segunda-feira, 21 de julho de 2008

Inocências...

Estiveste perfeita, esta noite…
É-me complicado adormecer ou tentar descansar depois dos momentos de descontracção, de prazer e de satisfação que acabaste de me proporcionar. É tarde, vejo-te exausta a dormir na nossa cama e nada mais consigo neste momento, do que dar-te um simples beijo, fazer-te um carinho e deixar-te descansar. Vim até à sala beber uma água, olhar para a rua deserta que se veste lá fora e deixar-me cair no sofá onde tudo começou.
Inclino a cabeça para trás, deixo que a água me refresque um pouco mais e volto a sorrir, recordando o misto da tua inocência e do premeditado impulso que sentiste para me satisfazer… Víamos televisão, deambulávamos de estação em estação e nada parecia suficientemente tentador ou agradável, para nos fixarmos em qualquer programa. Tinhas a cabeça apoiada nas minhas pernas, deitada sobre uma almofada e tocavas-me com mimo, com ternura e com uma meiguice que me fazia sentir extremamente bem. Arrepiava-me um pouco, o modo como os teus dedos me contornavam as pernas e me iam sentindo a pele quente e semi-nua em mais uma noite de verão… Aos poucos, foste subindo um pouco… Lentamente… Começando nos joelhos, nas coxas, até sentires a forma do meu sexo com a suavidade do teu toque. Excitei-me quando o fizeste de um modo mais intenso, procurando-o de uma forma decidida, audaz e perversa… Os teus dedos esguios iam entrando um pouco mais pela abertura dos meus calções, tocando-me, sentindo a forma do meu sexo semi-erecto, até finalmente o apertares e acariciares com a totalidade da tua mão… Suspirei ainda mais excitado, derretido e quase rendido. Levantaste-te um pouco e atirando para o chão a almofada que te apoiava, tiraste-o para fora e mergulhaste a boca nele. Rejubilei de tesão, de prazer e de agrado pela tua forma inocente e nada programada de me satisfazeres. Deixei-me consumir e absorver pela tua deliciosa boca, pela tua língua que contornava um sexo cada vez mais excitado e sedento… Apeteceu-me retribuir e metendo a mão pela tua saia, procurei-te, querendo-te, desejando tocar-te e dar-te prazer… Seguraste-me com alguma resistência e impedindo-me de o fazer, levantaste-te, despiste-te e enterraste-te em mim. Procuraste a minha boca, percorrendo-me os lábios, sentindo a minha língua, lambendo-me, beijando-me e querendo-me sempre mais. Despiste o soutien, abraçaste-me, levaste-me a cabeça aos teus seios... Beijei-os, lambi-os, trinquei-te os mamilos cada vez mais espetados… Apertámo-nos num abraço louco de tesão, prazer e satisfação, até nos virmos num raro momento de loucura e espontaneidade… Exaustos, partilhámos um duche onde permitimos que a água nos invadisse os corpos. Já deitados, beijei-te com todo o meu amor, com todo o meu afecto e com tudo aquilo que me une a ti… Adormecemos abraçados do mesmo modo com que fizemos amor. Acabei por acordar a meio da noite, sedento e suficientemente preenchido para recordar com carinho, todos os momentos que vivemos umas horas antes. Assim aconteça por mais umas quantas vezes…

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Distâncias...

O cansaço há muito que de mim se apodera…
Mentalmente, sinto-me exausto. Fisicamente e por arrasto, deambulo ao sabor dos dias sem que nada me pareça suficientemente agradável ou tentador. Os objectivos, as vontades, os desejos e a força do meu pensamento, jazem intactas apesar do meu estado de fraqueza.
Apoio-me no teu sorriso, na tua doçura, na tua vontade em ajudar, em não me deixar cair e na força com que me amparas e sustentas… O desejo físico que sinto por ti parece cair na monotonia, perder-se, distanciar-se e com ele, sinto arrefecer o encanto e a atracção de que tanto preciso para me alimentar e sentir equilibrado. Penso em cada pausa, nos momentos de paixão ardente que passámos, nas loucuras que ambos cometemos, nas vontades de saciar o ego que fisicamente o corpo nos pedia… Sinto-me fraco.
Não acordo, não estremeço, não me consigo manifestar contigo. O receio de me sentir traído, afoga-me e atormenta-me… A capacidade de te trair, é completamente nula.
Talvez hoje e lutando com as últimas forças que me restam, tente despertar tudo aquilo que nos une, nos move e nos deixa completamente rendidos. Talvez hoje me apeteça jantar contigo, levar-te a algo romântico, dar-te um enorme beijo de paixão e abraçar-te com todo o meu amor.
Talvez hoje te queira despir, libertar-me igualmente das roupas que me sufocam e deitar-me a teu lado. Peço-te que te encaixes em mim, sintas o meu corpo no teu, sentando-te no meu colo, apertando-me e puxando-me para ti. Vem, sente a minha pele na tua… Puxa-me como se sentisses frio e me usasses para te cobrir, para te aquecer, para te fazer sentir protegida e amada. Abraço-te com ternura, apertando-te, enchendo as minhas mãos com a suavidade dos teus seios, sentindo o meu ventre alinhado com o teu corpo... Quero descansar assim, repousar e fazer com que a linguagem dos nossos corpos se encontre fisicamente. A paixão, essa, incendiará naturalmente sem que por ela possamos dar conta… Quem sabe, se aquilo que mais desejo e que por agora não acredito ser capaz, volte numa última réstia de esperança e num último suspiro de vigor? Quero-te novamente, exactamente como antes…

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