quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Namoros...

Há algum tempo que vinha para o trabalho com uma amiga.
O ano novo trouxe-lhe um trabalho temporário e a proximidade dos nossos empregos bem como das nossas casas, fez com que decidíssemos fazer o trajecto diário num só carro. Viajámos assim durante três semanas, alternando de automóvel e com as despesas bem mais agradáveis de suportar. Os horários eram praticamente coincidentes, o que não causava transtorno para nenhum dos dois, além do caminho ser bem mais agradável pela companhia que a ambos fazíamos. As conversas fluíam naturalmente e a boa disposição bem como alguns desabafos pelos dias menos conseguidos, enchiam-nos durante aquelas meias-horas de percurso.
Numa sexta-feira e após mais um dia de trabalho, decidimos quebrar a rotina da semana e tomarmos um café juntos. Demorámos mais um pouco do que o previsto e entre o café e um lanche mais ajantarado, chegámos a casa bem mais tarde do que o habitual. Deixei-a à porta do apartamento, falámos mais um pouco e surgiu-me o convite para entrar. Não me apetecia minimamente, até pelo cansaço de uma semana que tinha sido desgastante e pela vontade que tinha em tomar um relaxante banho. No entanto e não querendo ser indelicado, aceitei com um sorriso apesar da relutância em o fazer. Entrámos, sentámo-nos no sofá da sala e por entre as imagens que a televisão nos dava e o bom ambiente que por ali se fazia sentir, um beijo inocente acabou por surgir.
Foi meigo, terno, aveludado e com uma agradável sensação de preenchimento. Sentimo-nos bem, voltando a repeti-lo… O ritmo e a intensidade do mesmo aumentou, não tardando que as mãos dessem lugar ás vontades que tanto começámos a viver. Tocámo-nos, despimo-nos e sentimo-nos entregues a um só momento.
O calor das nossas peles disfarçou o frio que se fazia sentir. O ávido desejo de nos consumirmos, realizou finalmente toda a fantasia que vínhamos alimentando nos últimos tempos. O amor com que nos percorremos, saciou finalmente a gula de dois corpos em êxtase por um momento tão sublime…
Exaustos, satisfeitos e plenamente preenchidos, adormecemos lado-a-lado no tapete daquela sala, apenas com uma pequena manta a cobrir-nos. Acordámos a meio da manhã de sábado com o sol a presentear-nos com toda a sua energia e a convidar-nos para um agradável passeio de mão dada. Fizémo-lo com todo o amor que entre nós surgiu, depois de um duche retemperador e de um pequeno-almoço completo.
Ainda hoje namoramos exactamente como naquele dia…

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