sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Artes...

A noite parecia solitária para ambos...
O frio e a chuva que ruidosamente teimavam em continuar a viver lá fora, não nos dava sequer o discernimento necessário para uma saída nocturna. Cá dentro, o silêncio e a melancolia, arrastavam o meu corpo e o da Filipa para uma preguiça e uma sonolência cada vez mais evidentes.
Deixei de parte o zapping doentio de um televisor que em nada nos favorecia, preferindo rebuscar na internet um qualquer desafio que me agitasse e fizesse acordar.
Nas páginas favoritas, nenhum novo acontecimento digno de registo... Nos blogues conhecidos, nada de suficientemente interessante e na caixa de e-mail, montes de spam a invadirem-me a privacidade.
Contudo, foi neste lixo electrónico que algo me despertou. Desafiei o link de um hipotético vírus, acedendo-o sem receio e ousando o conteúdo erótico que o mesmo publicitava. Era um convite ao prazer através de um site de vendas on-line de produtos eróticos, de chat rooms onde se podia discutir abertamente qualquer tema sexual, bem como de publicidade a sex-shops e a vários clubes de swing.
Explorei cada recanto daquela página como um miúdo sedento por provar o desconhecido. Excitava-me mentalmente com cada nova imagem que me surgia, não só pelo aspecto colorido e tentador do website, como pelo próprio desejo que naturalmente me provocava.
Queria mais, bastante mais, deixando-me por isso ficar a viajar naquele espaço, até sentir as mãos da Filipa no meu corpo. Há muito que me observava e sentira a mesma necessidade que em mim também crescera. Tocou-me, beijou-me e despiu-me em silêncio...
Sentou-se no meu colo, roçando-se no meu sexo já endurecido por tudo o que aquilo me tinha provocado. Ajudei-a a despir-se, retirando-lhe a camisola, o soutien e mergulhando com avidez naqueles seios quentes e macios. Apertei-os, beijando-os e massajando-os com o desejo e a vontade de a querer por inteiro. Ambos sentados naquela cadeira de escritório, vibrámos com o fervor das nossas carícias, do nosso mimo, da nossa entrega...
Peguei-lhe, levantei-a e fi-la sentar na secretária, desviando o pequeno portátil da nossa frente. Puxei-lhe as calças de jogging em simultâneo com a lingerie e despindo-me também, penetrei-a com força. Estava húmida, quente, bastante mais excitada que eu...
Apertou-me com força as maçãs do rosto, pedindo-me sôfregamente que o fizesse com mais intensidade. Senti-me primitivo, carnal, embora preenchido por um louco sentimento de satisfação e prazer. Ela acompanhava-me com o mesmo ritmo, abraçando-me com força e cravando-me as unhas nas costas num misto de dôr e de maior entrega. Vim-me rapidamente, provocando-lhe de igual forma um orgasmo de enorme intensidade e de pleno preenchimento. Mantivemo-nos abraçados por alguns instantes, recuperando o fôlego e sorrindo por fim.
O computador, esse, não deixou de abrir as tão incómodas janelas de pop-up enquanto nos consumíamos. A última, era tão somente uma imagem de uma pin up girl a sorrir e a piscar-nos o olho. Divertido mas no mínimo curioso, não?

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