfume adociçado, envolvente, hipnotizante... A luz que delas emanava, conferia à totalidade da pequena divisão uma luminosidade estranha, realçando pequenos objectos e deixando completamente escuro tudo aquilo que parecia não interessar. Os livros nas estantes, as telas a óleo de aspecto envelhecido, os pequenos candeeiros de pé alto, a secretária de madeira extremamente bem cuidada e o sofá de canto, decoravam estas quatro paredes com um equilíbrio e um bom gosto aliado à funcionalidade e a uma perfeita decoração. Cumprimentámo-nos, trocando um carinhoso abraço, um simples beijo sem qualquer malícia e sentámo-nos um pouco. Conversámos de assuntos banais, de pouca importância ou de algo concretamente definido, mas mantendo um diálogo agradável, sem cairmos na monotonia e sorrindo sempre bastante. Falámos imenso na concretização de um sonho que passa sempre pela compra de uma casa, pelo gozo que se vai sentindo em decorá-la, em vesti-la e até do tempo que isso mesmo demora. Senti-me mais calmo, menos tenso e sem aquela sensação horrível de uma feroz ansiedade que quase nos parece matar o coração e nos deixa sem respirar. Aos poucos, senti-me mais solto, mais confiante e extremamente bem acomodado. Sentia-me bem...
O ambiente estava perfeito, a companhia extremamente agradável, o champagne e os pequenos snacks que entretanto nos entretiam e serviam de comemoração, pareciam acalmar e um beijo atrevido acabou por surgir. Ficámos estranhos, sossegados e em silêncio mas esse mesmo beijo teve o condão de nos fazer despertar. Senti-a colocar a mão no meu peito, dando-me outro beijo, mordendo-me ligeiramente o lábio, tocando-me com a língua no queixo... Abracei-a de seguida, apertando-lhe suavemente as costas, deixando que as mãos deslizassem sobre o tecido da camisa e ficassem presas na saia, sentindo-me excitado e agradado com aquelas formas. Ela reagiu, colando a testa na minha, respirando sobre o meu rosto e desapertando o primeiro botão... o segundo... um pouco mais e oferecendo-me um peito pequeno, mas perfeito. Puxei-a para mim, fazendo-a sentar-se no meu colo e ajudando-a, puxei-lhe a camisa para trás, sobre os ombros, com o colarinho a cair pelas costas e num gesto intempestivo, mergulhei a minha boca naquelas mamas, beijando-as, lambendo-as, sentindo os pequenos mamilos espetarem-se, puxando-os com meiguice e fazendo com ela me apertasse a cabeça com força.
Aos poucos, senti-a puxar-me o cinto, abrir-me os botões das calças e a tentar tocar-me mais fundo, mais dentro e com mais intensidade, desejando-me, querendo-me e deixando-me mais excitado e rendido. Levantou-se, deixou a camisa cair no chão, abriu um pouco a saia e despiu-a da mesma fora, com desprezo pelo vestuário que vestia e mostrando-se por inteiro. Apenas trazia umas meias rendadas pelas coxas e foi assim que quis ficar para mim. Aproximou-se, ajoelhou-se e tirando-me o sexo para fora, chupou-o, lambeu-o e deixou-me sem reacção. Ajudou-me a despir, a ficar completamente vulnerável naquele pequeno sofá e sempre sem me deixar levantar, sentou-se ao meu colo, pegou nele e enterrou-se completamente. Movimentava-se devagar, quase ao estranho ritmo da melancólica música que ecoava pelas paredes e parecia até influenciar os pequenos pavios das velas que teimavam em arder.
Fodeu-me assim, suspirando, sorrindo, tocando e apertando os próprios seios que teimosamente me pareciam convidar a algo mais. Virou-se, sempre sentada e mexeu-se com força sobre mim... Agora com as costas a roçarem-se no meu peito, as coxas de ambos coladas e sentindo sempre aquele delicioso cú aninhado no meu ventre, soltei pequenos gemidos de prazer, de excitação e de uma completa rendição ao que estava a sentir. Levado pela excitação, puxei-a um pouco e deixando-nos cair sobre o que restava de espaço no sofá, senti-a assim... Coloquei-lhe o braço por baixo do pescoço, apertando-lhe e acariciando-lhe um seio, sentindo-lhe e tocado-lhe o sexo com a outra mão enquanto a penetrava... Senti-me perto do orgasmo e quando estava prestes a atingi-lo, apertei-lhe o rosto, puxei-lhe a boca até à minha e lambendo-a, vim-me com jactos fortes naquele ventre delicioso...
Deixei-a cair sobre mim e passando as mãos pelo seu corpo, mimei-a, acarinhei-a e deixámo-nos adormecer. Acordámos já noite fora, tomados por um frio dilacerante que nos enregelava os corpos e nos deixava estranhamente presos de movimentos. Vestimo-nos à pressa e numa despedida novamente atrevida, separámo-nos finalmente. Até uma próxima, direi eu, até porque acabei por não ver o resto da casa...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Banhos...

Acende umas velas aromáticas, coloca um cd de música ambiente, leva-me para o banho...
Puxa-me pela mão, despindo-me lentamente, beijando cada pedaço de pele que se revela, se torna apetecível pelo calor e pelo aroma que verte e se excita com a passagem dos teus lábios.
Gosto do teu toque, do teu olhar atrevido e sério, da forma decidida como me despes, como sabes o que pretendes e como consegues sentir o que também eu desejo...
Já completamente nu, ergo o meu sexo com a gula do teu corpo, com a vontade de o sentir húmido pela tua boca, pelo suave toque das tuas mãos e com o arrepio que a tua pele me provoca. É a minha vez de te despir, virando-te de costas, sentindo-as no meu peito, acariciando-te, percorrendo-te o tronco, tocando-te os seios, descendo, mimando-te por completo, quase provando o doce sabor do teu sexo húmido pela ponta dos meus dedos...
Vira-te um pouco, roçando-te em mim, sentindo-me perdido de prazer, de loucura de vontade de te ter neste ambiente tão soturno e ao mesmo tempo maravilhosamente criado por nós. Pé ante pé, entra na banheira, sente a água invadir cada um dos teus pequenos poros, permitindo que a mesma faça uma pequena barreira entre nós... Cola-te em mim, beija-me, molha-me um pouco e encaixa-te no meu corpo. Sabe bem fazer amor contigo, senti-lo apertado, com fervor, calma e cheio de um prazer que se torna delicioso. Abraça-me se conseguires, tocando-me com o rosto, com os seios, com as coxas, com as pernas entrelaças nas minhas, com os pés que cada vez mais me excitam com os teus pequenos movimentos... Deixa-te levar, sente-o em ti da mesma forma que quase pareces penetrar no meu corpo... Continua desta forma, até atingires um orgasmo pleno de sedução e prazer. Quero-o contigo, em simultâneo, num uníssono de sensações e de um clímax perfeitamente arrebatador... Apeteces-me assim...

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Máscaras...

Noite de Carnaval, sem ter para onde ir, ter o que fazer ou disposição suficiente para algo...
Recatado no aconchego do meu lar, invento tarefas para gastar o meu tempo, algumas completamente descabidas, outras sem qualquer vontade para o fazer. Ligo o meu computador, deambulando de ficheiro em ficheiro, visitando páginas na internet e vendo e-mails sem ter no entanto, o sucesso desejado. Abro o irc, procurando numa sala de chat alguns conhecidos, conversar com gente agradável e igualmente disposta a passar um bom bocado.
Perco-me nos contactos, uns desagradáveis, outros mais simpáticos e ainda aqueles em que pura e simplesmente, nada se manifestam...
Finalmente, centro-me um pouco mais num nick que me parece familiar e conhecido. Do outro lado, parece ser uma mulher nas mesmas circunstâncias que eu e também ela, disposta a teclar sobre banalidades, coisas fúteis e procurando tão somente descarregar alguns pensamentos.
A conversa fluiu, encontrando bastantes pontos de interesse e motivos suficientes para tudo se tornar num serão agradável. Apesar de ser um mundo irreal e virtual onde todos podemos ser quem quisermos, desde logo tive a sensação de uma estranha sinceridade vinda do outro lado e também eu, fiz por corresponder em pleno. Aos poucos, a neblina virtual foi-se dissipando e quase como um interruptor, surgiu a ideia de uma saída a dois naquela mesma noite. Foi algo arriscado, descabido e despropositado, mas levados pelo entusiasmo, cedemos à vontade e acabámos por combinar um encontro num Hotel conhecido.
O truque seria marcar um quarto e levar cada um, uma fantasia de Carnaval para que nenhum de nós pudesse ser eventualmente reconhecido pelo outro... Chegado ao Hotel, subi em direcção ao quarto que ela tinha combinado, colocando de imediato uma máscara no rosto e uma capa pelas costas. Bati suavemente e quase instantâneamente a porta abriu-se, deixando-me com uma visão abrangente daquela acolhedora suite. Entrei com receio, com uma excitação natural a tomar conta de mim e ainda de costas, empurrei a porta com cuidado para que esta se fechasse sem grande estrondo...
Da varanda, uma voz suve dá-me as boas vindas e aproximando-se lentamente, surge-me uma figura tremendamente feminina, de robe acetinado e também ela com uma pequena máscara veneziana... Sorrio com nervosismo, excitação e dando mais uns passos, alcanço-a rapidamente, abraçando-a e beijando-a no rosto com meiguice. Ela reage, retribuindo com um pequeno beijo no pescoço, trincando-me o lóbulo da orelha, chupando-o e colocando a perna no meu tronco... A excitação apodera-se de mim e talvez possuído por todo este ambiente, baixo as calças com pressa, desejando penetrá-la o mais rapidamente possível...
Sinto-lhe as mãos a segurarem os meus intentos e baixando-se um pouco, coloca o meu pau na boca, chupando-o, lambendo-o e trincando-o enquanto se acaricia, enquanto se toca suavemente nos mamilos e se masturba brincando com o clitóris. Rendo-me e excito-me cada vez mais...
Aquela imagem de ter uma mulher de mascarilha a dar-me prazer, leva-me a um nível de satisfação nunca sentido e apesar de saber que também eu permaneço incógnito, quase me sinto revelado, visto e com uma espécie de vergonha que não consigo descrever. Ainda levado pelo entusiasmo, quero ser eu a comandar, a tirar partido da situação e a querer o domínio sobre ela...
Empurro-a para o chão e sentindo-a cair, mergulho a minha língua naquele sexo húmido e sedento da minha boca. Sinto-a contorcer-se comigo, vendo um pequeno revirar de olhos por entre a abertura da máscara e com a total aprovação daquele corpo... Levanto-me, pego-lhe pelas ancas e obrigando-a a espetar o cú para mim, penetro-a com força, com um instinto carnal e primitivo, como se a única forma de me saciar fosse aquela. Fodi com prazer, com luxúria, com uma tesão e uma loucura que nunca imaginei alguma vez sentir. Bati-lhe nas nádegas, sentido-a gemer, pedir-me mais, implorando que não parasse de a foder... Coloquei-lhe o meu dedo indicador na boca, adorando a forma como mo lambeu e apertando-lhe com força as mamas, senti-lhe um orgasmo intenso, tremendo e repleto de sensações... Deitou-se um pouco mais e levando a cabeça até ao chão, exausta, pediu-me por entre dentes que não parasse, que me viesse e lhe desse todo o meu leite... Não tardou a que me esporrasse e com a ajuda das mãos, ejaculei com jactos fortes de sémen sobre as suas costas... Exausto também, deitei-me a seu lado, transpirando, cansado e completamente rendido. Ela aninhou-se sobre o meu peito e dando-me um beijo no rosto, levantou-se e fugiu dali. Ainda permaneci deitado num estado de quase semi-inconsciência e quando me levantei, parecia sentir a presença de algo alegórico e fantasioso.
Nunca mais soube nada daquela mulher de máscara... Não deixou uma nota, não mais apareceu no irc, nunca me mandou um mail ou uma mensagem para o telemóvel... Tentei contactá-la diversas vezes, mas sempre em vão... No fim de contas, a máscara usada serviu para isso mesmo... Para nos deixar saciados mas na impossibilidade de o repetir.

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