quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Marcos!

Há muito que a nossa amizade cibernauta se fazia sentir.
Desde os encontros em salas de conversação, passando pela troca de vários e-mails, telefonemas, mensagens e mais recentemente por comentários deixados nos blogues de ambos, tudo serviu para fortalecer a nossa amizade, admiração, respeito e imenso carinho. Durante o tempo de convívio virtual, muito se disse, muito se viveu e muito ficou por dizer a todos os níveis. Apesar da sinceridade e da empatia generalizada, tudo parecia estranhamente vago apenas pelo recurso à tecnologia como forma de comunicação, de entrega e de troca de conhecimentos. Aos poucos, a ideia de um encontro pessoal foi ganhando forma e apesar do tempo que se foi alongando, ele finalmente aconteceu…
Conhecíamo-nos apenas por foto, por imagens distorcidas de vídeo com que brincávamos na Internet e basicamente pelas vozes que tantas vezes ouvimos durante os nossos telefonemas. Ainda assim, na hora e local marcados, reconheci de imediato a pessoa com quem privei nos últimos anos e a espera aliada ao muito nervosismo, deu lugar a um sorriso sincero e pleno de convicção. Cumprimentámo-nos e ainda algo estranhos pelo facto de pela primeira vez estarmos fisicamente diante da pessoa que tão bem conhecíamos, seguimos até aos pequenos bancos do local onde tínhamos combinado o nosso encontro. Falámos, sorrimos e abrimo-nos um pouquinho mais durante aquele pedacinho de tempo que durou o nosso primeiro contacto.
Infelizmente tínhamos compromissos agendados e a vontade em fumar, fez com saíssemos dali e nos dirigíssemos aos nossos automóveis. Apesar da escassez de tempo, acabámos por entrar no mesmo carro e prolongar a nossa conversa por mais um pouco. O ambiente era extremamente agradável, nada monótono e senti que poderia ficar ali durante horas a ouvir, a ser ouvido, a partilhar conhecimentos, opiniões e formas de estar. Na despedida, pedi-lhe um abraço… Ela acedeu com todo o carinho e apertou-me fortemente…
Nesse mesmo instante, algo mais enérgico aconteceu e as nossas mãos depressa perderam a noção do tempo e do espaço, começando a percorrer o corpo um do outro. A excitação tomou conta de nós e sem nada o fazer prever, tocámo-nos, mimámo-nos e um beijo intenso acabou por surgir. Foi doce, apetecível, meigo e com ele, a vontade e o desejo de algo mais, fez com ambos quiséssemos sair dali. Assim o fizemos e num local mais aprazível e isolado, beijámo-nos novamente, voltámos a percorrer o corpo de ambos e desejámos ardentemente fazer amor. Toquei-lhe nos seios, sedento de prazer, beijando-a, descendo a minha mão até ao sexo dela e sentindo igualmente a suavidade dos seus dedos. Estremeci ao senti-la húmida, querendo-a, desejando-o e vendo-a rejubilar com o meu toque… Também eu me sentia perdido, entregue e completamente derretido com aquela mulher, vibrando intensamente quando a senti mergulhar no meu sexo ao fazer-me um oral sublime, sumptuoso e pleno de luxúria. Queria muito chegar ao fim daquela forma, jorrando o meu esperma com força, libertando toda a tensão acumulada e o forte desejo que o meu corpo sentia… Contudo, a razão falou mais alto e parámos de imediato, não só pela escassez de tempo, mas pela irrealidade da situação de duas pessoas que se acabavam de conhecer fisicamente. Ficámos estranhos durante algum tempo e até a despedida pareceu fria. Com o passar das horas e dos dias, tudo retomou à normalidade e voltámo-nos a comunicar como até então, falando inclusivamente do acontecido e sem que isso tenha beliscado a nossa empatia. Se o futuro trará algo mais, apenas o tempo o dirá, mas que aqueles momentos foram dos mais intensos da minha vida, disso não tenho quaisquer dúvidas…

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Quereres...

A vontade que de mim se apodera, faz-me desejar-te intensamente.
Não sei o que me terás feito ou despertado para te querer tanto assim, mas a ansiedade e a vontade de estar contigo mais uma vez, toma-me por inteiro e consome-me até te poder sentir.
Conto o tempo que vagarosamente me faz refém do teu amor e apenas sei que quando chegares, libertarei todo o excesso de raiva, de fúria contida e de uma enorme tensão por não te ter neste preciso momento. Vem, quero-te sentir, quero-te tocar…
Despir-te-ei com a loucura que sempre viveu em nós, abraçando-te, beijando-te e procurando saciar-me de toda esta impaciência que cruelmente me invade.
Quero-te na minha cama, nua, despida de preconceitos e de falsos pudores, irrequieta, louca e completamente entregue a um amor que nos sufoca, nos invade e nos deixa ofegantes pelos momentos em que somos um só…
Sente-me, quero-te por trás, abraçando-te e apertando-te o tronco, acariciando-te os seios que caem de encontro aos meus braços, às minhas mãos e à minha vontade de os ter só para mim. É bom sentir as tuas costas no meu peito e aninhar-me no teu corpo como se me aquecesse e abraçasse, poder encaixar-me em ti com força, como se me vestisse e confortasse… Adoro fazê-lo assim!
Vem, entrega-te e sacia-te na minha pele… Abre-te um pouco mais para mim, partilhando cada momento como se fosse o último e sempre com a perfeita inconsciência de que são feitos os verdadeiros amantes. Perde-te, provoca-me, estimula-me…
Senta-te agora no meu colo e balança ao sabor dos movimentos do meu corpo. Oferece-me o que de mais íntimo vive em ti e sentir-te-ás realizada no mais profundo do teu ser. Vem, entrega-te e acompanha-me nesta loucura, alimentando o meu propósito de amar e ser amado, de preencher e ser preenchido, de satisfazer e de me sentir satisfeito…
Finalmente, rende-te ao cansaço e ao prazer que o epílogo nos proporciona, adormecendo no meu colo e aninhando-te da forma que te sentires mais protegida. Serás minha… Hoje, amanhã e para todo o sempre! Quero-te…

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Artes...

Sempre mantive o fascínio da pintura e poder fazer deste meu hobbie uma paixão, é algo que me transcende e me deixa rendido. Hoje, é mais um dia em que posso dar largas à minha imaginação e ter-te à minha mercê, é um prazer redobrado e de extrema responsabilidade. Nunca desenhei um corpo nú e o nervosismo inquieta-me e apodera-se de mim como se tivesse em mãos um objecto do mais infindável valor. Preparo o material ruidosamente e começo por armar o cavalete. Coloco de seguida a tela rectangular de um modo cuidadoso e centro-a na posição ideal para que o ângulo entre ela e o teu corpo fiquem perfeitos.
Baixo um pouco as cortinas das janelas e ajustando os pequenos holofotes, regulo assim a intensidade da luz, realçando o brilho e ocultando um pouco os reflexos e as sombras. Preparo as tintas, os tinteiros e a paleta de cores para que nenhuma tonalidade acabe por me faltar ou permaneça deixada ao acaso. Treino um pouco com os pincéis, humedecendo-os, mergulhando-os na tinta e misturando várias cores… Aplico esta técnica de aquecimento numa tela velha para o efeito e deixo-me absorver pelo ambiente e pelo desejo deste meu trabalho. Suspiro, respiro ofegante e finalmente sinto-me pronto a começar. Olho mais uma vez ao meu redor para que nada se perca e sentindo-me pronto, faço-te sinal para que te aproximes, para que te deites no sofá e para que te coloques numa posição que te seja confortável e que me permita descrever-te na perfeição. Aproximo-me, pego-te nas mãos, nos braços e coloco-os da forma que pretendo. Ajusto e componho o tecido que por detrás de ti me serve de cenário e afastando-me um pouco, procuro novamente por qualquer imperfeição ou algo que me desagrade. Peço-te um sorriso sincero, não demasiadamente aberto mas que todavia não se sinta forçado. Afasto-me lentamente e sentando-me no meu pequeno banco de pé alto, começo a desenhar. Uso primeiro cores escuras para os contornos, procurando realçar as tuas formas, as tuas sombras e toda a envolvência do teu corpo. Em fundo, começo por descrever com ligeiras pinceladas e sem grande preocupação, todo o cenário que te envolve e recebe, sendo que o preencherei depois com mais cuidado e perfeição. Interessa-me encher primeiro o espaço branco do meu quadro, forçando ao aparecimento do que realmente quero realçar e só depois voltarei para os pequenos acertos e minúcia nos detalhes. Aos poucos, o teu corpo começa a ganhar forma, surgindo o teu tronco, o teu rosto e tudo aquilo que te molda e define enquanto ser. Permaneces imóvel, estática e fazes-me corar quando te desenho um seio, depois outro e continuo hábilmente a preencher-te o tronco até te chegar ao sexo. Não gostei de o desenhar… Pareces demasiadamente pura e prefiro ocultá-lo... Pouso a palete, os pincéis e dirigindo-me a ti, componho a coberta onde te deitas... Puxa-a sobre o teu sexo, escondendo-o e realçando apenas o erotismo e a sensualidade das tuas pernas. Dou dois passos atrás e voltando a olhar-te, sinto-te agora perfeita. Pego novamente nas minhas tintas e emendo o que tinha desenhado. Agora sim, estás sublime…
Finalmente e já com o meu quadro completamente definido, é tempo agora de o preencher, de o fazer ganhar côr, ganhar vida e deixar que alcance a imortalidade. Mudo de pincéis rapidamente e por diversas vezes, impregnando-os de tinta, criando tonalidades e assumindo tons muito próprios, muito meus e deixando que a minha arte flua e se encontre com a minha imaginação nesta realidade. Ao fim de um bom par de horas, a minha obra está finalmente concluída. Está maravilhosa, encantadora, com largos traços de perfeição! Vou ter contigo, beijando-te e vestindo-te o robe… Mostro-te o resultado da nossa entrega e perante o teu sorriso, rendo-me à tua satisfação e gratidão. Abraças-me num longo e apaixonado beijo, implorando que faça do teu corpo a minha tela e use o meu corpo para te tocar… Acabo rendido!

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