segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Ilhotas!

Viajei até à Madeira para umas curtíssimas férias.
Sozinho e livre de quaisquer compromissos, aventurei-me pelo arquipélago, descobrindo os encantos naturais das ilhas com um pequeno mapa, saco de viagem e carro alugado. No Machico, reservei hotel para três noites… Na Camacha, marquei a viagem de “Ferry” para um dia no Porto Santo.
Aos poucos, fui traçando naquele pedaço de papel os locais a visitar, percorrendo-os sem pressa, fotografando-os e deixando-me embriagar pela enorme beleza da Pérola do Atlântico. O acolhimento com que as pessoas me presentearam foi enorme e apesar da distância até ao continente, senti-me desde logo em casa. Provei e degustei as iguarias regionais, bebi diversos licores coloridos, observei os encantos da ilha com a avidez da descoberta e a curiosidade de uma criança. No final de um primeiro dia maravilhoso, jantei em Santana, lado a lado com as típicas casinhas madeirenses de aspecto triangular. De regresso ao hotel para pernoitar e cansado pelo muito que tinha andado, cruzei-me com uma mulher morena no corredor do meu quarto, sorrindo-me sem nada dizer… Adormeci rapidamente, preenchido por um dia intenso mas extremamente bem passado.
Na manhã seguinte, segui para o Porto Santo. A viagem de barco apesar de curta, foi demorada, deixando-me entretido com o mini-guia turístico que a agência de viagens me tinha oferecido. Na ilhota fiz-me à estrada, desvendando lugares de uma beleza ímpar e por todos reconhecida. Numa das praias parei o carro e caminhei pelo areal… Soube-me bem sentir o vento, a areia, o mar e toda aquela imensidão diante de mim. De volta ao pequeno Renault em que viajava, cruzei-me novamente com a morena do hotel. Sorri com surpresa e estupefacção, tendo soltado um simpático “Olá”. A resposta igualmente acompanhada por um sorriso no mesmo tom não se fez esperar… O “Olá” saído daqueles lábios carnudos era genuinamente português!
Já na embarcação e de regresso à ilha-mãe, revi as fotos tiradas, pensando no meu percurso para o dia seguinte e decidindo-me a jantar naquela noite no hotel.
Chegado e depois do banho, deliciei-me com o típico “Bolo do Caco” revestido com manteiga e alho, aguardando que me fosse servida uma perca grelhada. O calor e o silêncio do restaurante do hotel, contrastavam com o frio e barulhento rebentar de ondas lá fora…
De súbito, uma sombra e uma voz quente aproximaram-se de mim sem que me tivesse apercebido: “Bonito, o Porto Santo”, disse-me ela sorridente. Anui suspirando, deixando fluir um “Muito” bastante atabalhoado. Sentou-se na mesa a seguir à minha, ficando de frente para mim e deixando-se contemplar pela imagem do exterior. Sempre em silêncio, terminei o repasto primeiro, despedindo-me dela com um sorridente “Boa noite”. Fiquei ainda pelo enorme salão de entrada do hotel, fixando as muitas frases de simpatia ali autografadas e devidamente emolduradas, de gente distinta e famosa. De regresso ao meu quarto, apanhei o elevador em que ela também seguia… Sorri mais uma vez e apresentei-me. Ela retribuiu…Chamava-se Soraia!
Através do corredor que nos conduzia aos quartos, caminhámos lentamente, conversando animados e bem dispostos. Parei no 705… Do outro lado, o quarto dela, 714… Perguntei-lhe o roteiro para o dia seguinte. Ela respondeu-me prontamente: “S. Vicente, depois de almoçar no Funchal”. Estranha coincidência, mas era o que também tinha decidido quando regressava do Porto Santo. Despedimo-nos quase na certeza de nos cruzarmos no dia seguinte… A vontade de assim acontecer, já aumentava a ansiedade que de mim se apoderava.
À descoberta da cidade pela manhã, fiz umas compras de ocasião. Descobri o mercado, a marina, o teleférico, os típicos carros madeirenses e o Jardim Botânico. Deliciei-me com o aspecto geral das ruas, dos edifícios em rocha vulcânica e da cortesia destas gentes. Almocei cedo junto à Sé e parti rapidamente para S. Vicente via Ribeira Brava, Ponta do Sol, Calheta e Porto Moniz, contornando sempre a ilha pela costa. Ao final do dia e já depois de visitar as grutas no meu último destino, regressei ao Funchal para jantar e aproveitar um pouco da noite. Por lá, os bares não abundam, as discotecas ainda menos… Segui até ao Casino, onde o movimento perto das mesas de jogo e das “Slot-Machines”, ganhava uma enorme vida. Desci a escadaria do salão de jogos até ao bar… Pedi uma cerveja e dali observei as muitas mulheres a insinuarem-se a qualquer homem bem parecido. Encostado ao balcão, uma voz familiar dá-me as boas noites… Era a Soraia!
Falámos, sorrimos, dançámos, bebemos… Divertimo-nos o suficiente e regressámos ao hotel nos nossos carros. De volta aos quartos e no corredor, o que seria uma despedida deu lugar a um beijo apaixonante. Puxei-a para a minha divisão e fechando a porta, empurrei-a para a cama. Apertei-lhe o rosto com as mãos, beijando-a com desejo e enorme satisfação. Senti-a desapertar-me o cinto, abrindo-me as calças e colocando a mão no interior da minha roupa. Massajou-me o sexo com veemência… Em simultâneo com o beijo e por entre sorrisos sôfregos e atrevidos, a roupa foi caindo no chão, não tardando que a pele de ambos se tocasse e preenchesse. Desci sobre aquele corpo quente, moreno, apetecível… Vibrei com o toque dos meus lábios e da minha língua na perfeição daqueles seios convidativos... Ela rejubilou de gozo e satisfação, fazendo-me rodar e insistindo com o tacto no meu sexo cada vez mais duro e ávido de amor. Deitou-se sobre mim, roçando-se no meu corpo como se buscasse o que mais desejava sentir. Perdidos na vontade de um desejo cada vez maior, fizemos amor.
Deixou-me penetrá-la suavemente, suspirando com os movimentos lentos e ritmados dos nossos corpos. Sentada sobre mim, dançava sobre o meu ventre, dando e retirando um prazer incomparável. Pegou nas minhas mãos e fê-las aninhar nos seus seios duros, quentes, espetados… Levantou-se, colocando-se a meu lado de joelhos e pedindo-me que o fizesse por trás. Ergui-me e premeei-lhe a intenção. Vibrámos e arrepiámo-nos com a satisfação que nos motivava… Alternámos o ritmo consoante o desejo e o interesse de um final que tanto queríamos sentir. Lentamente, as contracções daquele corpo moreno e extremamente quente, denunciavam um orgasmo pleno de languidez e volúpia. Suspirando com sofreguidão, foi a minha vez, deixando verter toda a minha essência naquele tom de pele bronzeado e deliciosamente belo. Ainda na mesma posição, deitei-me sobre ela, abraçando-a, colando o meu peito nas suas costas e deixando que os meus lábios e a minha língua lhe roubassem um beijo carinhoso de gratidão…
Tomámos banho juntos, adormecendo de seguida bem agarrados um ao outro. De regresso a Lisboa ainda que em voos diferentes, namorámos mais um pouco no aeroporto. Já no continente, voltámos a estar juntos, caminhando de mão dada e estando extremamente apaixonados. Creio que encontrei por lá encontrei um novo amor.
Adoro-te Soraia!

sábado, 21 de agosto de 2010

Momentos!

Conheci a Hedda no casamento de uma das minhas primas.
Era alemã e tinha vindo a Portugal com os pais e o irmão, a convite dos meus tios. Os dias para a boda, há muito que estavam em contagem decrescente e com o aproximar da data assinalada, toda a ajuda era pouca e sempre bem-vinda. Recordo-me de ter chegado uns dias antes e desde logo comecei a ajudar no que pude, preparando as mesas para uma primeira recepção em casa, bem como a decoração, impressão dos missais e tudo aquilo que fosse necessário. Da mesma forma, todos se empenhavam ao máximo para que nada falhasse e tudo estivesse perfeito naquele sábado tão especial.
A casa era enorme, com 4 quartos, um salão, cozinha e wc no primeiro andar, ficando o rés-do-chão composto por garagem, lavandaria, uma salinha de estar, kitchenette e mais dois quartos com casa de banho privativa. Apesar de grande, todas as divisões estavam sempre ocupadas, bem como cada um dos quartos. E foi num desses quartos que a minha aventura aconteceu...
Na véspera do casamento, os meus tios e primos cedo se ausentaram para ultimar os preparativos, da mesma forma que alguns dos convidados aproveitaram a manhã para um curto passeio e algumas compras de ocasião. Desci do piso superior até ao jardim, ainda com o pijama de verão vestido e cheio de preguiça. Entrei pela garagem, atravessei o corredor em direcção á cozinha para petiscar qualquer coisa e foi quando dei de caras com a Hedda, coberta apenas por um toalhão e acabada de sair do banho. Sorri como se lhe desejasse um bom dia, tendo ela retribuido da mesma forma. Era uma mulher enorme, alta e forte fisicamente... No entanto, não perdia o seu encanto, a sua pose feminina e denotava umas formas extremamente generosas. Sentei-me á mesa, servindo-me de sumo, partindo umas bolachas com os dentes como se fossem snacks e ficando a pensar naquele mulherão de toalha sobre o corpo. Ela aproximou-se ainda por vestir, secando o cabelo com uma outra toalha e sentando-se á minha frente. Deu-me um simpático "Bom dia", meio atabalhoado e fortemente carregado de sotaque germânico. A toalha presa junto ao braço, não era impeditiva de quase mostrar os seios e foi através do olhar que o meu corpo reagiu, revestindo-se de ansiedade e manifestando-se numa forte erecção do meu sexo... Levantei-me de pronto, embaraçado e extremamente nervoso. Ela sorriu e soube de imediato o que me provocara. Olhou para o meu ventre, soltando umas palavras em alemão ao ver o meu pau bem espetado por baixo das calças do pijama. Esticou o braço como se não me deixasse passar e descendo a mão pelo meu tronco, aterrou no meu membro, massajando-o e acarinhando-o como se o quisesse devorar. Baixou-se, puxou-me a roupa para baixo e meteu-o na boca...
Chupou-o com força, com desejo e vontade, como se a gula de o mamar fosse o que mais queria na vida. Levantou-se, puxou-me para o quarto e deixou cair o toalhão.
Derreti-me com aquela forma directa e espontânea de tomar a iniciativa. Nunca tinha sentido nada parecido e empurrado para a cama, suspirei novamente ao sentir aquela boca quente e húmida ao explorar cada recanto do meu corpo. Deixei-me levar pelos meus instintos, julgando-me completamente dominado por uma mulher praticamente desconhecida, ainda que algo familiar. Ambos sentíamos desejo, vontade e entrega. Ela levantou-se e colocando-se de quatro, abriu-se para mim, oferecendo-me o que de melhor tinha para me dar. Penetrei-a devagar, ainda a medo e incrédulo pelo que sucedia naquela manhã. Dava-me tesão, muita mesmo... Talvez o facto de ser uma nova experiência, uma diferente abordagem e uma mulher de uma cultura completamente diferente. Ela regozijava, gemia e pedia-me mais através da linguagem do seu corpo. Rejubilei de satisfação, de prazer e do muito gozo que estava a sentir. Deitei-me de lado, puxando-a para mim e dando-lhe a entender como gostava de a sentir. Ela sorriu e erguendo-se um pouco, voltou-me a dar o que igualmente queria. Enterrei-me de novo, apertando-a e agarrando-me áqueles fartos seios, procurando-lhe a boca com os lábios para um enorme beijo de carinho e gratidão. Vim-me por fim, jorrando o meu leite sobre aquela pele alva, quente e extremamente apetecível. Abracei-a, beijando-a muito e deixando-a rendida ao afecto que por ela senti.
Levantámo-nos e tomámos um duche a correr, agora algo assustados que alguém pudesse chegar e nos apanhasse a sair da mesma divisão. Subi para o meu quarto, vesti uns calções, t-shirt e depressa continuei a tarefa de cortar o "tule" que havia deixado por fazer na noite anterior. Aos poucos, a casa voltou-se a encher de gente, novamente com a azáfama e o nervosismo de quem preparava um matrimónio. Quanto à Hedda, ía trocando comigo uns olhares cúmplices dissimulados, talvez num misto de satisfação anterior e de vontade em repetir.O casamento correu maravilhosamente bem e na 2ª feira seguinte, eu estava de volta a Lisboa. No entanto, eu e aquela miúda não deixámos de nos "mimar" às escondidas durante aquele período, mantendo ainda hoje o contacto através da internet. Não será um namoro ou uma enorme vontade de estarmos juntos, mas se assim voltar a acontecer, será por certo... novamente inesquecível!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Praias...

Final de tarde na minha praia...
O areal é pequeno, ladeado por enormes rochas e com um pequeno acesso a dividir a estrada de um dos meus lugares de descanso predilectos.
Confesso que água do mar não é das mais quentes naquela zona, embora também nunca o tivesse sido. A areia e apesar de extremamente limpa, é grossa e causa um certo desconforto ao caminhar descalço sobre ela. Contudo, o sossego e a paz de espírito que aquele lugar me oferece, há muito que me cativa. A ausência de uma multidão sedenta por praia, faz-me gostar ainda mais daquele recanto quase privado e é natural sentir-me extremamente bem por ali.
Nunca foi um espaço perfeito para banhistas pelas razões que enumerei, embora se tenha tornado num local obrigatório para tomar uns relaxantes banhos de sol naquela imensa tranquilidade ou para quem queira colocar a leitura em dia através de um bom livro.
Por tudo isto, fidelizei-me à "minha areia", como simpaticamente lhe chamo.
Certo dia e num final dessas minhas tardes, reparei na descontracção com que uma rapariga ali se encontrava. Mergulhou na água fria, regressou à toalha, enrolou o cabelo e retirando a parte superior do biquini, deixou-se invadir pelos raios de sol. Mais do que ver uma mulher de seios descobertos, fascinou-me a forma sensual como se movimentava, como delineava cada passo e executava cada acção como se tudo fizesse parte de si. Por mais que quisesse, não me consegui abstrair daquela imagem, não só pela perfeição da sua nudez, mas por tudo o que envolvia aquele momento. Não desviei o meu olhar por qualquer instante, apaixonando-me pelo seu sossego, pelo modo como se tocava, pela forma como me derretia. Virou-se, pegou numa revista e esfolheou-a como se ninguém a observasse, como se não quisesse olhar para mais nada...
Levantei-me, dirigi-me ao mar revolto e gélido diante de nós, arrepiando-me e cruzando os braços com o intuito de me proteger dos salpicos das ondas que estrondosamente iam rebentando nas rochas. Aproximei-me um pouco dela, desta vez com a pura vontade de a consumir visualmente. Denunciado pela sombra do meu corpo, sentiu-me perto, controlando os meus passos e tentando-se proteger de algo...
Nunca seria capaz de magoar aquele ser, graciosamente moldado por um físico divino e exibindo uma postura que me deixara indefeso. Sorri apenas, voltando para o meu lugar...
Discretamente e separados pela distância, fomos trocando olhares cúmplices, quase formalizando convites sobre quem abandonaria a sua toalha para ir até junto do outro. Enchi-me de coragem e com o coração descompassado, caminhando até ela. Com os olhos escondidos pelos óculos de sol, sorri-lhe com o "olá" nervoso... Ela retribuiu o gesto, mantendo-se deitada de frente e protegendo o peito nú do meu olhar. Dobrei a toalha e sentei-me a seu lado...
Apresentei-me, soube o seu nome, a sua idade, o que fazia... Aos poucos, a conversa subia de interesse, de intensidade e a noite começou a cair sobre nós. Ela levantou-se e sem qualquer pudor, colocou novamente o biquini... Sorriu-me, aproximou-se e beijou-me os lábios graciosamente. Pegou na toalha, colocou-a no pequeno saco que trazia e despediu-se...
Vi-a partir em direcção à estrada, sempre com a esperança de a tornar a ver. Deixei-me ficar por breves instantes, entregue à minha solidão, ainda que imensamente preenchido. Quando cheguei ao meu carro, encontrei no chão a mesma revista que ela lera na praia...
Afinal há algum tempo que também me via, conhecia da "minha areia" e nunca dissera nada.
Ver-nos-emos por lá... Certamente!

domingo, 11 de julho de 2010

Tréguas...

Tarde, quase noite...
Do alto daquela encosta escarpada sobre o mar, encontrámo-nos para resolver um conflito que há muito nos separava. Assuntos mal resolvidos, acusações de parte a parte e um sem número de erros grosseiros, fizeram com que ali estivéssemos àquela hora para conversarmos e colocar um ponto final numa zanga que se arrastava há demasiado tempo.
Ao longe, o sol sumia-se timidamente pelo horizonte, parecendo ser engolido pelas águas de um oceano tranquilo e imenso.
Dentro do carro, um silêncio asfixiante tomava conta de nós, incapaz de quebar o gelo ou de ser um aliado no começo de uma conversa tida como inevitável. Respirei fundo e comecei a falar...
Civilizadamente, mantive um discurso coerente, denotando lucidez, assumindo erros e apontando ao que não me parecera correcto. Do outro lado, ela mantinha-se cabisbaixa, tão culpada quanto eu, tão inocente como também eu...
Respondeu-me com educação, inteligência e enumerando tudo o que lhe pareceram atitudes irresponsáveis e reprováveis. Da sua boca saía uma voz contagiante, bem diferente daquela que uns dias antes vociferava e parecia lançar fogo sobre mim. Limitei-me a seguir os movimentos daqueles lábios, perdendo o interesse no raciocínio que dela advinha, focando-me exclusivamente nas expressões que ela transmitia ao sabor das suas palavras. Ceguei por completo e agindo como se viajasse no mais perfeito dos sonhos, aproximei-me e beijei-a como se na minha impetuosidade estivesse a única solução para terminar a nossa guerrilha.
Ela quebrou e vencida pelo desgaste das discussões, retribuiu o carinho, molhando-me o rosto com um lágrima de alívio, ainda que pincelada de alguma raiva interior. Foi fácil de a compreender, também me mostrando feliz pelo desfecho a que atrevidamente me expus, sem saber a que resultado chegaria. Seguido do beijo, um abraço sentido reforçou a nossa trégua, ainda que tivesse tido a capacidade de soltar os nossos desejos mais primitivos. As mãos trémulas por um incontrolável nervoso miudinho, depressa percorreram o corpo de ambos, fortalecendo um novo beijo e enterrando de vez o machado de guerra que nos separava. Desajeitados e inconscientes, despimo-nos o suficente para fazermos amor. Senti-a trepar para o meu colo, levantando um pouco a saia e entregando-se por completo, permitindo que a possuísse e lhe tocasse. Abriu a camisa, oferecendo-me os seios espetados e ávidos dos meus lábios... Apertei-os, beijei-os e lambi-os como se ali estivesse tudo o que necessitava para nos conceder o perdão. Abracei-a com força, sentindo aquele volumoso peito de encontro ao meu e aumentando o ritmo com que nos fomos saciando.
Apesar de desconfortáveis, nunca aquele lugar nos terá parecido tão perfeito. Cúmplices e sedentos, dalí saímos sem nada mais a discutir... Pelo menos, até hoje!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Culpa...

Por diversas vezes, a atracção sexual surge-nos de uma forma directa, reactiva e associada a um desejo imediato por qualquer motivo, sendo que por outras, se desperta e se revela sem que nada tenhamos em mente ou façamos para que assim seja.
Confesso que ultimamente tenho oscilado entre estes dois estados, sentindo-me atraído por belas mulheres com quem diariamente me cruzo, do mesmo modo que dou por mim num estado de excitação extrema, sem que nada o justifique ou pareça justificar.
Recentemente estive a tomar café com uma colega de trabalho, sendo o tema de conversa, o estado das finanças públicas, a grave crise mundial e a inevitável consequência para todos.
Ambos somos casados, com uma relação estritamente profissional e sem que nada mais exista entre nós. Muito sinceramente, nunca nos teremos visto com outros olhos, apesar de nos conhecermos há cerca de 8 anos e mantermos uma óptima relação no emprego. Confesso que nos meus primeiros tempos nesta empresa, cheguei a fantasiar com algumas colegas, talvez movido pela curiosidade de como seriam na sua intimidade ou até que ponto viveriam a sua sexualidade. No entanto, nada passou disto mesmo e ao longo do tempo, poucos são os que expõem ou fazem questão de mostrar um pouco mais da sua vida pessoal.
Contudo e naquele café de final de tarde, a conversa fluia bastante bem e tornou-se agradável ao ponto de nos perdermos um pouco com o tempo. Nos dias seguintes, a rotina manteve-se e esta convivência parecia ajudar-nos a desabafar mais um pouco sobre os nossos problemas, nos desafios que nos esperavam e nas metas para o futuro.
Notava-se claramente que era uma mulher um pouco desgarrada da vida, tendo tido uma educação demasiadamente conservadora e casado por mera pressão familiar. Desde o início que sabia que o marido era igualmente contabilista, mas nunca com tanto pormenor como o que agora ela fazia questão de contar. Havia ali uma pontinha de infelicidade, uma notória sensação de acomodação a que infelizmente, também eu já conheço e com que diariamente me vou igualmente deparando.
Os dias foram passando e a amizade além de ir crescendo, foi dando lugar a uma maior empatia e cumplicidade.
Inevitavelmente, o que já se faria esperar, aconteceu...
Na passada 5ª feira e num dia bem maior que o esperado, ficámos retidos por mais umas horas a terminar um cálculo para um cliente. No meio do cansaço, acabei quase por me deitar na cadeira, aliviar o nó da gravata e abrir um dos botões da minha camisa. Ela a meu lado, sorriu, colocando-me a mão no braço e acarinhado-me com uma forma muito especial de me dizer "Não desesperes!".
Aproximou-se e beijou-me no rosto... Continuou a fazê-lo, carinhosamente, até me encontrar os lábios e beijá-los calorosamente. Puxou-me a camisa e colou as mãos na minha pele. Fê-lo com vontade, desejo e quase desespero. Apertou-me com força, incitando-me a que retribuisse, lhe tocasse e a fizesse sentir o que há muito parecia não viver. Tentei abstrair-me, conter-me, afastar-me... Não consegui!
O desejo apoderou-se de nós extremamente depressa. Peguei-lhe no rosto com as mãos, beijando-a sofregamente enquanto ela me despia. Empurrei-a para a secretária, fazendo-a deitar sobre a mesma e deixando-a completamente à minha mercê. Apalpei-lhe os seios, massajando-os de uma forma bruta, excitando-me cada vez mais. Ela gemia, implorando-me pelas expressões do rosto que a deixasse preenchida e a fizesse sentir-se mulher novamente. Levantei-lhe um pouco a saia, puxando-lhe a roupa interior e enterrando-me com vigor. Fodemos rapidamente, com força, loucura e sob a forma de inconsciência e de uma leviandade atroz.
Parámos por fim, aturdidos, receosos, estranhos. Vestimo-nos sem referir qualquer palavra, embora dela me tenha despedido com um suave e carinhoso beijo na testa.
Na 6ª feira cheguei atrasado, pedindo as minhas desculpas a todos com um comprometido "Bom-Dia". Fitei-a no rosto, vendo-a corada, ainda que tenha retribuido as minhas palavras de cumprimento. No final do dia, já não tivemos o nosso habitual café, tendo eu ficado o fim de semana a pensar no assunto. Meditei sobre o impacto que o sucedido poderá ter nas nossas relações, sejam elas profissionais, como também com os nossos conjuges. Creio que ambos continuamos a amar de coração as pessoas com quem escolhemos para viver, embora as necessidades físicas e a busca de algum carinho, conforto e bem-estar sejam cada vez mais usuais fora de um matrimónio. Infelizmente, é o reflexo de uma sociedade que não permite a que as pessoas se amem em toda a sua plenitude, usando escapes para saciar tudo aquilo que parece ser saciável por curtíssimos instantes.
O sentimento de culpa existe, a sensação de inocência também...

terça-feira, 20 de abril de 2010

Contactos...

Olhares que se cruzam, corpos que se movem, géneros que se aproximam.

Distâncias que se encurtam, sorrisos que se trocam, vozes que se comunicam...

Abraços com que se mimam, beijos com que se derretem, mãos que se inquietam.

Roupas que se despem, peles que se aquecem, suspiros que se oferecem...

Posições com que se aconchegam, movimentos com que se deleitam, sexos com que entregam.

Orgasmos com que se satisfazem, descanso com que repousam, mimo com que adormecem...

Contactos... Havê-los há de novo?

quarta-feira, 24 de março de 2010

Convívios...

6ª Feira, 16 de Maio de 2008.
Estranhamente, recebo uma mensagem no telemóvel a meio da tarde, contendo umas coordenadas geográficas e um pedido quase obrigatório de entrada naquele local até à meia-noite.
Saio do emprego ainda aturdido, curioso e apressado em direcção ao meu carro. Ligo o GPS, introduzindo cuidadosamente cada um daqueles números e esperando ansiosamente a localização exacta daquele lugar. Com surpresa, a indicação surge-me no visor, deixando-me boquiaberto: Quinta da Marinha, Cascais.
Estupefacto, tento raciocinar o mais rapidamente que posso. O lugar conheço, o espaço em si nada me diz. Quem teria sido o autor daquela mensagem anónima, a requerer ali a minha presença? O que iria lá eu fazer ou que evento se iria ali realizar que não pudesse ser descrito? A minha mente dava voltas, rebuscando e procurando a mínima pista diante dos meus olhos ainda incrédulos sobre o piscar do cursor do GPS. Quase instantaneamente, o telemóvel dispara um novo toque de mensagem. Os nervos atraiçoam-me e quase o desligo. Carrego em todas as teclas como se nada percebesse do meu telefone, até finalmente abrir a SMS. Dizia apenas isto: “Uso Obrigatório de Máscara. Dress Code: FANTASIA”
Um sentimento de raiva e de impotência apoderam-se de mim, talvez misturado com a revolta de não poder comunicar e nada mais saber. Sigo viagem em direcção a casa, não prestando atenção a mais nada a não ser a visualização mental dos dados indicados pela minha bússola electrónica, o mapa ali desenhado e os caracteres das mensagens recebidas. Tomo um duche rápido, visto uns jeans escuros e uma camisa clara, ainda que a indefinição sobre a forma de me apresentar, seja mais que muita. Coloco uma pizza no forno, dou de comer ao gato que não me larga desde que cheguei e acabo por me deixar cair no sofá de telefone na mão. Passo os olhos naquelas frases e a conclusão a que chego é a mesma: nula! Mastigo a borracha ultra-congelada de sabor a fiambre e azeitonas, alternando com um zapping desenfreado e irrequieto. Interrogo-me continuamente sobre se será boa ideia me atrever a ir… Penso, penso e penso…
Olho para a cinza no fundo da lareira. Oiço a brisa vinda do exterior e procurando segui-la com o olhar, subo a chaminé como se acompanhasse o fumo que tantas vezes por ali desaparece. Páro a meio, fitando as máscaras de cartão que trouxe de Veneza e que servem de decoração ao meu espaço. Sorrio, levanto-me e retiro-as da parede. Sacudo o pó de uma delas, colocando-a por graça no meu rosto. Procuro ver-me reflectido no vidro das janelas, tentando compreender até que ponto, as mesmas me ocultam a identidade. Tomado por um impulso, saio a correr em direcção ao carro, voltando a introduzir as coordenadas no aparelho e fazendo-me à estrada. Chego ao local exacto com alguma antecedência, “mascarando-me” e ficando estacionado junto à enorme vivenda onde vim dar. Vejo entrarem algumas pessoas, também elas “escondidas” e misteriosas…
Vou atrás, batendo à porta e revelando o código de entrada a um sorriso feminino que me dá as boas vindas. Lá dentro, o ambiente é festivo e absurdamente carnavalesco. Há música ambiente, uma decoração cuidada e um excelente serviço de mesa. Todos se olham, notando-se claramente uma enorme ansiedade e inquietação. Formam-se pequenos grupos na enorme sala que nos recebe e que estará composta por não mais de uma vintena de pessoas. Dirijo-me à casa de banho, procurando ganhar algum tempo para que algo aconteça e algum conforto num espaço mais exíguo e fechado. No pequeno lavatório, uma mulher snifa uma linha de coca, sorri-me e beija-me extasiadamente. Perplexo, deixo-me contagiar, sendo arrastado para o salão onde todos se encontram. Por lá, já o mesmo acontece…
Vejo corpos semi-despidos, gente que se toca, que se beija, que se diverte. A minha “parceira” desce sobre mim, ajoelha-se, abre-me cada um dos botões das calças e entrega-se vorazmente. Chupa-me, massaja-me e lambe-me o sexo como louca. Por trás, alguém me agarra… Uma outra rapariga abraça-me, beija-me, percorre-me os lábios com a língua e ajuda-me a despir um pouco mais. Entrego-me ao ritual, sentindo um preservativo ser-me colocado e começando a foder…
Todos o fazem, com 2, 3 parceiros… O deboche é completo, a orgia consumada!
O que ao princípio parecia um simples baile de máscaras, dá agora lugar a um cenário onde todos se entregam aos prazeres da carne. Escondidos e misteriosamente protegidos por um disfarce, tento raciocinar sobre a identidade de cada uma das pessoas ali presentes. Quem conhecerei, quantos saberei quem são? Serei igualmente amigo ou colega de um deles? Mantenho anexado a tudo isto, a interrogação sobre o autor de tão estranho convite.
Ao meu redor e apesar do bacanal que ali se realiza, todos me parecem normais e bem resolvidos com a sua orientação sexual. Todos vibram e se deliciam com o momento, ora trocando de parceiros, ora chegando ao fim com quem inicialmente começaram. Chovem pequenos papéis coloridos sobre os corpos suados, colando-se e molhando-se na pele nua de quem ali se encontra presente. Sucedem-se os gemidos, vibrantes, sedutores, contagiantes, provocadores… Ao meu lado, uma rapariga olha-me nos olhos, sorrindo e apertando os seios a cada estocada do “seu” homem. Excita-me, delicia-me e insisto na penetração da “minha” mulher com mais veemência. Venho-me por fim, esporrando-me naquele corpo à minha mercê. Ela regozija-se, espalhando o meu sémen pelo corpo e levando os dedos besuntados à boca. Lambe-os, chupa-os, agradece-me… O mórbido baile continua por entre abraços e beijos de quem se encontra preenchido. Vão-se vestindo e saindo daquela casa com o avançar das horas. Ainda moribundo, saio também… Estranho, decadente, incrédulo!
Ligo o carro e nem o barulho do motor a trabalhar me parece acordar para a realidade. Talvez porque o ali vivido tenha sido demasiadamente estranho… Talvez porque o ali sentido, não tenha passado de um sonho real embora extremamente utópico.
Arranco a toda a velocidade, embrenhado no mesmo espírito de inexistência e sumindo dali como se estivesse agarrado a um viciante jogo de vídeo.
Ainda hoje guardo aquela SMS, talvez por ser a única prova visível de que aquele dia realmente aconteceu. Apesar da curiosidade, nunca procurei aquela casa novamente e não mais voltei a ser convidado para algo do género. Contudo, não deixo de tentar associar alguns sorrisos àquelas metades de rosto com quem privei. As conclusões a que chego não me levam a nada nem a ninguém… Talvez um dia o venha a saber, da mesma forma que adoraria ver revelada a identidade do autor do convite. Talvez um dia… Novamente!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Sonhos...

E hoje sonhei…
Sonhei que apenas te batia à porta para te entregar o livro que há muito me emprestaste… Imaginei que o odor adocicado das fragrâncias que tanto usas, me embriagava e me fazia flutuar ao ritmo do som que também escutavas. Julguei que perante o ambiente tão maravilhosamente recriado, me cumprimentarias e convidarias a entrar, aguardando que a minha presença te mimasse e alimentasse do mesmo modo.
Foi bom sonhar, ver-te descontraída a meu lado, produzindo o mais perfeito cenário que alguma vez me poderias fazer viver…
Sentada sobre as pernas, tocavas-te naturalmente, sentindo a própria pele pelo tactear dos dedos, percorrendo os braços, as pernas, contornando os joelhos, massajando delicadamente os pés…
Cada novo toque, quase me parecia alcançar, preencher, realizar…
Olhavas-me de soslaio, garantindo na perfeição, toda a inquietação a que inocentemente me submetias. Excitava-me ver-te assim, calma e tranquila, contrastando incrivelmente com o turbilhão de emoções que cá dentro me percorria e desassossegava. O entusiasmo era evidente, vibrante, passível de despertar os sentimentos a quem quer que te observasse.
A sede de te tocar e sentir, tornava-se insuportável… Lentamente e quase sem dar conta, estaria a teu lado, partilhando o mesmo toque na mesma pele, fazendo uso dela para te mimar e me satisfazer.. Tocar-te-ia nas coxas, nádegas, contornando cada porção do teu corpo e procurando ardentemente o teu lado mais íntimo e apetecível.
O beijo, esse, surgiria por arrasto, aliado a um olhar inocente, atrevido e audaz. As carícias a que a ti própria cometerias, aquecer-me-iam mais intensamente, deixando-me rendido à tua própria nudez e calor corporal. No êxtase de um mero beijo, a sofreguidão seria plenamente sentida, proporcionando aos nossos sexos, todo o desejo que deles faria parte. Tocar-me-ias na erecção do meu membro, massajando-o com a provocação de um olhar matreiro… Rejubilaria de prazer ao senti-lo no calor da tua boca, misturado com o quente, o húmido e a excitante habilidade com que nele te divertirias.
Com os testículos túrgidos e um pau rendido aos encantos e mestria da tua existência no meu ser, sentir-te-ia os seios pelas minhas mãos, apertando os mamilos deliciosamente espetados e a mim entregues. Já deitados, dar-te-ia o meu melhor, penetrando-te ternamente, beijando-te e acariciando-te com todo o amor que me merecerias. Adoraria sentir-te louca, puxando-me a cada estocada, sempre com a vontade de me desejares mais profundamente. A humidade com que te receberia, iria bem para lá de uma experiência meramente física, unindo-nos através da virilidade de um prazer, que em ambos sempre existiu.
A estranha sensação de te purificar, surgiria em cada nova investida, fazendo de ti o mais perfeito uso para a libertação da minha rigidez. Os arrepios tornar-se-iam contagiantes, repartidos, vividos com intensidade…
Deitar-me-ias sobre o chão, enterrando-te no meu corpo e segurando-me como se fizesse parte da tua composição. Prender-te-ia pelas ancas, definindo movimentos, fazendo-te rodar sobre mim, roçando-te pelos restantes pedaços da minha pele…
Inclinar-te-ia, obrigando-te a ofereceres-me os teus seios, tocando-lhes e mexendo-lhes em cada novo gesto sob o teu corpo. As tuas mãos inquietas, abrir-se-iam sobre o teu ventre, sempre com a ânsia e o secreto desejo de também assim, o sentires movimentar-se no teu interior.
Virar-te-ia de seguida, querendo-te por trás, com força, tesão, volúpia e ainda mais desejo. As tuas mãos inquietas alcançar-me-iam o escroto, massajando e entalando o meu sexo totalmente preenchido pela tua satisfação. Sentir-lhe-ias a grossura, completando-te e dando-te na perfeição, tudo aquilo que te define enquanto mulher. Estremecerias, provocarias, gemendo comigo…
Agarrar-te-ias ao que nos rodeasse, na impossibilidade de te conteres. A vontade de explodires em mim seria tremenda, desejando a todo o custo a perfeição de um único, mas intenso orgasmo. As contracções denunciar-te-iam, apertando-me, sentindo-o latejar no teu íntimo, antevendo o melhor dos momentos. Por fim, a gula e a sede de ambos os corpos, saciar-se-ia, juntando-se, fundindo-se e colocando-nos em torno de uma mesma união.
Sim, confesso que sonhei na mais completa fantasia de um dia assim te consumir. Quero-te num sonho real… Surges-me? Agradecer-te-ei… Raquel!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Experiências...

Um fim-de-semana a quatro, envolve sempre boa disposição, espírito de aventura e muita liberdade. Foi isso mesmo que aconteceu à Liliana, ao Marco, à Mónica e a mim.
Estávamos em pleno Verão… Para uns, as férias estavam no começo, para outros, apenas seriam mais uns dias para fugir à tão monótona rotina do quotidiano.
Combinámos por isso e entre todos, passarmos uns dias no litoral centro, alugando um pequeno apartamento junto à praia. Fartos do Algarve, a opção pelo centro do país, revelou-se a mais acertada e sem qualquer opinião desfavorável sobre o destino a seguir. Assim o fizemos e não poderia ter sido melhor…
Saímos de Lisboa no pequeno carro da Mónica e mais do que o divertimento da viagem, a excitação e a alegria contagiante, depressa nos deu a certeza de que aqueles seriam dias em cheio. O jantar de 6ªfeira foi extremamente animado. A saída à noite, perfeita para descomprimir. As horas de sono, inexistentes…
No sábado, apenas sentimos a praia bem a meio da tarde, ainda que naquele par de horas, tivéssemos feito praticamente tudo aquilo que qualquer banhista faria num dia inteiro. De regresso ao nosso espaço, tempo para um duche rápido, jantar e uma normalíssima jogatana de cartas antes de nova saída nocturna. Depressa nos fartámos da típica “sueca” e a Liliana acabou por se agarrar à TV e dali parecia não querer sair. Juntámo-nos no pequeno sofá e por lá ficámos a falar de futilidades, coisas sem nexo e brincadeiras com pouco sentido.
Com a Mónica bem pertinho de mim, senti-a encostar a cabeça no meu ombro e colocar a mão sobre o meu braço. Instintivamente e retribuindo o carinho, beijei-a na testa, sentindo-a estremecer. Ela ergueu-se um pouco e surpreendendo-me por completo, colou os lábios nos meus, beijando-me com meiguice, mimo e com um enorme afecto. Ainda aturdido pela atitude, retribui, abraçando-a e puxando-a para mim. Fechei os olhos e deixei-me levar por aquele beijo tão intenso, quão maravilhoso. Quando os abri, reparei que do outro lado, já o Marco e a Liliana estavam bastante adiantados, tocando-se e apalpando-se como sôfregos de desejo. Excitei-me ainda mais e tomado por aquela loucura, apalpei com força os seios da Mónica, permitindo que também ela sentisse o meu sexo duro e cada vez mais sedento de prazer. Puxou-me os calções e sem qualquer receio, colocou-o na boca, mergulhando-o até ao fim e deliciando-se com o prazer que igualmente me proporcionava. Do outro lado, era a Liliana quem suspirava com o atrevimento do toque do Marco…
Praticamente despidos, não tardou que naquele minúsculo sofá, dois casais estivessem entregues aos prazeres da carne. Ajoelhado no chão, penetrava a Mónica de frente, sentindo-lhe as pernas puxarem-me de encontro a si. A Liliana, agarrava-se com força ao pequeno maple, recebendo o Marco por trás e abrindo-se aos sentires que este lhe oferecia. Pela proximidade dos nossos corpos, foi com estupefacção que assistimos a um beijo arrebatador entre as mulheres, sempre em simultâneo com as fortes estocadas com que fodíamos. Faziam-no com intensidade, destreza e loucura, sempre vivendo uma excitação enorme, com o prazer que simultaneamente também lhes proporcionávamos. Sentíamo-nos loucos, livres e completamente alheados da realidade da nossa simples, mas enorme relação de meros amigos. Embebido por toda aquela insensatez e bastante mais afoito e directo, o meu colega depressa largou a sua parceira e dirigiu-se à Mónica. Levou-lhe o pau bem erecto junto dos lábios e assim permaneceu perante o fabuloso “fellatio” que ela tão bem fazia.
Sozinha e deixada entregue a si mesma, a Liliana aproximou-se de mim, masturbando-se, começando a beijar-me e incitando-me a foder a Mónica com mais veemência. Ambas suspiravam e gemiam pelo prazer sentido, provocando-nos até à exaustão e fazendo-nos sentir naquele momento, os homens mais realizados e sortudos à face da Terra.
Não aguentei mais um segundo… Queria também sentir aquela morena de olhar penetrante e de sensualidade única. Larguei a minha companheira inicial e sentando-me no chão, fiz a Liliana colar-se no meu corpo, encaixar-se e cavalgar-me até ao fim.
No extremo oposto, os gemidos eram mais que evidentes, não tardando que o Marco ejaculasse com força nos rijos e deliciosos seios da nossa querida Mónica. Faltávamos nós e ainda que a Liliana já tivesse chegado a um orgasmo intenso, não deixou de me satisfazer e retribuir na intensidade do seu toque e com a maliciosa destreza da sua língua. Vim-me imenso, regozijando-me com o lânguido prazer que ela tinha ao sentir o meu sémen na sua boca gulosa e nos seus lábios atrevidos.
Exaustos, transpirados e completamente rendidos, adormecemos quase de seguida, dormindo nos lugares a que inicialmente estávamos destinados: as meninas na cama do quarto de casal, os rapazes no pequeno e desconfortável sofá da sala.
No domingo e dormindo novamente até tarde, arrumámos as nossas coisas sem repetir a louca façanha da noite anterior, ainda que tivéssemos feito algumas referências dissimuladas sobre o sucedido. O regresso a casa foi divertido mais uma vez. O pobre do Marco veio a conduzir com a Mónica à pendura e eu atrás, ainda fui “brincando” com a Liliana.
Depois desse fim-de-semana, saímos à noite mais algumas vezes, mas nada de mais intenso surgiu entretanto. Ainda nos vemos com alguma frequência, mas o vivido naquela noite, ainda hoje permanece tabú. O Marco casou-se, a Mónica teve um filho recentemente.
Resto eu e a Liliana… Quem sabe?!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Estímulos!

O desejo e a atracção sexual, surgem-me por vezes e em momentos que em nada premedito. Talvez por amar e venerar a beleza do corpo feminino, seja a causa mais natural para constatar esta minha realidade.
Certo é, que a minha líbido raramente se ressente, quase nunca vive qualquer quebra e ainda que a mesma culpa possa ser atribuida a uma elevada produção de hormonas masculinas, não me sinto um predador sexual sempre em busca dos seus mais primários e instintivos desejos.
Contudo, jamais poderei negar que um discreto mas tentador decote, que umas pernas elegantes numa forma sensual de caminhar, que um olhar matreiro ou uns lábios meigos e cuidados, me deixam totalmente indiferente, ainda que continue a admirar bastante mais uma mulher pelo conteúdo do que pelo seu rótulo.
Apesar de tudo, existe e existirá sempre a tal química masculina, tão do desagrado e da incompreensão das mulheres, que faz com que a velha máxima de colocar um travão ao que fisicamente se iniciou, seja impossível de fazer acontecer. Concordo que assim o é de facto, ainda que não consiga encontrar uma verdadeira e plausível justificação para tal. Por isso, é recorrente sermos apontados como seres de "one night love affair", de termos uma sessão de sexo e sumirmos, parecendo sempre que nos estamos nas tintas para quem connosco privou por breves momentos e curtos instantes de intimidade.
O adágio é antigo e correctamente nos diz, que os homens são incapazes de pensar com as duas cabeças simultâneamente. Concordo uma vez mais, embora no campo pessoal e sem querer generalizar, seja realmente complicado resistir ao assédio e existência do sexo feminino, bem como, o de digerir um instante sexual que supostamente não pareça ter passado disso mesmo.
Algo fica sempre, quanto mais não seja a grata recordação do ritual iniciado, até à satisfação de um orgasmo de sensações que só aquela mulher com quem estivémos, nos proporcionou.
Retirando por isso, toda a química que envolve a excitação masculina, todos os prós e contras que surgem depois de um acto mais íntimo, estes ficarão sempre ao critério responsabilidade de cada um. Até lá sim, somos e seremos sempre homens! Nada a fazer...

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Gula!

Chego a casa após um extenuante dia de trabalho.
Reuniões, projectos, decisões e tantas outras pequenas tarefas, levaram-me a estender o dia para lá do horário normal de expediente.
Mordisco um pequeno pedaço de bolo de chocolate, ao mesmo tempo que abro a porta do frigorífico e indelicadamente, levo o pacote de leite à boca. Sacio por isso e desta forma primitiva, a fome que trago, tentando igualmente atenuar o cansaço que cada vez mais de mim se apodera.
Dispo o casaco e a caminho do quarto, alivio o maldito nó da gravata que por demasiadas horas me irrita e sufoca. Na cama, dorme a minha mulher… Tranquila, doce, meiga, perfeita! Adoro vê-la assim, apenas de camisa de noite, slips justos e agarrada à almofada como se buscasse a tranquilidade e a segurança que não lhe consegui transmitir mais cedo.
Retiro lentamente o resto da minha roupa, encostando-me de pronto àquele corpo quente e pleno de suavidade. Deslizo a minha mão por entre a pele nua e o tecido que a reveste. Massajo-lhe um seio, roçando-me vagarosamente na ânsia de me satisfazer um pouco. Dá-me prazer fazê-lo… Alivia-me a tensão, excita-me, conforta-me, faz-me sentir bem!
Ela acorda, sorri e virando-se um pouco, acede-me a um apaixonado beijo de boa noite.
Agarra a minha mão que carinhosamente lhe toca num dos seios e aperta-a um pouco mais. Sorri maliciosamente e sentindo o meu sexo endurecido tocar-lhe nas nádegas, provoca-me ao “dançar” colada a mim. Suspiro, rejubilo e encho-me de tesão…
Baixo os meus boxers e entalo o meu pau bem erecto, por entre as pernas dela. Vejo-a sorrir novamente, puxando-me a cabeça pelo pescoço e obrigando-me a beijá-la com maior fervor. Desço a mão que lhe mimava o seio, procurando desajeitadamente tocar-lhe no sexo. Sinto-a ceder ao abrir um pouco as pernas, ao mesmo tempo que me toca, me massaja o tronco, as nádegas e toda a extensão do meu membro cada vez mais sedento e irrequieto. Vibro com a meiguice e afecto daquele singelo toque…
Lentamente, penetro-a até ao mais ínfimo dos nossos desejos. Fundidos num só, os nossos corpos ondulam e movimentam-se em torno da satisfação de ambos. Lábios com lábios, pele com pele, sexo com sexo, seguimos sem pressa até um intenso orgasmo de vontades e de equilíbrio emocional. Rendidos ao que nos une, adormecemos entregues um ao outro, desejando ardentemente que o imenso fogo deste amor jamais termine e nos possa separar. Talvez continue e assim perdure eternamente… Oxalá!

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