quarta-feira, 18 de março de 2009

Esperanças...

O desejo crescente floresce e aos poucos permanece desconfortável…
Os sinais trocados entre nós, há muito que se adensam e se tornam reveladores de uma realidade que a ambos não deixa de perseguir. É tempo de entrega, de satisfação, de uma libertação física de todo um cenário que tem crescido à nossa volta, alimentando-se de pequenos fragmentos deixados ao acaso, ainda que com uma dose saudável de intenção e de reais propósitos. Talvez pouco mais haja a deixar à mercê da imaginação, quando a ansiedade de tudo aquilo que mais desejamos nos consome e engole sem perdão.
Espero por ti no dia de hoje!
Recordo os pequenos gestos com que me foste presenteando ao longo do tempo… Desde as mensagens anónimas coladas estrategicamente nos meus arquivos, passando pela insistência nos diversos pedidos de ajuda laboral, voltando às mensagens telefónicas que tanto fizeste questão de nunca desistir. Finalmente e atrás dos telefonemas, rendi-me aos teus convites...
Medito sobre cada acto, inclusivamente sobre a minha passividade perante a tua perseverança. Não te culpo e até aplaudo. Sorrio e contento-me pelo facto de o teres feito. Agora e neste tempo de espera em que te aguardo e te desejo fazer viver uma noite inesquecível, sonho alegremente com a fantasia de te consumir, ainda que corra o risco de sentir a minha ansiedade traída, o meu instante alterado, a minha esperança desfeita… Quero-te ver chegar, sorrir e fazer comandar os nossos desígnios para esta hora. Jantaremos apaixonadamente, seguindo para algo que nos desvende perante a noite e nos faça despertar para o encanto de um breve momento a dois. Desejo o teu convite para subir, para me soltar em ti, despindo-te, tocando-te e sentindo-te ardentemente. Leva-me para o teu quarto, consumindo-me com a mesma impetuosidade que sempre deixaste perceptível nas tuas palavras. Aumenta o ritmo, alcançando tudo aquilo a que te permitas viver e sentir, nunca menos do que com o mesmo ímpeto com que propositadamente me despertaste. És minha agora… Entregue, rendida à minha força, aos meus intentos, à minha doce vingança por te proporcionar a mesma excitação com que tantas vezes me confrontaste. Toco-te, aperto-te, esmago-te de encontro ao meu corpo na doce e rude forma de te amar. Entro em ti como se nada mais existisse, gratificando-me com os teus gemidos, suspirando com os teus queixumes, exultando com o teu prazer.
Quero-te em mim com o mesmo instinto, com o mesmo egoísmo único e exacerbado, desejando que o teu orgasmo se torne vigoroso e recompensador pelos instantes em que te amo. Por fim, jorro em ti tudo aquilo que me infligiste… Muito mais do que sémen ou o fruto do meu clímax, ali reside cada um dos momentos das tuas cínicas provocações. Adoro-te!
Será que hoje, tudo viveremos assim? Desce… Ainda te espero!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Cenários...

Por ti, criarei o mais sublime dos ambientes…
Na perfeita noção do que a ambos se remete, tudo deixarei vincado com a esplêndida exactidão que o amor nos merece. Em cada insignificante movimento do meu ser, existirás de um modo particularmente belo, unânime e presente, como que assistindo aos pequenos passos dados para a nossa exaltação.
Nada permanece ao acaso, vetado ao abandono, preferindo e realçando sempre a minúcia, o detalhe e a diferença no mais singelo pormenor.
A média luz de tonalidades vermelhas, respira com as ténues chamas dos pavios acesos… O odor característico da força do incenso dos amantes, confere a este espaço uma envolvência adocicada de tranquilidade e ousadia… A sonoridade calma e serena, conceder-nos-á o maior dos momentos…
Lentamente, reparo no quanto falta para te satisfazer, no quanto ainda necessito para te deixar realmente confortável, no quanto ainda preciso para te amar como poucos, no quanto ainda te desejo mimar com a imensidão deste muito…
A espera consome-me, a ansiedade crescente enerva-me, a angústia desgasta-me, a inquietação corrói-me... Esperarei eternamente se for o caso, jamais admitindo sentir que tudo isto tenha sido em vão, ainda que nunca chegues, ainda que nunca surjas, ainda que nunca me vejas…
Emerges finalmente, sorrindo e fazendo-me derreter perante a beleza da tua existência. Convido-te a entrar, a permanecer, a aceitar a enorme grandeza de cada pedacinho do amor que me une a ti. Toco-te sentindo-me tocado, entrego-me sentindo-me entregue, apaixono-me sabendo-me apaixonado, amando-te sabendo-me amado…
Partes durante o meu sono, deixando-me rendido ao soberbo ambiente que tão fisicamente criei. Ainda que tivesse sido com a secreta esperança de um dia te ver aqui, unir-me-ei a ti vezes sem conta, para sempre…

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