sábado, 8 de outubro de 2016

Regressos...

Final de verão...
Há muito que não via uma colega de longa data. Os encontros e desencontros que se fazem pelas redes sociais, propiciam sempre partilha de estados de espírito, de imagens, de momentos, de proximidade que embora e que por vezes pareça doentia pela virtualidade, confesso que me agrada.
Num desses acasos, reparei numa foto de perfil da Mara... Diferente, mais velha, mas igualmente bonita e de olhar misterioso. Gostei, assinalei a minha intenção e a resposta fez-se pela via de chat.
Confrontou-me pela ausência física de anos, pela presença constante apenas pelo virtual e porque não, um encontro mais sério e ao fim de tanto tempo... Sorri!
Demorou ainda algum tempo até esse compromisso ser realizado. Fizemo-lo numa praia conhecida de ambos, ao cair da noite e onde inevitavelmente iríamos recordar momentos de outrora ali vividos e com outros intervenientes.
Caminhámos, sorrimos, trocámos impressões entre o passado, o presente e o futuro... A ambos a vida trocou muitas voltas. Algumas boas, outras nem por isso...
Sentámo-nos no areal com o cair da noite. Enchi-me de areia por entre os ténis, por entre os bolsos dos jeans, pelas mangas da t-shirt cujo tecido permanecia esmagado pelos meus cotovelos e como se numa poltrona me recostasse. Olhava as estrelas enquanto falava e a ouvia. Era por demais evidente o excelente ambiente que a noite nos proporcionava. Ela aproximou-se... Colou-se a meu lado, deitando-se como se me venerasse. Senti-lhe a respiração, a suavidade do seio a tocar-me no antebraço ainda que em completa inocência. Sorrimos... Estávamos extremamente bem ali, juntos... apenas!
Contudo e como quase sempre, é a troca de olhares quem nos atraiçoa ou no caso, quem nos fez despoletar uma troca de mimos e carícias tão inocentes quanto inusitadas.
Beijámo-nos... Primeiro num ligeiro toque de lábios como se de uma brisa muito superficial se tratasse, passando depois a uma sôfrega e intensa gula de duas línguas esfomeadas a consumirem-se. Foi apaixonante, intenso, vibrante... Não foi amor, nem carência... Quiçá uma carícia de amizade que de tão inconsciente poderia ter sido algo condenável, impetuoso, irresponsável.
Insistimos, por entre beijos, por entre abraços, por entre amassos naturais como se dois amantes se tratassem. Sabíamos o que estávamos a sentir, a desejar... Tocámo-nos mais intimamente sem reservas... Eu sentindo o calor e a forma dos seus seios, ela a excitação do meu sexo que vibrantemente reagia sem pudor. Ali permanecemos, extasiados, entregues a longos e intensos beijos à medida que as mãos tocavam e masturbavam o outro... Atingi o clímax por entre gemidos contidos, jorrando o meu sémen por entre aqueles dedos esguios, quentes e sequiosos por me satisfazer... Olhei-a de novo e provocantemente, lambeu cada uma das falanges como se da mais doce geleia se tratasse.
Sorriu insatisfeita, provocando-me ao passar a língua ainda impregnada pelo meu sabor pelo canto dos meus lábios... Deitou-se a meu lado, sem uma palavra dizer.
Permaneci como quando aqui chégamos... Contemplando as estrelas, algo desconfortável pelo sucedido, pelo momento e pela forma como ambos teríamos sairíamos dali. Ela levantou-se, sorriu-me e deu-me a mão. Ajudou-me a erguer e saímos a conversar naturalmente como quando ali chegámos. Parámos ainda para um café e sem que nada mais ocorresse. Despedimo-nos como bons conhecidos, velhos amigos, antigos colegas...
Não dormi o resto dessa noite e não deixei de pensar no assunto dias a fio. Não era amor, não era sexo... Foi um momento, aquele que nos propiciou uma carícia tão íntima quanto honesta.
Para sempre e de novo, uma outra recordação mágica daquele lugar, daquela doce circunstância que tão vibrantemente nos acolheu...

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Brevemente,,,


sábado, 16 de março de 2013

Tardes...


Dia solarengo em que finalmente o frio se parece desvanecer e o calor de dias mais risonhos me chega finalmente… 
O ânimo é diferente e a melancolia de um inverno exigente, também.
Aproveito o início de tarde para um almoço mais demorado, degustando a refeição e um sol que descaradamente me oferece a sua luz, embora com traços de timidez no que à temperatura diz respeito. Está agradável, ainda que seja impensável atrever-me a retirar qualquer uma peça de roupa que me reveste e conforta.
A meu lado, algumas mesas e cadeiras estão ocupadas de igual forma… Gente que sente saudade de calor, de bom tempo, de romper com uns meses de dias cinzentos e de dar largas a uma liberdade e a uma maior boa disposição. Em toda aquela gente, reparo com avidez… Ainda que os traços do vestuário evidenciem roupas escuras, quentes e de certa forma, condizentes com a altura do ano em que nos encontramos, a elegância é vista pelos meus olhos de um modo mais detalhado e atento. As tonalidades dos tecidos tornam-se estilos de pura classe, realizam na perfeição cenários de diferentes contrastes e permitem em simultâneo que os excessos de tecido que ainda combatem o frio, manifestem requinte, bom-gosto e cuidado aparentes. Agrada-me este ambiente…
Continuo degustando a minha refeição, sem pressa e sem vontade de que a mesma termine. Gosto de aqui estar, como se possível fosse, eternizar este momento. Volto a reparar nas pessoas e as reacções são em tudo semelhantes à minha. Centro a minha atenção em particular, numa jovem senhora que parece situar-se do mesmo modo que eu. Aproveita o momento, saboreia cada pedaço de alimento e ali permanece como se esperasse algo… Os óculos escuros que se aninham no seu rosto, não me permitem despir-lhe o olhar. É uma cara bonita, jovem ainda, mas de uma mulher feita e sem tiques de meninice associados. Distinta, elegante, convidativa…
Confesso que não me sinto com coragem para abordar alguém e muito menos a mulher que observo. Vergonha talvez, ou receio de que este momento que há tanto esperava se perca e me possa estragar o instante. Opto por continuar o meu sossego nesta mesa, nesta cadeira, brincando com o copo de sumo, trincando o gelo e permitindo-me a observá-la e a fantasiar.
Gosto como se senta, como se movimenta, como mexe os lábios enquanto mastiga… A perna traçada perfeitamente visível e revestida por meias pretas diante de uma saia vermelha, conferem-lhe um ar cuidado, prazeiroso. Os sapatos rasos são delicados, embora me pareçam tudo menos quentes ou confortáveis. Gosto como ela movimenta o pé, como o descalça  e volta a calçar na perna que se eleva sobre a outra. E fantasio de novo…
Apetecia-me estar ali horas, a observá-la como se pintasse um quadro mental na minha mente. Apaixona-me a postura, a forma como parece representar um papel que simplesmente é uma acção natural daquele momento. E queria, queria-a muito para mim. Vontade de fazer desaparecer todos aqueles que nos rodeiam e que apenas nos distraem e desviam a atenção. Quero-me concentrado nela, na vontade de a contemplar e de a tornar minha… Confesso que me apaixona pelo que vejo e não pelo que me faz sentir. Revejo-me no papel de um verdadeiro amante, cuja adrenalina do momento proibido e eventualmente condenável, me aumenta a excitação, o desejo e o prazer de a possuir. Não sei se terá alguém ou se pura e simplesmente viverá só. Imagino-a apenas com um sinal endereçado a mim sob qualquer forma e como que a dizer… “VEM”. E sim, fecho os olhos e sigo-a até uma casa qualquer. Apenas quero um abrir de portas para me receber e um trancar das mesmas para me aprisionar. E sim, uma vez lá dentro, tudo nos seria permitido… Volto-me a elevar diante de tão sórdidos pensamentos. Quero-a, quero-a exactamente assim! Quero entrar por entre quatro paredes e consumi-la.
Não páro um só instante... Os meus devaneios aliados a um estado de espírito conferem-me altivez e uma postura que há muito desejo alcançar. Confesso que não me importo se ambos poderemos ter as vidas sentimentais preenchidas. Aliás, nem se trata de repartir corações ou de ir em busca de algo a que a suposta novidade é aguçada pela curiosidade. Há muito que desejo uma amante daquela forma e daquele modo, tenha alguém a meu lado ou não. Quero-a para fazer minha, para a tornar parte de mim, usando-a pela carne sem nunca abdicar do amor que inevitavelmente sentirei que me fará provocar. Simplesmente, desejo amá-la desta forma, dando-me, entregando-me, exigindo e querendo a mesma louca rendição apaixonada e sem compromisso.
Vejo-a levantar e faço por segui-la... Persigo-lhe o rasto pelo olhar, pelo aroma, pelo sabor que a minha boca quase sente ao desejá-la em mim. E volto a querer estar com ela. Sinto fome de  a ver entrar numa qualquer casa, de tocar à campainha e de ser recebido por entre a tal porta que se abre e fecha à velocidade dos nossos intentos. E quero roubá-la para mim, despi-la, trincá-la e lambê-la pedaço a pedaço, na mais ínfima e impiedosa forma de amar. Desejo a mesma loucura, a mesma insanidade do seu toque, da sua boca, dos seus lábios, da sua lingua... Das provocações baratas e excitantes que sempre nos elevam a um estado superior de entrega e sensações... Apetece-me viver o momento, com a pressa da exigência e da satisfação, em simultâneo com o retardar do tempo para um melhor e mais perfeito sentir. E quero, quero muito repetir... Por agora, por hoje, pela eternidade... Reprovem-me o acto, a loucura, a indecência. Culpem, punam e julguem a minha atitude condenável e quiçá reprovável, aos olhos dos outros.
Assumo convictamente que a vontade de ambos jamais seria a de ferir os sentimentos de alguém com quem pudéssemos partilhar as nossas vidas naqueles precisos instantes,  não negando no entanto que o desejo partilhado consistiria numa entrega sem reservas e onde constataríamos que o mesmo nos alimentaria e satisfaria de um modo inequívoco e verdadeiramente único.
Sinto-me capaz de a amar pela incondicionalidade do amor que a esta distância ela me produz. Acredito ainda que alimentado de uma forma mais visível e menos proibida, dificilmente poderia crescer e ser tão intenso como o é e sinto estar a ser. Adrenalina, desafio, carência... Chamem-lhe o que quiserem... No entanto e por dentro, bem no meu íntimo é bem mais do que uma vontade física de saciar vontades. No fundo, é disso que os verdadeiros amantes se alimentam... De uma paixão avassaladora bem maior que uma carência física ou necessidade de novas sensações. E nessa paixão insiro-me e acometo-me com a maior das verdades: a minha própria!
Rapidamente o meu olhar e o meu pensamento regressam à realidade e me levam a seguir pelo trilho habitual. Jamais poderei ter a certeza de a voltar a ver, mas em tudo e por tudo, alcancei uma certeza por hoje... Desejo e quero muito viver um amor desta forma. Para sempre...

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

FELIZ 2013

sábado, 5 de março de 2011

Águas!

Nas imensas caminhadas que faço por trajectos sinuosos, é frequente deparar-me com lugares isolados e revestidos de uma beleza ímpar e quase inexplorada. Há muitos anos que estes caminhos me atraem, fascinam e mais do que procurar deliberadamente os encantos naturais das serras, vales e planícies, prefiro descobri-los por acaso e deixar-me embriagar pelas suas extraordinárias composições e maravilhosos cenários.

Perto de casa, há muito que percorro os pequenos trilhos por entre a vegetação alta e o arvoredo, tão graciosamente visíveis pela passagem de pessoas, de animais e até por pequenos cursos de água que ali correm nas chuvas fortes de inverno. Mais longe e sempre que as minhas férias o permitem, parto à aventura em lugares desconhecidos, belos, perigosos até, mas sempre com o mesmo espírito que a descoberta me oferece.

Numa dessas vezes, palmilhei um conhecido parque natural do nosso país, caminhando horas debaixo de um calor abrasador, ainda que atenuado pela sombra das árvores e pela fantástica sensação de ar puro que dali advinha. Fiz-me cedo à estrada, caminhando quase toda a manhã, subindo, descendo, caindo, levantando-me, embora continuando sempre em busca do maior prazer que a natureza me pode oferecer: equilíbrio! Nunca me perdi, nunca tive medo de ficar preso num lugar de onde pudesse precisar de qualquer ajuda e embora compreenda que os perigos são imensos, a confiança com que encaro estes desafios, impele-me a derrotar o medo, a carregar-me de coragem e a focar-me na vontade de chegar mais além. No fundo, são pequenas expedições onde a paz de espírito é uma meta a alcançar e um objectivo a perseguir... Curiosamente, naquele dia foi diferente...

Depois de muito caminhar, parei numa pequena clareira ao início da tarde para me hidratar e alimentar. Por ali descansei e por ali adormeci com a saudável brisa a beijar-me o rosto e com o som das cigarras a acrescentarem um toque especial àquele lugar. Aos poucos, ganhei coragem para me levantar, colocar a mochila às costas e andar um pouco mais para Noroeste, ainda antes de pensar em descer e fazer o caminho de regresso a casa. À medida que os meus passos iam pisando a caruma dos pinheiros e os troncos secos das árvores, ia aumentando o som de uma suposta queda de àgua ali perto. Entusiasmado, acelerei o passo e a ruidosa cascata fazia-se notar cada vez mais. Finalmente, deparei-me com um pequeno dique natural, uma espécie de lago natural alimentado por um riacho que ali desaguava por entre as pedras... Retirei a mochila das costas, descalcei-me e entrei naquela água límpida e extremamente convidativa debaixo do calor que se fazia sentir. Nadei um pouco, encharcando as calças e a camisa molhadas pelo forte suor que exalava do meu corpo. Soube-me bem aquele banho, fresco e convidativo num lugar tão único quanto especial. Olhei em redor e não se vislumbrava qualquer ser humano num raio de quase quilómetros. Qualquer, menos um…

Do outro lado do lago e junto às rochas, uma mulher escondia-se por detrás da queda de água. Gritei com a intenção de me dizer algo, mas a resposta foi nula. Segui até lá com fortes e apressadas braçadas, sempre com receio de que necessitasse de ajuda e não tivesse forma de a conseguir socorrer. Curioso contudo, foi o facto de me deparar com uma mulher nua, cobrindo os seios com os braços e procurando esconder-se de mim o mais possível. Virei o rosto e procurei inteirar-me daquela estranha situação. No final de contas, mais não era do que uma habitual tarde por parte dela até aquelas paragens, apenas para nadar e descomprimir um pouco, Fazia-o frequentemente, não só por conhecer extremamente bem aquele lugar, mas mais ainda, por saber que ali nunca se encontrava mais ninguém e onde poderia ter uma enorme privacidade e longe de olhares indiscretos.

Fitei-a uma última vez e lancei-me à àgua para regressar onde tinha deixado a mochila. A meio do percurso, senti um forte mergulho atrás de mim… Era ela, a Sofia!

Menos envergonhada mas ainda semi-nua, percorreu as águas até ao lugar onde eu permaneci imóvel ao ouvir o seu mergulho… Ergueu-se, colocou-se de pé e olhando-me nos olhos, beijou-me intensamente, colando os seios no meu peito ainda vestido, abraçando-me como se procurasse conforto. Reagi, estremecendo e arrepiando-me pelo instante… A água que caia do meu cabelo sobre o meu rosto, parecia gelar-me… As minhas mãos na pele molhada, mais não eram do que um estorvo inconsequente para a vontade que de mim se apoderava. Mordia-a no pescoço…

Continuei com as carícias, ora beijando-a pelo queixo, ora procurando aquela boca deliciosa, ainda encharcada pela água do nosso lago. Senti-lhe as mãos pelo meu ventre, descendo até ao meu sexo, massajando-o sobre o tecido molhado das calças e fazendo-o levitar um pouco… Voltei a estremecer, sentindo o coração bater descompassadamente… Aos poucos, as mãos dela libertaram-me da roupa, ficando apenas com a camisa a cobrir-me o tronco. Abracei-a e colei-me naquele corpo frio, repleto de pequenas gotas que lhe escorriam sobre a pele. Estava já completamente nua, colando as pernas nas minhas e puxando-me de encontro a si. Os nossos sexos tocavam-se lentamente, roçando-se esfomeados por um sentir mais intenso. O beijo que colava as nossas bocas afastou-se, dando lugar a um olhar nos olhos de ambos, docemente acompanhado por uma respiração ofegante. Quase sem darmos conta, estávamos a fazer amor…

Os nossos movimentos naquelas águas, passavam despercebidos pelo barulho da cascata que uns metros atrás, nos presenteava. A emoção vivida ao nos mimarmos daquela forma, foi algo único, conferindo-nos uma sensação de liberdade, bem-estar e satisfação. Fizemo-lo lentamente, com paixão, interesse e rodeados de um espírito de descoberta inesquecível. Já preenchidos, abraçámo-nos com carinho, repartindo aquele instante com a vontade de o prolongar. Permanecemos assim por uns largos momentos, conversando apaixonadamente. Acabámos por sair daquele lugar e regressar à civilização. Fizemos o trajecto de regresso juntos, de mão dada e fazendo o percurso que ela conhecia. Aliás, era bem mais fácil e bastante menos acidentado que o meu… Nos dias seguintes, repetimos aquele momento por variadíssimas vezes, ainda que noutros espaços igualmente inesquecíveis. Espero um dia voltar áquele lago, tão somente pela doce recordação do momento que tão especialmente ali vivi.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Ilhotas!

Viajei até à Madeira para umas curtíssimas férias.
Sozinho e livre de quaisquer compromissos, aventurei-me pelo arquipélago, descobrindo os encantos naturais das ilhas com um pequeno mapa, saco de viagem e carro alugado. No Machico, reservei hotel para três noites… Na Camacha, marquei a viagem de “Ferry” para um dia no Porto Santo.
Aos poucos, fui traçando naquele pedaço de papel os locais a visitar, percorrendo-os sem pressa, fotografando-os e deixando-me embriagar pela enorme beleza da Pérola do Atlântico. O acolhimento com que as pessoas me presentearam foi enorme e apesar da distância até ao continente, senti-me desde logo em casa. Provei e degustei as iguarias regionais, bebi diversos licores coloridos, observei os encantos da ilha com a avidez da descoberta e a curiosidade de uma criança. No final de um primeiro dia maravilhoso, jantei em Santana, lado a lado com as típicas casinhas madeirenses de aspecto triangular. De regresso ao hotel para pernoitar e cansado pelo muito que tinha andado, cruzei-me com uma mulher morena no corredor do meu quarto, sorrindo-me sem nada dizer… Adormeci rapidamente, preenchido por um dia intenso mas extremamente bem passado.
Na manhã seguinte, segui para o Porto Santo. A viagem de barco apesar de curta, foi demorada, deixando-me entretido com o mini-guia turístico que a agência de viagens me tinha oferecido. Na ilhota fiz-me à estrada, desvendando lugares de uma beleza ímpar e por todos reconhecida. Numa das praias parei o carro e caminhei pelo areal… Soube-me bem sentir o vento, a areia, o mar e toda aquela imensidão diante de mim. De volta ao pequeno Renault em que viajava, cruzei-me novamente com a morena do hotel. Sorri com surpresa e estupefacção, tendo soltado um simpático “Olá”. A resposta igualmente acompanhada por um sorriso no mesmo tom não se fez esperar… O “Olá” saído daqueles lábios carnudos era genuinamente português!
Já na embarcação e de regresso à ilha-mãe, revi as fotos tiradas, pensando no meu percurso para o dia seguinte e decidindo-me a jantar naquela noite no hotel.
Chegado e depois do banho, deliciei-me com o típico “Bolo do Caco” revestido com manteiga e alho, aguardando que me fosse servida uma perca grelhada. O calor e o silêncio do restaurante do hotel, contrastavam com o frio e barulhento rebentar de ondas lá fora…
De súbito, uma sombra e uma voz quente aproximaram-se de mim sem que me tivesse apercebido: “Bonito, o Porto Santo”, disse-me ela sorridente. Anui suspirando, deixando fluir um “Muito” bastante atabalhoado. Sentou-se na mesa a seguir à minha, ficando de frente para mim e deixando-se contemplar pela imagem do exterior. Sempre em silêncio, terminei o repasto primeiro, despedindo-me dela com um sorridente “Boa noite”. Fiquei ainda pelo enorme salão de entrada do hotel, fixando as muitas frases de simpatia ali autografadas e devidamente emolduradas, de gente distinta e famosa. De regresso ao meu quarto, apanhei o elevador em que ela também seguia… Sorri mais uma vez e apresentei-me. Ela retribuiu…Chamava-se Soraia!
Através do corredor que nos conduzia aos quartos, caminhámos lentamente, conversando animados e bem dispostos. Parei no 705… Do outro lado, o quarto dela, 714… Perguntei-lhe o roteiro para o dia seguinte. Ela respondeu-me prontamente: “S. Vicente, depois de almoçar no Funchal”. Estranha coincidência, mas era o que também tinha decidido quando regressava do Porto Santo. Despedimo-nos quase na certeza de nos cruzarmos no dia seguinte… A vontade de assim acontecer, já aumentava a ansiedade que de mim se apoderava.
À descoberta da cidade pela manhã, fiz umas compras de ocasião. Descobri o mercado, a marina, o teleférico, os típicos carros madeirenses e o Jardim Botânico. Deliciei-me com o aspecto geral das ruas, dos edifícios em rocha vulcânica e da cortesia destas gentes. Almocei cedo junto à Sé e parti rapidamente para S. Vicente via Ribeira Brava, Ponta do Sol, Calheta e Porto Moniz, contornando sempre a ilha pela costa. Ao final do dia e já depois de visitar as grutas no meu último destino, regressei ao Funchal para jantar e aproveitar um pouco da noite. Por lá, os bares não abundam, as discotecas ainda menos… Segui até ao Casino, onde o movimento perto das mesas de jogo e das “Slot-Machines”, ganhava uma enorme vida. Desci a escadaria do salão de jogos até ao bar… Pedi uma cerveja e dali observei as muitas mulheres a insinuarem-se a qualquer homem bem parecido. Encostado ao balcão, uma voz familiar dá-me as boas noites… Era a Soraia!
Falámos, sorrimos, dançámos, bebemos… Divertimo-nos o suficiente e regressámos ao hotel nos nossos carros. De volta aos quartos e no corredor, o que seria uma despedida deu lugar a um beijo apaixonante. Puxei-a para a minha divisão e fechando a porta, empurrei-a para a cama. Apertei-lhe o rosto com as mãos, beijando-a com desejo e enorme satisfação. Senti-a desapertar-me o cinto, abrindo-me as calças e colocando a mão no interior da minha roupa. Massajou-me o sexo com veemência… Em simultâneo com o beijo e por entre sorrisos sôfregos e atrevidos, a roupa foi caindo no chão, não tardando que a pele de ambos se tocasse e preenchesse. Desci sobre aquele corpo quente, moreno, apetecível… Vibrei com o toque dos meus lábios e da minha língua na perfeição daqueles seios convidativos... Ela rejubilou de gozo e satisfação, fazendo-me rodar e insistindo com o tacto no meu sexo cada vez mais duro e ávido de amor. Deitou-se sobre mim, roçando-se no meu corpo como se buscasse o que mais desejava sentir. Perdidos na vontade de um desejo cada vez maior, fizemos amor.
Deixou-me penetrá-la suavemente, suspirando com os movimentos lentos e ritmados dos nossos corpos. Sentada sobre mim, dançava sobre o meu ventre, dando e retirando um prazer incomparável. Pegou nas minhas mãos e fê-las aninhar nos seus seios duros, quentes, espetados… Levantou-se, colocando-se a meu lado de joelhos e pedindo-me que o fizesse por trás. Ergui-me e premeei-lhe a intenção. Vibrámos e arrepiámo-nos com a satisfação que nos motivava… Alternámos o ritmo consoante o desejo e o interesse de um final que tanto queríamos sentir. Lentamente, as contracções daquele corpo moreno e extremamente quente, denunciavam um orgasmo pleno de languidez e volúpia. Suspirando com sofreguidão, foi a minha vez, deixando verter toda a minha essência naquele tom de pele bronzeado e deliciosamente belo. Ainda na mesma posição, deitei-me sobre ela, abraçando-a, colando o meu peito nas suas costas e deixando que os meus lábios e a minha língua lhe roubassem um beijo carinhoso de gratidão…
Tomámos banho juntos, adormecendo de seguida bem agarrados um ao outro. De regresso a Lisboa ainda que em voos diferentes, namorámos mais um pouco no aeroporto. Já no continente, voltámos a estar juntos, caminhando de mão dada e estando extremamente apaixonados. Creio que encontrei por lá encontrei um novo amor.
Adoro-te Soraia!

sábado, 21 de agosto de 2010

Momentos!

Conheci a Hedda no casamento de uma das minhas primas.
Era alemã e tinha vindo a Portugal com os pais e o irmão, a convite dos meus tios. Os dias para a boda, há muito que estavam em contagem decrescente e com o aproximar da data assinalada, toda a ajuda era pouca e sempre bem-vinda. Recordo-me de ter chegado uns dias antes e desde logo comecei a ajudar no que pude, preparando as mesas para uma primeira recepção em casa, bem como a decoração, impressão dos missais e tudo aquilo que fosse necessário. Da mesma forma, todos se empenhavam ao máximo para que nada falhasse e tudo estivesse perfeito naquele sábado tão especial.
A casa era enorme, com 4 quartos, um salão, cozinha e wc no primeiro andar, ficando o rés-do-chão composto por garagem, lavandaria, uma salinha de estar, kitchenette e mais dois quartos com casa de banho privativa. Apesar de grande, todas as divisões estavam sempre ocupadas, bem como cada um dos quartos. E foi num desses quartos que a minha aventura aconteceu...
Na véspera do casamento, os meus tios e primos cedo se ausentaram para ultimar os preparativos, da mesma forma que alguns dos convidados aproveitaram a manhã para um curto passeio e algumas compras de ocasião. Desci do piso superior até ao jardim, ainda com o pijama de verão vestido e cheio de preguiça. Entrei pela garagem, atravessei o corredor em direcção á cozinha para petiscar qualquer coisa e foi quando dei de caras com a Hedda, coberta apenas por um toalhão e acabada de sair do banho. Sorri como se lhe desejasse um bom dia, tendo ela retribuido da mesma forma. Era uma mulher enorme, alta e forte fisicamente... No entanto, não perdia o seu encanto, a sua pose feminina e denotava umas formas extremamente generosas. Sentei-me á mesa, servindo-me de sumo, partindo umas bolachas com os dentes como se fossem snacks e ficando a pensar naquele mulherão de toalha sobre o corpo. Ela aproximou-se ainda por vestir, secando o cabelo com uma outra toalha e sentando-se á minha frente. Deu-me um simpático "Bom dia", meio atabalhoado e fortemente carregado de sotaque germânico. A toalha presa junto ao braço, não era impeditiva de quase mostrar os seios e foi através do olhar que o meu corpo reagiu, revestindo-se de ansiedade e manifestando-se numa forte erecção do meu sexo... Levantei-me de pronto, embaraçado e extremamente nervoso. Ela sorriu e soube de imediato o que me provocara. Olhou para o meu ventre, soltando umas palavras em alemão ao ver o meu pau bem espetado por baixo das calças do pijama. Esticou o braço como se não me deixasse passar e descendo a mão pelo meu tronco, aterrou no meu membro, massajando-o e acarinhando-o como se o quisesse devorar. Baixou-se, puxou-me a roupa para baixo e meteu-o na boca...
Chupou-o com força, com desejo e vontade, como se a gula de o mamar fosse o que mais queria na vida. Levantou-se, puxou-me para o quarto e deixou cair o toalhão.
Derreti-me com aquela forma directa e espontânea de tomar a iniciativa. Nunca tinha sentido nada parecido e empurrado para a cama, suspirei novamente ao sentir aquela boca quente e húmida ao explorar cada recanto do meu corpo. Deixei-me levar pelos meus instintos, julgando-me completamente dominado por uma mulher praticamente desconhecida, ainda que algo familiar. Ambos sentíamos desejo, vontade e entrega. Ela levantou-se e colocando-se de quatro, abriu-se para mim, oferecendo-me o que de melhor tinha para me dar. Penetrei-a devagar, ainda a medo e incrédulo pelo que sucedia naquela manhã. Dava-me tesão, muita mesmo... Talvez o facto de ser uma nova experiência, uma diferente abordagem e uma mulher de uma cultura completamente diferente. Ela regozijava, gemia e pedia-me mais através da linguagem do seu corpo. Rejubilei de satisfação, de prazer e do muito gozo que estava a sentir. Deitei-me de lado, puxando-a para mim e dando-lhe a entender como gostava de a sentir. Ela sorriu e erguendo-se um pouco, voltou-me a dar o que igualmente queria. Enterrei-me de novo, apertando-a e agarrando-me áqueles fartos seios, procurando-lhe a boca com os lábios para um enorme beijo de carinho e gratidão. Vim-me por fim, jorrando o meu leite sobre aquela pele alva, quente e extremamente apetecível. Abracei-a, beijando-a muito e deixando-a rendida ao afecto que por ela senti.
Levantámo-nos e tomámos um duche a correr, agora algo assustados que alguém pudesse chegar e nos apanhasse a sair da mesma divisão. Subi para o meu quarto, vesti uns calções, t-shirt e depressa continuei a tarefa de cortar o "tule" que havia deixado por fazer na noite anterior. Aos poucos, a casa voltou-se a encher de gente, novamente com a azáfama e o nervosismo de quem preparava um matrimónio. Quanto à Hedda, ía trocando comigo uns olhares cúmplices dissimulados, talvez num misto de satisfação anterior e de vontade em repetir.O casamento correu maravilhosamente bem e na 2ª feira seguinte, eu estava de volta a Lisboa. No entanto, eu e aquela miúda não deixámos de nos "mimar" às escondidas durante aquele período, mantendo ainda hoje o contacto através da internet. Não será um namoro ou uma enorme vontade de estarmos juntos, mas se assim voltar a acontecer, será por certo... novamente inesquecível!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Praias...

Final de tarde na minha praia...
O areal é pequeno, ladeado por enormes rochas e com um pequeno acesso a dividir a estrada de um dos meus lugares de descanso predilectos.
Confesso que água do mar não é das mais quentes naquela zona, embora também nunca o tivesse sido. A areia e apesar de extremamente limpa, é grossa e causa um certo desconforto ao caminhar descalço sobre ela. Contudo, o sossego e a paz de espírito que aquele lugar me oferece, há muito que me cativa. A ausência de uma multidão sedenta por praia, faz-me gostar ainda mais daquele recanto quase privado e é natural sentir-me extremamente bem por ali.
Nunca foi um espaço perfeito para banhistas pelas razões que enumerei, embora se tenha tornado num local obrigatório para tomar uns relaxantes banhos de sol naquela imensa tranquilidade ou para quem queira colocar a leitura em dia através de um bom livro.
Por tudo isto, fidelizei-me à "minha areia", como simpaticamente lhe chamo.
Certo dia e num final dessas minhas tardes, reparei na descontracção com que uma rapariga ali se encontrava. Mergulhou na água fria, regressou à toalha, enrolou o cabelo e retirando a parte superior do biquini, deixou-se invadir pelos raios de sol. Mais do que ver uma mulher de seios descobertos, fascinou-me a forma sensual como se movimentava, como delineava cada passo e executava cada acção como se tudo fizesse parte de si. Por mais que quisesse, não me consegui abstrair daquela imagem, não só pela perfeição da sua nudez, mas por tudo o que envolvia aquele momento. Não desviei o meu olhar por qualquer instante, apaixonando-me pelo seu sossego, pelo modo como se tocava, pela forma como me derretia. Virou-se, pegou numa revista e esfolheou-a como se ninguém a observasse, como se não quisesse olhar para mais nada...
Levantei-me, dirigi-me ao mar revolto e gélido diante de nós, arrepiando-me e cruzando os braços com o intuito de me proteger dos salpicos das ondas que estrondosamente iam rebentando nas rochas. Aproximei-me um pouco dela, desta vez com a pura vontade de a consumir visualmente. Denunciado pela sombra do meu corpo, sentiu-me perto, controlando os meus passos e tentando-se proteger de algo...
Nunca seria capaz de magoar aquele ser, graciosamente moldado por um físico divino e exibindo uma postura que me deixara indefeso. Sorri apenas, voltando para o meu lugar...
Discretamente e separados pela distância, fomos trocando olhares cúmplices, quase formalizando convites sobre quem abandonaria a sua toalha para ir até junto do outro. Enchi-me de coragem e com o coração descompassado, caminhando até ela. Com os olhos escondidos pelos óculos de sol, sorri-lhe com o "olá" nervoso... Ela retribuiu o gesto, mantendo-se deitada de frente e protegendo o peito nú do meu olhar. Dobrei a toalha e sentei-me a seu lado...
Apresentei-me, soube o seu nome, a sua idade, o que fazia... Aos poucos, a conversa subia de interesse, de intensidade e a noite começou a cair sobre nós. Ela levantou-se e sem qualquer pudor, colocou novamente o biquini... Sorriu-me, aproximou-se e beijou-me os lábios graciosamente. Pegou na toalha, colocou-a no pequeno saco que trazia e despediu-se...
Vi-a partir em direcção à estrada, sempre com a esperança de a tornar a ver. Deixei-me ficar por breves instantes, entregue à minha solidão, ainda que imensamente preenchido. Quando cheguei ao meu carro, encontrei no chão a mesma revista que ela lera na praia...
Afinal há algum tempo que também me via, conhecia da "minha areia" e nunca dissera nada.
Ver-nos-emos por lá... Certamente!

domingo, 11 de julho de 2010

Tréguas...

Tarde, quase noite...
Do alto daquela encosta escarpada sobre o mar, encontrámo-nos para resolver um conflito que há muito nos separava. Assuntos mal resolvidos, acusações de parte a parte e um sem número de erros grosseiros, fizeram com que ali estivéssemos àquela hora para conversarmos e colocar um ponto final numa zanga que se arrastava há demasiado tempo.
Ao longe, o sol sumia-se timidamente pelo horizonte, parecendo ser engolido pelas águas de um oceano tranquilo e imenso.
Dentro do carro, um silêncio asfixiante tomava conta de nós, incapaz de quebar o gelo ou de ser um aliado no começo de uma conversa tida como inevitável. Respirei fundo e comecei a falar...
Civilizadamente, mantive um discurso coerente, denotando lucidez, assumindo erros e apontando ao que não me parecera correcto. Do outro lado, ela mantinha-se cabisbaixa, tão culpada quanto eu, tão inocente como também eu...
Respondeu-me com educação, inteligência e enumerando tudo o que lhe pareceram atitudes irresponsáveis e reprováveis. Da sua boca saía uma voz contagiante, bem diferente daquela que uns dias antes vociferava e parecia lançar fogo sobre mim. Limitei-me a seguir os movimentos daqueles lábios, perdendo o interesse no raciocínio que dela advinha, focando-me exclusivamente nas expressões que ela transmitia ao sabor das suas palavras. Ceguei por completo e agindo como se viajasse no mais perfeito dos sonhos, aproximei-me e beijei-a como se na minha impetuosidade estivesse a única solução para terminar a nossa guerrilha.
Ela quebrou e vencida pelo desgaste das discussões, retribuiu o carinho, molhando-me o rosto com um lágrima de alívio, ainda que pincelada de alguma raiva interior. Foi fácil de a compreender, também me mostrando feliz pelo desfecho a que atrevidamente me expus, sem saber a que resultado chegaria. Seguido do beijo, um abraço sentido reforçou a nossa trégua, ainda que tivesse tido a capacidade de soltar os nossos desejos mais primitivos. As mãos trémulas por um incontrolável nervoso miudinho, depressa percorreram o corpo de ambos, fortalecendo um novo beijo e enterrando de vez o machado de guerra que nos separava. Desajeitados e inconscientes, despimo-nos o suficente para fazermos amor. Senti-a trepar para o meu colo, levantando um pouco a saia e entregando-se por completo, permitindo que a possuísse e lhe tocasse. Abriu a camisa, oferecendo-me os seios espetados e ávidos dos meus lábios... Apertei-os, beijei-os e lambi-os como se ali estivesse tudo o que necessitava para nos conceder o perdão. Abracei-a com força, sentindo aquele volumoso peito de encontro ao meu e aumentando o ritmo com que nos fomos saciando.
Apesar de desconfortáveis, nunca aquele lugar nos terá parecido tão perfeito. Cúmplices e sedentos, dalí saímos sem nada mais a discutir... Pelo menos, até hoje!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Culpa...

Por diversas vezes, a atracção sexual surge-nos de uma forma directa, reactiva e associada a um desejo imediato por qualquer motivo, sendo que por outras, se desperta e se revela sem que nada tenhamos em mente ou façamos para que assim seja.
Confesso que ultimamente tenho oscilado entre estes dois estados, sentindo-me atraído por belas mulheres com quem diariamente me cruzo, do mesmo modo que dou por mim num estado de excitação extrema, sem que nada o justifique ou pareça justificar.
Recentemente estive a tomar café com uma colega de trabalho, sendo o tema de conversa, o estado das finanças públicas, a grave crise mundial e a inevitável consequência para todos.
Ambos somos casados, com uma relação estritamente profissional e sem que nada mais exista entre nós. Muito sinceramente, nunca nos teremos visto com outros olhos, apesar de nos conhecermos há cerca de 8 anos e mantermos uma óptima relação no emprego. Confesso que nos meus primeiros tempos nesta empresa, cheguei a fantasiar com algumas colegas, talvez movido pela curiosidade de como seriam na sua intimidade ou até que ponto viveriam a sua sexualidade. No entanto, nada passou disto mesmo e ao longo do tempo, poucos são os que expõem ou fazem questão de mostrar um pouco mais da sua vida pessoal.
Contudo e naquele café de final de tarde, a conversa fluia bastante bem e tornou-se agradável ao ponto de nos perdermos um pouco com o tempo. Nos dias seguintes, a rotina manteve-se e esta convivência parecia ajudar-nos a desabafar mais um pouco sobre os nossos problemas, nos desafios que nos esperavam e nas metas para o futuro.
Notava-se claramente que era uma mulher um pouco desgarrada da vida, tendo tido uma educação demasiadamente conservadora e casado por mera pressão familiar. Desde o início que sabia que o marido era igualmente contabilista, mas nunca com tanto pormenor como o que agora ela fazia questão de contar. Havia ali uma pontinha de infelicidade, uma notória sensação de acomodação a que infelizmente, também eu já conheço e com que diariamente me vou igualmente deparando.
Os dias foram passando e a amizade além de ir crescendo, foi dando lugar a uma maior empatia e cumplicidade.
Inevitavelmente, o que já se faria esperar, aconteceu...
Na passada 5ª feira e num dia bem maior que o esperado, ficámos retidos por mais umas horas a terminar um cálculo para um cliente. No meio do cansaço, acabei quase por me deitar na cadeira, aliviar o nó da gravata e abrir um dos botões da minha camisa. Ela a meu lado, sorriu, colocando-me a mão no braço e acarinhado-me com uma forma muito especial de me dizer "Não desesperes!".
Aproximou-se e beijou-me no rosto... Continuou a fazê-lo, carinhosamente, até me encontrar os lábios e beijá-los calorosamente. Puxou-me a camisa e colou as mãos na minha pele. Fê-lo com vontade, desejo e quase desespero. Apertou-me com força, incitando-me a que retribuisse, lhe tocasse e a fizesse sentir o que há muito parecia não viver. Tentei abstrair-me, conter-me, afastar-me... Não consegui!
O desejo apoderou-se de nós extremamente depressa. Peguei-lhe no rosto com as mãos, beijando-a sofregamente enquanto ela me despia. Empurrei-a para a secretária, fazendo-a deitar sobre a mesma e deixando-a completamente à minha mercê. Apalpei-lhe os seios, massajando-os de uma forma bruta, excitando-me cada vez mais. Ela gemia, implorando-me pelas expressões do rosto que a deixasse preenchida e a fizesse sentir-se mulher novamente. Levantei-lhe um pouco a saia, puxando-lhe a roupa interior e enterrando-me com vigor. Fodemos rapidamente, com força, loucura e sob a forma de inconsciência e de uma leviandade atroz.
Parámos por fim, aturdidos, receosos, estranhos. Vestimo-nos sem referir qualquer palavra, embora dela me tenha despedido com um suave e carinhoso beijo na testa.
Na 6ª feira cheguei atrasado, pedindo as minhas desculpas a todos com um comprometido "Bom-Dia". Fitei-a no rosto, vendo-a corada, ainda que tenha retribuido as minhas palavras de cumprimento. No final do dia, já não tivemos o nosso habitual café, tendo eu ficado o fim de semana a pensar no assunto. Meditei sobre o impacto que o sucedido poderá ter nas nossas relações, sejam elas profissionais, como também com os nossos conjuges. Creio que ambos continuamos a amar de coração as pessoas com quem escolhemos para viver, embora as necessidades físicas e a busca de algum carinho, conforto e bem-estar sejam cada vez mais usuais fora de um matrimónio. Infelizmente, é o reflexo de uma sociedade que não permite a que as pessoas se amem em toda a sua plenitude, usando escapes para saciar tudo aquilo que parece ser saciável por curtíssimos instantes.
O sentimento de culpa existe, a sensação de inocência também...

terça-feira, 20 de abril de 2010

Contactos...

Olhares que se cruzam, corpos que se movem, géneros que se aproximam.

Distâncias que se encurtam, sorrisos que se trocam, vozes que se comunicam...

Abraços com que se mimam, beijos com que se derretem, mãos que se inquietam.

Roupas que se despem, peles que se aquecem, suspiros que se oferecem...

Posições com que se aconchegam, movimentos com que se deleitam, sexos com que entregam.

Orgasmos com que se satisfazem, descanso com que repousam, mimo com que adormecem...

Contactos... Havê-los há de novo?

quarta-feira, 24 de março de 2010

Convívios...

6ª Feira, 16 de Maio de 2008.
Estranhamente, recebo uma mensagem no telemóvel a meio da tarde, contendo umas coordenadas geográficas e um pedido quase obrigatório de entrada naquele local até à meia-noite.
Saio do emprego ainda aturdido, curioso e apressado em direcção ao meu carro. Ligo o GPS, introduzindo cuidadosamente cada um daqueles números e esperando ansiosamente a localização exacta daquele lugar. Com surpresa, a indicação surge-me no visor, deixando-me boquiaberto: Quinta da Marinha, Cascais.
Estupefacto, tento raciocinar o mais rapidamente que posso. O lugar conheço, o espaço em si nada me diz. Quem teria sido o autor daquela mensagem anónima, a requerer ali a minha presença? O que iria lá eu fazer ou que evento se iria ali realizar que não pudesse ser descrito? A minha mente dava voltas, rebuscando e procurando a mínima pista diante dos meus olhos ainda incrédulos sobre o piscar do cursor do GPS. Quase instantaneamente, o telemóvel dispara um novo toque de mensagem. Os nervos atraiçoam-me e quase o desligo. Carrego em todas as teclas como se nada percebesse do meu telefone, até finalmente abrir a SMS. Dizia apenas isto: “Uso Obrigatório de Máscara. Dress Code: FANTASIA”
Um sentimento de raiva e de impotência apoderam-se de mim, talvez misturado com a revolta de não poder comunicar e nada mais saber. Sigo viagem em direcção a casa, não prestando atenção a mais nada a não ser a visualização mental dos dados indicados pela minha bússola electrónica, o mapa ali desenhado e os caracteres das mensagens recebidas. Tomo um duche rápido, visto uns jeans escuros e uma camisa clara, ainda que a indefinição sobre a forma de me apresentar, seja mais que muita. Coloco uma pizza no forno, dou de comer ao gato que não me larga desde que cheguei e acabo por me deixar cair no sofá de telefone na mão. Passo os olhos naquelas frases e a conclusão a que chego é a mesma: nula! Mastigo a borracha ultra-congelada de sabor a fiambre e azeitonas, alternando com um zapping desenfreado e irrequieto. Interrogo-me continuamente sobre se será boa ideia me atrever a ir… Penso, penso e penso…
Olho para a cinza no fundo da lareira. Oiço a brisa vinda do exterior e procurando segui-la com o olhar, subo a chaminé como se acompanhasse o fumo que tantas vezes por ali desaparece. Páro a meio, fitando as máscaras de cartão que trouxe de Veneza e que servem de decoração ao meu espaço. Sorrio, levanto-me e retiro-as da parede. Sacudo o pó de uma delas, colocando-a por graça no meu rosto. Procuro ver-me reflectido no vidro das janelas, tentando compreender até que ponto, as mesmas me ocultam a identidade. Tomado por um impulso, saio a correr em direcção ao carro, voltando a introduzir as coordenadas no aparelho e fazendo-me à estrada. Chego ao local exacto com alguma antecedência, “mascarando-me” e ficando estacionado junto à enorme vivenda onde vim dar. Vejo entrarem algumas pessoas, também elas “escondidas” e misteriosas…
Vou atrás, batendo à porta e revelando o código de entrada a um sorriso feminino que me dá as boas vindas. Lá dentro, o ambiente é festivo e absurdamente carnavalesco. Há música ambiente, uma decoração cuidada e um excelente serviço de mesa. Todos se olham, notando-se claramente uma enorme ansiedade e inquietação. Formam-se pequenos grupos na enorme sala que nos recebe e que estará composta por não mais de uma vintena de pessoas. Dirijo-me à casa de banho, procurando ganhar algum tempo para que algo aconteça e algum conforto num espaço mais exíguo e fechado. No pequeno lavatório, uma mulher snifa uma linha de coca, sorri-me e beija-me extasiadamente. Perplexo, deixo-me contagiar, sendo arrastado para o salão onde todos se encontram. Por lá, já o mesmo acontece…
Vejo corpos semi-despidos, gente que se toca, que se beija, que se diverte. A minha “parceira” desce sobre mim, ajoelha-se, abre-me cada um dos botões das calças e entrega-se vorazmente. Chupa-me, massaja-me e lambe-me o sexo como louca. Por trás, alguém me agarra… Uma outra rapariga abraça-me, beija-me, percorre-me os lábios com a língua e ajuda-me a despir um pouco mais. Entrego-me ao ritual, sentindo um preservativo ser-me colocado e começando a foder…
Todos o fazem, com 2, 3 parceiros… O deboche é completo, a orgia consumada!
O que ao princípio parecia um simples baile de máscaras, dá agora lugar a um cenário onde todos se entregam aos prazeres da carne. Escondidos e misteriosamente protegidos por um disfarce, tento raciocinar sobre a identidade de cada uma das pessoas ali presentes. Quem conhecerei, quantos saberei quem são? Serei igualmente amigo ou colega de um deles? Mantenho anexado a tudo isto, a interrogação sobre o autor de tão estranho convite.
Ao meu redor e apesar do bacanal que ali se realiza, todos me parecem normais e bem resolvidos com a sua orientação sexual. Todos vibram e se deliciam com o momento, ora trocando de parceiros, ora chegando ao fim com quem inicialmente começaram. Chovem pequenos papéis coloridos sobre os corpos suados, colando-se e molhando-se na pele nua de quem ali se encontra presente. Sucedem-se os gemidos, vibrantes, sedutores, contagiantes, provocadores… Ao meu lado, uma rapariga olha-me nos olhos, sorrindo e apertando os seios a cada estocada do “seu” homem. Excita-me, delicia-me e insisto na penetração da “minha” mulher com mais veemência. Venho-me por fim, esporrando-me naquele corpo à minha mercê. Ela regozija-se, espalhando o meu sémen pelo corpo e levando os dedos besuntados à boca. Lambe-os, chupa-os, agradece-me… O mórbido baile continua por entre abraços e beijos de quem se encontra preenchido. Vão-se vestindo e saindo daquela casa com o avançar das horas. Ainda moribundo, saio também… Estranho, decadente, incrédulo!
Ligo o carro e nem o barulho do motor a trabalhar me parece acordar para a realidade. Talvez porque o ali vivido tenha sido demasiadamente estranho… Talvez porque o ali sentido, não tenha passado de um sonho real embora extremamente utópico.
Arranco a toda a velocidade, embrenhado no mesmo espírito de inexistência e sumindo dali como se estivesse agarrado a um viciante jogo de vídeo.
Ainda hoje guardo aquela SMS, talvez por ser a única prova visível de que aquele dia realmente aconteceu. Apesar da curiosidade, nunca procurei aquela casa novamente e não mais voltei a ser convidado para algo do género. Contudo, não deixo de tentar associar alguns sorrisos àquelas metades de rosto com quem privei. As conclusões a que chego não me levam a nada nem a ninguém… Talvez um dia o venha a saber, da mesma forma que adoraria ver revelada a identidade do autor do convite. Talvez um dia… Novamente!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Sonhos...

E hoje sonhei…
Sonhei que apenas te batia à porta para te entregar o livro que há muito me emprestaste… Imaginei que o odor adocicado das fragrâncias que tanto usas, me embriagava e me fazia flutuar ao ritmo do som que também escutavas. Julguei que perante o ambiente tão maravilhosamente recriado, me cumprimentarias e convidarias a entrar, aguardando que a minha presença te mimasse e alimentasse do mesmo modo.
Foi bom sonhar, ver-te descontraída a meu lado, produzindo o mais perfeito cenário que alguma vez me poderias fazer viver…
Sentada sobre as pernas, tocavas-te naturalmente, sentindo a própria pele pelo tactear dos dedos, percorrendo os braços, as pernas, contornando os joelhos, massajando delicadamente os pés…
Cada novo toque, quase me parecia alcançar, preencher, realizar…
Olhavas-me de soslaio, garantindo na perfeição, toda a inquietação a que inocentemente me submetias. Excitava-me ver-te assim, calma e tranquila, contrastando incrivelmente com o turbilhão de emoções que cá dentro me percorria e desassossegava. O entusiasmo era evidente, vibrante, passível de despertar os sentimentos a quem quer que te observasse.
A sede de te tocar e sentir, tornava-se insuportável… Lentamente e quase sem dar conta, estaria a teu lado, partilhando o mesmo toque na mesma pele, fazendo uso dela para te mimar e me satisfazer.. Tocar-te-ia nas coxas, nádegas, contornando cada porção do teu corpo e procurando ardentemente o teu lado mais íntimo e apetecível.
O beijo, esse, surgiria por arrasto, aliado a um olhar inocente, atrevido e audaz. As carícias a que a ti própria cometerias, aquecer-me-iam mais intensamente, deixando-me rendido à tua própria nudez e calor corporal. No êxtase de um mero beijo, a sofreguidão seria plenamente sentida, proporcionando aos nossos sexos, todo o desejo que deles faria parte. Tocar-me-ias na erecção do meu membro, massajando-o com a provocação de um olhar matreiro… Rejubilaria de prazer ao senti-lo no calor da tua boca, misturado com o quente, o húmido e a excitante habilidade com que nele te divertirias.
Com os testículos túrgidos e um pau rendido aos encantos e mestria da tua existência no meu ser, sentir-te-ia os seios pelas minhas mãos, apertando os mamilos deliciosamente espetados e a mim entregues. Já deitados, dar-te-ia o meu melhor, penetrando-te ternamente, beijando-te e acariciando-te com todo o amor que me merecerias. Adoraria sentir-te louca, puxando-me a cada estocada, sempre com a vontade de me desejares mais profundamente. A humidade com que te receberia, iria bem para lá de uma experiência meramente física, unindo-nos através da virilidade de um prazer, que em ambos sempre existiu.
A estranha sensação de te purificar, surgiria em cada nova investida, fazendo de ti o mais perfeito uso para a libertação da minha rigidez. Os arrepios tornar-se-iam contagiantes, repartidos, vividos com intensidade…
Deitar-me-ias sobre o chão, enterrando-te no meu corpo e segurando-me como se fizesse parte da tua composição. Prender-te-ia pelas ancas, definindo movimentos, fazendo-te rodar sobre mim, roçando-te pelos restantes pedaços da minha pele…
Inclinar-te-ia, obrigando-te a ofereceres-me os teus seios, tocando-lhes e mexendo-lhes em cada novo gesto sob o teu corpo. As tuas mãos inquietas, abrir-se-iam sobre o teu ventre, sempre com a ânsia e o secreto desejo de também assim, o sentires movimentar-se no teu interior.
Virar-te-ia de seguida, querendo-te por trás, com força, tesão, volúpia e ainda mais desejo. As tuas mãos inquietas alcançar-me-iam o escroto, massajando e entalando o meu sexo totalmente preenchido pela tua satisfação. Sentir-lhe-ias a grossura, completando-te e dando-te na perfeição, tudo aquilo que te define enquanto mulher. Estremecerias, provocarias, gemendo comigo…
Agarrar-te-ias ao que nos rodeasse, na impossibilidade de te conteres. A vontade de explodires em mim seria tremenda, desejando a todo o custo a perfeição de um único, mas intenso orgasmo. As contracções denunciar-te-iam, apertando-me, sentindo-o latejar no teu íntimo, antevendo o melhor dos momentos. Por fim, a gula e a sede de ambos os corpos, saciar-se-ia, juntando-se, fundindo-se e colocando-nos em torno de uma mesma união.
Sim, confesso que sonhei na mais completa fantasia de um dia assim te consumir. Quero-te num sonho real… Surges-me? Agradecer-te-ei… Raquel!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Experiências...

Um fim-de-semana a quatro, envolve sempre boa disposição, espírito de aventura e muita liberdade. Foi isso mesmo que aconteceu à Liliana, ao Marco, à Mónica e a mim.
Estávamos em pleno Verão… Para uns, as férias estavam no começo, para outros, apenas seriam mais uns dias para fugir à tão monótona rotina do quotidiano.
Combinámos por isso e entre todos, passarmos uns dias no litoral centro, alugando um pequeno apartamento junto à praia. Fartos do Algarve, a opção pelo centro do país, revelou-se a mais acertada e sem qualquer opinião desfavorável sobre o destino a seguir. Assim o fizemos e não poderia ter sido melhor…
Saímos de Lisboa no pequeno carro da Mónica e mais do que o divertimento da viagem, a excitação e a alegria contagiante, depressa nos deu a certeza de que aqueles seriam dias em cheio. O jantar de 6ªfeira foi extremamente animado. A saída à noite, perfeita para descomprimir. As horas de sono, inexistentes…
No sábado, apenas sentimos a praia bem a meio da tarde, ainda que naquele par de horas, tivéssemos feito praticamente tudo aquilo que qualquer banhista faria num dia inteiro. De regresso ao nosso espaço, tempo para um duche rápido, jantar e uma normalíssima jogatana de cartas antes de nova saída nocturna. Depressa nos fartámos da típica “sueca” e a Liliana acabou por se agarrar à TV e dali parecia não querer sair. Juntámo-nos no pequeno sofá e por lá ficámos a falar de futilidades, coisas sem nexo e brincadeiras com pouco sentido.
Com a Mónica bem pertinho de mim, senti-a encostar a cabeça no meu ombro e colocar a mão sobre o meu braço. Instintivamente e retribuindo o carinho, beijei-a na testa, sentindo-a estremecer. Ela ergueu-se um pouco e surpreendendo-me por completo, colou os lábios nos meus, beijando-me com meiguice, mimo e com um enorme afecto. Ainda aturdido pela atitude, retribui, abraçando-a e puxando-a para mim. Fechei os olhos e deixei-me levar por aquele beijo tão intenso, quão maravilhoso. Quando os abri, reparei que do outro lado, já o Marco e a Liliana estavam bastante adiantados, tocando-se e apalpando-se como sôfregos de desejo. Excitei-me ainda mais e tomado por aquela loucura, apalpei com força os seios da Mónica, permitindo que também ela sentisse o meu sexo duro e cada vez mais sedento de prazer. Puxou-me os calções e sem qualquer receio, colocou-o na boca, mergulhando-o até ao fim e deliciando-se com o prazer que igualmente me proporcionava. Do outro lado, era a Liliana quem suspirava com o atrevimento do toque do Marco…
Praticamente despidos, não tardou que naquele minúsculo sofá, dois casais estivessem entregues aos prazeres da carne. Ajoelhado no chão, penetrava a Mónica de frente, sentindo-lhe as pernas puxarem-me de encontro a si. A Liliana, agarrava-se com força ao pequeno maple, recebendo o Marco por trás e abrindo-se aos sentires que este lhe oferecia. Pela proximidade dos nossos corpos, foi com estupefacção que assistimos a um beijo arrebatador entre as mulheres, sempre em simultâneo com as fortes estocadas com que fodíamos. Faziam-no com intensidade, destreza e loucura, sempre vivendo uma excitação enorme, com o prazer que simultaneamente também lhes proporcionávamos. Sentíamo-nos loucos, livres e completamente alheados da realidade da nossa simples, mas enorme relação de meros amigos. Embebido por toda aquela insensatez e bastante mais afoito e directo, o meu colega depressa largou a sua parceira e dirigiu-se à Mónica. Levou-lhe o pau bem erecto junto dos lábios e assim permaneceu perante o fabuloso “fellatio” que ela tão bem fazia.
Sozinha e deixada entregue a si mesma, a Liliana aproximou-se de mim, masturbando-se, começando a beijar-me e incitando-me a foder a Mónica com mais veemência. Ambas suspiravam e gemiam pelo prazer sentido, provocando-nos até à exaustão e fazendo-nos sentir naquele momento, os homens mais realizados e sortudos à face da Terra.
Não aguentei mais um segundo… Queria também sentir aquela morena de olhar penetrante e de sensualidade única. Larguei a minha companheira inicial e sentando-me no chão, fiz a Liliana colar-se no meu corpo, encaixar-se e cavalgar-me até ao fim.
No extremo oposto, os gemidos eram mais que evidentes, não tardando que o Marco ejaculasse com força nos rijos e deliciosos seios da nossa querida Mónica. Faltávamos nós e ainda que a Liliana já tivesse chegado a um orgasmo intenso, não deixou de me satisfazer e retribuir na intensidade do seu toque e com a maliciosa destreza da sua língua. Vim-me imenso, regozijando-me com o lânguido prazer que ela tinha ao sentir o meu sémen na sua boca gulosa e nos seus lábios atrevidos.
Exaustos, transpirados e completamente rendidos, adormecemos quase de seguida, dormindo nos lugares a que inicialmente estávamos destinados: as meninas na cama do quarto de casal, os rapazes no pequeno e desconfortável sofá da sala.
No domingo e dormindo novamente até tarde, arrumámos as nossas coisas sem repetir a louca façanha da noite anterior, ainda que tivéssemos feito algumas referências dissimuladas sobre o sucedido. O regresso a casa foi divertido mais uma vez. O pobre do Marco veio a conduzir com a Mónica à pendura e eu atrás, ainda fui “brincando” com a Liliana.
Depois desse fim-de-semana, saímos à noite mais algumas vezes, mas nada de mais intenso surgiu entretanto. Ainda nos vemos com alguma frequência, mas o vivido naquela noite, ainda hoje permanece tabú. O Marco casou-se, a Mónica teve um filho recentemente.
Resto eu e a Liliana… Quem sabe?!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Estímulos!

O desejo e a atracção sexual, surgem-me por vezes e em momentos que em nada premedito. Talvez por amar e venerar a beleza do corpo feminino, seja a causa mais natural para constatar esta minha realidade.
Certo é, que a minha líbido raramente se ressente, quase nunca vive qualquer quebra e ainda que a mesma culpa possa ser atribuida a uma elevada produção de hormonas masculinas, não me sinto um predador sexual sempre em busca dos seus mais primários e instintivos desejos.
Contudo, jamais poderei negar que um discreto mas tentador decote, que umas pernas elegantes numa forma sensual de caminhar, que um olhar matreiro ou uns lábios meigos e cuidados, me deixam totalmente indiferente, ainda que continue a admirar bastante mais uma mulher pelo conteúdo do que pelo seu rótulo.
Apesar de tudo, existe e existirá sempre a tal química masculina, tão do desagrado e da incompreensão das mulheres, que faz com que a velha máxima de colocar um travão ao que fisicamente se iniciou, seja impossível de fazer acontecer. Concordo que assim o é de facto, ainda que não consiga encontrar uma verdadeira e plausível justificação para tal. Por isso, é recorrente sermos apontados como seres de "one night love affair", de termos uma sessão de sexo e sumirmos, parecendo sempre que nos estamos nas tintas para quem connosco privou por breves momentos e curtos instantes de intimidade.
O adágio é antigo e correctamente nos diz, que os homens são incapazes de pensar com as duas cabeças simultâneamente. Concordo uma vez mais, embora no campo pessoal e sem querer generalizar, seja realmente complicado resistir ao assédio e existência do sexo feminino, bem como, o de digerir um instante sexual que supostamente não pareça ter passado disso mesmo.
Algo fica sempre, quanto mais não seja a grata recordação do ritual iniciado, até à satisfação de um orgasmo de sensações que só aquela mulher com quem estivémos, nos proporcionou.
Retirando por isso, toda a química que envolve a excitação masculina, todos os prós e contras que surgem depois de um acto mais íntimo, estes ficarão sempre ao critério responsabilidade de cada um. Até lá sim, somos e seremos sempre homens! Nada a fazer...

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Gula!

Chego a casa após um extenuante dia de trabalho.
Reuniões, projectos, decisões e tantas outras pequenas tarefas, levaram-me a estender o dia para lá do horário normal de expediente.
Mordisco um pequeno pedaço de bolo de chocolate, ao mesmo tempo que abro a porta do frigorífico e indelicadamente, levo o pacote de leite à boca. Sacio por isso e desta forma primitiva, a fome que trago, tentando igualmente atenuar o cansaço que cada vez mais de mim se apodera.
Dispo o casaco e a caminho do quarto, alivio o maldito nó da gravata que por demasiadas horas me irrita e sufoca. Na cama, dorme a minha mulher… Tranquila, doce, meiga, perfeita! Adoro vê-la assim, apenas de camisa de noite, slips justos e agarrada à almofada como se buscasse a tranquilidade e a segurança que não lhe consegui transmitir mais cedo.
Retiro lentamente o resto da minha roupa, encostando-me de pronto àquele corpo quente e pleno de suavidade. Deslizo a minha mão por entre a pele nua e o tecido que a reveste. Massajo-lhe um seio, roçando-me vagarosamente na ânsia de me satisfazer um pouco. Dá-me prazer fazê-lo… Alivia-me a tensão, excita-me, conforta-me, faz-me sentir bem!
Ela acorda, sorri e virando-se um pouco, acede-me a um apaixonado beijo de boa noite.
Agarra a minha mão que carinhosamente lhe toca num dos seios e aperta-a um pouco mais. Sorri maliciosamente e sentindo o meu sexo endurecido tocar-lhe nas nádegas, provoca-me ao “dançar” colada a mim. Suspiro, rejubilo e encho-me de tesão…
Baixo os meus boxers e entalo o meu pau bem erecto, por entre as pernas dela. Vejo-a sorrir novamente, puxando-me a cabeça pelo pescoço e obrigando-me a beijá-la com maior fervor. Desço a mão que lhe mimava o seio, procurando desajeitadamente tocar-lhe no sexo. Sinto-a ceder ao abrir um pouco as pernas, ao mesmo tempo que me toca, me massaja o tronco, as nádegas e toda a extensão do meu membro cada vez mais sedento e irrequieto. Vibro com a meiguice e afecto daquele singelo toque…
Lentamente, penetro-a até ao mais ínfimo dos nossos desejos. Fundidos num só, os nossos corpos ondulam e movimentam-se em torno da satisfação de ambos. Lábios com lábios, pele com pele, sexo com sexo, seguimos sem pressa até um intenso orgasmo de vontades e de equilíbrio emocional. Rendidos ao que nos une, adormecemos entregues um ao outro, desejando ardentemente que o imenso fogo deste amor jamais termine e nos possa separar. Talvez continue e assim perdure eternamente… Oxalá!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Artes...

A noite parecia solitária para ambos...
O frio e a chuva que ruidosamente teimavam em continuar a viver lá fora, não nos dava sequer o discernimento necessário para uma saída nocturna. Cá dentro, o silêncio e a melancolia, arrastavam o meu corpo e o da Filipa para uma preguiça e uma sonolência cada vez mais evidentes.
Deixei de parte o zapping doentio de um televisor que em nada nos favorecia, preferindo rebuscar na internet um qualquer desafio que me agitasse e fizesse acordar.
Nas páginas favoritas, nenhum novo acontecimento digno de registo... Nos blogues conhecidos, nada de suficientemente interessante e na caixa de e-mail, montes de spam a invadirem-me a privacidade.
Contudo, foi neste lixo electrónico que algo me despertou. Desafiei o link de um hipotético vírus, acedendo-o sem receio e ousando o conteúdo erótico que o mesmo publicitava. Era um convite ao prazer através de um site de vendas on-line de produtos eróticos, de chat rooms onde se podia discutir abertamente qualquer tema sexual, bem como de publicidade a sex-shops e a vários clubes de swing.
Explorei cada recanto daquela página como um miúdo sedento por provar o desconhecido. Excitava-me mentalmente com cada nova imagem que me surgia, não só pelo aspecto colorido e tentador do website, como pelo próprio desejo que naturalmente me provocava.
Queria mais, bastante mais, deixando-me por isso ficar a viajar naquele espaço, até sentir as mãos da Filipa no meu corpo. Há muito que me observava e sentira a mesma necessidade que em mim também crescera. Tocou-me, beijou-me e despiu-me em silêncio...
Sentou-se no meu colo, roçando-se no meu sexo já endurecido por tudo o que aquilo me tinha provocado. Ajudei-a a despir-se, retirando-lhe a camisola, o soutien e mergulhando com avidez naqueles seios quentes e macios. Apertei-os, beijando-os e massajando-os com o desejo e a vontade de a querer por inteiro. Ambos sentados naquela cadeira de escritório, vibrámos com o fervor das nossas carícias, do nosso mimo, da nossa entrega...
Peguei-lhe, levantei-a e fi-la sentar na secretária, desviando o pequeno portátil da nossa frente. Puxei-lhe as calças de jogging em simultâneo com a lingerie e despindo-me também, penetrei-a com força. Estava húmida, quente, bastante mais excitada que eu...
Apertou-me com força as maçãs do rosto, pedindo-me sôfregamente que o fizesse com mais intensidade. Senti-me primitivo, carnal, embora preenchido por um louco sentimento de satisfação e prazer. Ela acompanhava-me com o mesmo ritmo, abraçando-me com força e cravando-me as unhas nas costas num misto de dôr e de maior entrega. Vim-me rapidamente, provocando-lhe de igual forma um orgasmo de enorme intensidade e de pleno preenchimento. Mantivemo-nos abraçados por alguns instantes, recuperando o fôlego e sorrindo por fim.
O computador, esse, não deixou de abrir as tão incómodas janelas de pop-up enquanto nos consumíamos. A última, era tão somente uma imagem de uma pin up girl a sorrir e a piscar-nos o olho. Divertido mas no mínimo curioso, não?

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Vendas...

A Célia era uma mulher fabulosa…
Conheci-a quando coloquei a minha primeira casa à venda e sendo ela promotora de uma agência imobiliária, não demorou a que a nossa relação comercial se estendesse a uma relação de alguma confiança pessoal.
Tinha um corpo magro, bem feito e uma pele morena que me deixava completamente louco. O rosto era pequeno, com um olhar expressivo e uma voz quente… O cabelo liso, comprido e extremamente escuro…
Desde o primeiro dia em que a vi, que não deixei de pensar nela. Decorei cada movimento com que se manifestava, cada expressão que usava para melhor explicar o que pretendia, cada gesto com que se auxiliava para melhor se fazer entender…
Na primeira visita que fez à minha casa, senti algo extremamente forte a surgir do meu íntimo… Mal fui capaz de esconder o nervosismo perante os potenciais compradores do apartamento, preferindo sempre focar a minha atenção naquela mulher de sonho.
Durante a segunda visita, senti-me mais tranquilo ainda que o turbilhão de emoções se manifestasse sempre à flor da pele… Finalmente e após umas quatro idas com novos interessados, surgiu um telefonema dela a dar-me conta de uma proposta concreta entre mãos. Combinou comigo que levaria com ela a pessoa para ver a casa mais uma vez e que falaríamos de imediato nas bases de um possível acordo. Aceitei de pronto e no dia combinado, sentámo-nos à mesa para negociar. O interessado era um homem de meia-idade, solteiro e com interesse de investimento no mercado imobiliário. A oferta seduziu-me, tendo eu pedido apenas um pouco mais de tempo para a analisar em concreto. Despedi-me de ambos, ficando a pensar na validade da proposta bem como e mais uma vez, em cada curva do corpo daquela mulher.
Cerca de uns cinco minutos volvidos, alguém me tocou à campainha. Era a Célia…
O meu coração disparou e a inquietação para perceber o que queria afinal, deixou-me ainda mais nervoso. Entrou, colocou a pasta relativa ao meu processo em cima da mesa da sala e em traços gerais, explicou-me de um modo mais pessoal e directo, os contornos do negócio. Quase não lhe prestei atenção, tal era a forma como a olhava e a desejava sentir... Por breves instantes, ela calou-se e puxando-me pelo pescoço, beijou-me deliciosamente. Retribui estupefacto e sem reacção, ainda que fosse aquele momento, o que mais avidamente desejava viver…
Virei-a de costas, apertando-a de encontro ao meu peito, beijando-a, mimando-a e sedento por devorá-la... Levei-a até ao sofá e fazendo-a ajoelhar-se, rocei o meu sexo cada vez mais duro e repleto de tesão, naquele cú bem espetado. Retirei-lhe as sandálias dos pés, despi-lhe os calções que trazia vestidos e agarrando-a por trás com força, enterrei-me por completo. Ela gemeu, suspirou, soletrou algo imperceptível, mas continou a aceitar-me daquela forma. Rejubilei com a posição, com o prazer que aquela mulher me estava a proporcionar, com o sonho que finalmente consegui satisfazer…
Deitei-me sobre ela, procurando-lhe os seios, agarrando-os e apertando-os de forma a que também sentisse prazer no meu toque… Entesava-me estar assim, semi-despido, com ela da mesma maneira, quase submissa, entregue, mas plenamente realizada pela satisfação que também sentia… Adorei vê-la diante de mim, com aquela pele escura bem à frente dos meus olhos e deliciosamente tentadora. O modo como fizemos sexo era estritamente carnal, louco, rápido, sôfrego, ainda que o prazer se declarasse como uma enorme prova de amor. Vim-me finalmente e quase em simultâneo com ela, masturbando-me com força e de forma a despejar todo o meu prazer naquelas nádegas morenas e deliciosas.
Ajudei-a a levantar-se, dando-lhe um beijo carinhoso no rosto e tendo recebido um sorriso de meiguice em forma de gratidão…
Abracei-a sem proferir qualquer palavra, remetendo para mais tarde qualquer contacto.
O negócio acabou por se concretizar e a Célia, continuou a fazer parte da minha vida noutros momentos tão fugazes quanto apaixonantes. Hoje estamos distanciados por outros factores, mas a venda da minha primeira casa, será sempre um momento para recordar e reviver.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Fotos...

Nunca deixei de exibir uma certa vontade para me deixar fotografar ou filmar sem qualquer peça de roupa. Aliás, julgo que esse desejo me acompanhou desde pequeno, embora o quisesse fazer sempre sob condições muito especiais. Tinha uma ideia muito definida relativamente ao tamanho das fotos que pretendia, às posições que me favoreciam e nunca o pretendia fazer de uma forma que me mostrasse o rosto ou uma grande parte do meu corpo. Preferia o detalhe, a minúcia, o cuidado e o pormenor…
Imaginava por isso um cenário natural como uma praia privada, uma pequena floresta em que não pudesse ser avistado e mesmo que esse mesmo registo fosse feito em casa, preferia-o de um modo descontraído, natural e sem grandes produções.
Bastava-me uma máquina, alguém disposto a fazê-lo e eu. Sempre eu com a minha postura e entregue a uma descontracção o mais natural e o menos nervosa possível.
Há muito que falava com uma amiga de quem sabia ter uma paixão imensa por fotografia. Expliquei-lhe as razões, o meu interesse e as minhas motivações para uma sessão do género e apesar de algumas dificuldades naturais sobre o local e o tipo de trabalho, finalmente acordámos em fazê-lo.
Combinámos que seria numa floresta nossa conhecida, procurando depois o melhor local e aquele que nos conferisse uma boa qualidade de imagem, além da essencial privacidade. Permanecemos por isso numa enorme clareira rodeada de pedras a toda à volta, juntamente com todo aquele ambiente que apesar de nos parecer seguro, nos fazia sentir como se dele estivéssemos a fazer parte.
Ela encostou-se a uma daquelas pedras, olhando-me, sorrindo-me e preparando o equipamento que trouxera para o efeito. Não escondi o imenso nervosismo que sentia e por entre o som do obturador, fui tirando a camisola, movendo-me, rodando e mexendo-me consoante os movimentos que ela me ia pedindo. Já em tronco nu, coloquei as mãos nas ancas, deslizei-as por dentro dos calções e fazendo-os descer lentamente, despi-me por completo. O meu corpo dava sinais de impaciência, de receio e ao mesmo tempo de uma vergonha que antes não imaginava poder sentir. Descalcei-me sobre a caruma daqueles pinheiros e ainda inquieto, movimentava-me ao ritmo do audível som da máquina a disparar. Aproximei-me dela, perguntando-lhe se já chegariam… Ela insistiu, fazendo grandes planos das minhas coxas, das minhas nádegas e do meu sexo… Sem hesitar, retirou a máquina da frente, pegou nele e começou a satisfazer-me. Meteu-o na boca, lambendo-o e beijando-o como se o desejasse desde que ali tínhamos chegado. Excitou-me, derreteu-me, acarinhou-me… Se por um lado perdi a inibição e a timidez, por outro, receei ainda mais podermos estar a ser observados. Ela continuou sem se deter, abrindo o fecho do pequeno casaco que trazia e oferecendo-me o peito com agrado. Toquei-lhe, vibrei com a suavidade e a excitação daqueles deliciosos seios… Senti-a insistir cada vez com mais força, com mais rapidez e com mais entusiasmo. Finalmente e apertando-a mais um pouco, senti jorrar naquela boca deliciosa, toda e essência e exaltação que se apoderaram de mim…
Sorri-lhe, beijei-lhe a testa e ajudando-a a limpar o muito sémen que lhe tinha espalhado, vesti-me tranquilamente. Senti-me bem, com um enorme desejo de retribuir, embora não fosse naquele momento o desejo dela. Dei-lhe a mão e pegando nas coisas que para aquele lugar levámos, saímos dali de regresso a casa.
As fotos, essas, ficaram magníficas, únicas, nossas! A vontade de repetir a experiência mantém-se, ainda que o desejemos fazer com uma outra postura e de uma forma completamente diferente. Por mim, o desejo é de recompensar, o mais possível…

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Brindes...

Brinquemos agora... depois de brindar!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Consultas...

A minha segunda ida ao médico, inquietava-me…
Há muito que não fazia exames e após uma primeira consulta numa clínica privada, sentia-me nervoso, agitado, ansioso…
Retirei sangue e recolhi urina para análise. Fiz um electrocardiograma, inúmeras medições de tensão arterial, provas de esforço e depois de todos estes exames, preparava-me para ser confrontado com os resultados a que me tinha submetido. A médica que me recebeu da primeira vez era simpatiquíssima, afável, simples na maneira de falar e prática no sentido de explicar o porquê daquelas análises.
Não teria mais do que 35 anos, morena, de baixa estatura e de traços claramente latinos. Recordo-me como me recebeu e como fazia questão de me pressionar sobre o meu natural desleixo relativamente a um maior acompanhamento médico. Respondeu-me a algumas dúvidas e questões que fui formulando sem qualquer dificuldade e perante toda essa enorme descontracção, posso dizer que fui extremamente bem atendido.
Finalmente, o dia da consulta aconteceu e a espera na pequena sala que nos recebia, pareceu-me interminável. Chamaram pelo meu nome e por entre um nervoso miudinho quase incontrolável, levantei-me e acorri de pronto, destemido, embora sempre receoso. Entrei na sala de consulta, fechei a porta e cumprimentando a médica, pude constatar que a mesma mulher que me tinha recebido tão calorosamente da primeira vez, ainda mantinha o mesmo sorriso simpático com que me presenteou.
Sentei-me e entreguei-lhe os envelopes dos exames… Aguardei impaciente com o estridente som do papel a descolar, do mesmo modo que a demora em ler os resultados criava em mim uma ansiedade crescente. Acompanhei-a a dobrar novamente as cartas e a colocá-las nos mesmos envelopes que tinha aberto. Felizmente, tudo estava bem!
Tranquilizei-me, ainda que sentisse o meu coração a rebentar. Ela levantou-se e pediu-me para puxar a manga da camisola. Mediu-me a pressão arterial, alertando-me para ir acompanhando o ritmo cardíaco com frequência, embora não inspirasse cuidados de maior. Pediu-me de seguida para me sentar na pequena maca do consultório e tirar a camisa. Auscultou-me, observou-me os ouvidos, a garganta e pedindo-me para me deitar confortavelmente, continuou a examinar-me. Pressionou-me o abdómen em diversas zonas, tocando-me, sentindo-me… Arrepiei-me e reagi um pouco com a suavidade daquele toque. Conseguia daquela posição, ver-lhe uma parte do decote por entre a bata e a isso não fiquei indiferente. Senti-a continuar e mais do que me estar a examinar, pareceu-me vê-la sentir prazer no contacto das suas mãos com a minha pele. Continuou um pouco mais até se virar rapidamente e me pedir de súbito para me levantar. Senti-me excitado, quente, com uma erecção bem notória e a tomar conta de mim. Ela, ter-se-á apercebido e talvez também levada por alguma excitação e não querendo colocar em causa toda a sua conduta, ter-me-á feito aquele pedido bruscamente. Levantei-me no preciso instante que ela se tornou a virar, ficando ambos no exíguo espaço entre a maca e a parede, frente a frente, olhos nos olhos…
Olhou-me, baixando de pronto o rosto, constrangida e nitidamente incomodada. Fechou os olhos, aproximou-se um pouco mais e beijou-me a pele timidamente. Acedi àquela provocação, abraçando-a, puxando-a para mim e fazendo-a sentir colada ao meu corpo. Apertei-a, coloquei-lhe as minhas mãos nas nádegas, levantando-a e roçando-a no meu sexo cada vez mais duro e sedento. Ela gemeu, rendeu-se, entregou-se… Colocou a mão no meu ventre, deslizou a mão por entre o tecido das minhas calças e da minha pele nua, procurando-o e satisfazendo-se. Abriu-me a fivela do cinto, desapertou-me as calças botão a botão e baixou-as juntamente com a minha roupa interior… Tocou-o com força, avidez, masturbando-me e dando-me prazer como há muito não sentia. Abriu uma pequena gaveta e retirou um preservativo. Rasgou a embalagem e colando-o nos lábios, baixou-se sobre mim para o colocar com a boca. Fê-lo com suavidade, meiguice e de um modo que me surpreendeu. Deslizou depois e lentamente sobre o meu sexo, desenrolando aquela camisinha vagarosamente e em toda a extensão do meu pénis. Acariciou-o com a língua, com um beijo malicioso e um olhar provocador… Levantou-se de seguida, virando-se e roçando-se nele como se há muito mo pedisse.
Coloquei-lhe as mãos no tronco, ajudando-a a ver-se livre da bata que a revestia e despi-a um pouco mais. Desapertei-lhe a saia, abri-lhe os botões da camisa e puxando os seios para fora do soutien, agarrei-os com a palma das minhas mãos num desejo incontrolável. Beijei-a no rosto, no pescoço, trincando-lhe e lambendo-lhe o pequeno lóbulo da orelha. As mãos inquietas com que ele me sentia, não paravam de me satisfazer, tocando-me no sexo, nas coxas, nas nádegas e quase me exigindo que a penetrasse com força. Por fim, as mesmas mãos que me mimavam, baixaram a lingerie que a compunha, deixando-me livre para a consumir e devorar. Fi-lo com força, com estocadas fortes e sedentas de um prazer único. Dava-me prazer fazê-lo assim, sentindo-a rejubilar e repartir a mesma sensação. Virei-a de seguida e deitando-a na mesma maca onde momentos antes tinha sido examinado, transpus aquele sexo quente, húmido e apertado… Excitou-me fazê-lo assim, naquele ambiente de fantasia e com uma mulher semi-despida. Já perto do clímax, retirei o preservativo e ejaculei naquele corpo maravilhoso que tanto prazer me dera...
Beijei-a, mimei-a e sorri-lhe com o mesmo olhar gratificante com que ela me observava. Levantei-a, vestimo-nos e em silêncio permanecemos por mais alguns instantes. Ela dirigiu-se à pequena secretária, rabiscou umas letras numa receita médica e entregou-ma dobrada. Saí com um sorriso, embora estranhamente invadido por uma sensação de irrealidade e loucura. Já cá fora, abri o pequeno papel e pude ler a seguinte frase: “Obrigada pela fantasia… Saber-me-ás como encontrar.”
Sorri novamente, pensando sobre de quem seria afinal, este delicioso fetiche…

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Post-Scriptum...

A todos os seguidores, amigos, colegas e anónimos visitantes dos meus espaços, gostaria de deixar uma palavra de apreço, simpatia e agradecimento, por todas as mensagens que me têm enviado não só pelos comentários deixados, como através de e-mail e vulgares sms.
De facto, a assiduidade com que escrevo e partilho convosco todas as minhas vivências, experiências, fantasias ou humores, não tem sido a mais regular. Não por falta de vontade, inspiração ou por um querer que se tenha vindo a diluir ao longo destes anos… Nada disso!
Acredito até, que possa ter perdido visitas por este distanciamento mais notório, mas como sempre fiz questão de frisar e nunca esconder, mantenho a minha escrita de um modo muito pessoal, muito discreta e muito minha. Não se tratará de egoísmo ou algo que o valha… Aliás, o prazer que retiro dos momentos em que primeiramente rabisco as minhas ideias valerão por tudo. No entanto, nem sempre existe disponibilidade física ou mental para expressar o que sinto e tanto desejo transmitir, ainda que a paixão me mova sempre a voltar.
A todos vós e além do agradecimento especial que aqui hoje deixo, fica a promessa de que mais do que actualizações frequentes, existe e existirá pelo menos, sempre a vontade de algo mais. Até breve!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Saídas...

Lisboa, 24 de Maio de 2003
O Verão caminhava a passos largos para o seu começo e as noites na capital começavam a atingir o seu auge entre as Sextas-Feiras e os Sábados à noite.
Nunca fui de grandes saídas ou de procurar diversão nos grandes espaços nocturnos da cidade, mas por diversas vezes, fiz questão de frequentar uma pista de dança, sentir um copo na mão e estar rodeado por gente bonita. Talvez por isso, aquele sábado tivesse sido tão especial para mim…
A hora tardia aliada a alguns excessos, convidavam a uma maior exposição da nossa loucura, a uma libertação natural do que irremediavelmente acumulávamos durante a semana e com isso, a uma maior desinibição em torno de quem estava à nossa volta.
Foi assim que conheci a Vânia, no meio do Indochina e cercados de gente por todo o lado. Sorrimos, dançámos e assim permanecemos com grande empatia até boa parte da madrugada. Ambos estávamos sós, descomprometidos e remetidos a um lugar onde todos nos eram indiferentes. Trocámos breves impressões, sem qualquer interesse sexual ou desejo físico de parte a parte. Acabámos por sair dali por volta das 4h30, cada um rumando ao seu carro e fazendo o seu natural trajecto até a casa. Contudo, a troca de números de telefone acabou por dar os seus frutos e naquele mesmo Domingo, encontrámo-nos durante a tarde em Belém. Questionámo-nos sobre a aventura de nos termos conhecido daquela forma, na rapidez com que voltámos a estar juntos, na empatia que nos levou a estar ali…
Já com o final do dia a pairar sobre nós, jantámos tranquilamente até que em jeito de despedida, um abraço mais carinhoso acabou por nos fazer despertar. Insisti para a levar a casa, completamente derretido pelo calor daquele corpo, pela ternura daquele abraço, pelo suave aroma que me embriagou de desejo e de prazer.
Ela acedeu e à entrada do pequeno apartamento, convidou-me a entrar. Corei, mal reagi e deixei-me render perante o convite...
O espaço era minúsculo, via-se uma boa parte do rio pela janela e mais parecia uma pequena casa alugada a estudantes. Senti-a aproximar-se e sem hesitar, beijou-me com força, apertando-me e puxando-me para ela... Tocou-me por entre a roupa, sentindo o meu sexo erguer-se e desejá-la com todo o fervor. Virei-a, apalpei-a do mesmo modo, perdendo-me com a perfeição dos seus seios, com o calor da sua pele, com aquelas formas que me deixaram ainda mais excitado e perdido.
Despi-lhe a camisa com pressa, beijando-lhe as costas e o pescoço, trincando-lhe suavemente o lóbulo da orelha…
Coloquei-lhe as mãos por dentro do soutien, agarrando com força aquelas mamas macias, quentes, deliciosas… Apertei-lhe os mamilos por entre os dedos e sentindo-a retirar o meu sexo de dentro das calças, procurei-lhe a boca, sedento, esfomeado, querendo prová-la com todo o meu ser… Fi-la virar-se para mim, descendo por aquele corpo, saboreando-lhe cada pedaço de pele, revestindo-a com o trajecto da minha língua. Deitei-a no pequeno sofá e abrindo-lhe ligeiramente as pernas, descobri-lhe o sexo húmido, quente, desejoso de ser tocado e mimado por um homem que lhe soubesse dar prazer. Mergulhei nele a minha língua, lambendo e chupando com sofreguidão aquela cona que há muito me parecia pedir que a fodesse. Brinquei um pouco mais, exultando pela tesão que me proporcionava ao fazê-lo e com o prazer que lhe sentia estar a proporcionar.
Levantei-me e levei-lhe o meu pau cada vez mais duro e humedecido pela vontade de a foder. Ela anuiu e de uma só vez, colocou-o todo na boca. Fê-lo com força, magoando-me ainda que me estivesse a satisfazer. Continuou com força até se saciar e quando não aguentou mais, levou-o até onde o queria sentir. Enterrei-me naquele corpo suculento, rendido a uma loucura e a uma pressa em me vir, que quase parecia animalesca.
Adorei penetrá-la, ir de encontro àquele corpo que quase me engolia e me fazia desaparecer dentro de si. A sensação daquele contacto parecia irreal, mesquinho e ao mesmo tempo, pleno de sentimento. Ainda que pudesse parecer distante, ela excitava-me de tal forma, que me conseguia absorver e fazer alhear de tudo o resto. Parecia impossível que a mesma Vânia que nada me dissera sexualmente na noite anterior, fosse a mesma mulher que agora aos meus olhos exibia perfeição…
Por entre gemidos, senti-a pedir-me mais, com mais força, com mais rapidez, com mais impetuosidade… Soltei tudo o que de mais instintivo vivia em mim, apoderando-me daquele corpo e dominando-o como se fosse meu. Rejubilei com as provocações que dela me chegavam, fodendo-a com todas as forças que tinha, com todo o homem que sentia existir em mim…
Finalmente, jorrei naquele corpo delicioso, todo o sémen de um orgasmo intenso, forte e cujas golfadas foram o sinal mais revelador da tesão que me provocara.
Exaustos, cansados e entregues a uma transpiração natural, ambos sorrimos, brincando um pouco mais… Ela com o esperma que lhe ofereci pela pele, eu com um leve roçar do meu sexo no dela…. No final, um beijo intenso antecedido por um banho retemperador, foi sem dúvida a melhor recompensa para aquele sublime momento.
O que aconteceu após todo este tempo? Bem, vivemos mais umas quantas aventuras…

WebCounter.com