domingo, 3 de fevereiro de 2008

Máscaras...

Noite de Carnaval, sem ter para onde ir, ter o que fazer ou disposição suficiente para algo...
Recatado no aconchego do meu lar, invento tarefas para gastar o meu tempo, algumas completamente descabidas, outras sem qualquer vontade para o fazer. Ligo o meu computador, deambulando de ficheiro em ficheiro, visitando páginas na internet e vendo e-mails sem ter no entanto, o sucesso desejado. Abro o irc, procurando numa sala de chat alguns conhecidos, conversar com gente agradável e igualmente disposta a passar um bom bocado.
Perco-me nos contactos, uns desagradáveis, outros mais simpáticos e ainda aqueles em que pura e simplesmente, nada se manifestam...
Finalmente, centro-me um pouco mais num nick que me parece familiar e conhecido. Do outro lado, parece ser uma mulher nas mesmas circunstâncias que eu e também ela, disposta a teclar sobre banalidades, coisas fúteis e procurando tão somente descarregar alguns pensamentos.
A conversa fluiu, encontrando bastantes pontos de interesse e motivos suficientes para tudo se tornar num serão agradável. Apesar de ser um mundo irreal e virtual onde todos podemos ser quem quisermos, desde logo tive a sensação de uma estranha sinceridade vinda do outro lado e também eu, fiz por corresponder em pleno. Aos poucos, a neblina virtual foi-se dissipando e quase como um interruptor, surgiu a ideia de uma saída a dois naquela mesma noite. Foi algo arriscado, descabido e despropositado, mas levados pelo entusiasmo, cedemos à vontade e acabámos por combinar um encontro num Hotel conhecido.
O truque seria marcar um quarto e levar cada um, uma fantasia de Carnaval para que nenhum de nós pudesse ser eventualmente reconhecido pelo outro... Chegado ao Hotel, subi em direcção ao quarto que ela tinha combinado, colocando de imediato uma máscara no rosto e uma capa pelas costas. Bati suavemente e quase instantâneamente a porta abriu-se, deixando-me com uma visão abrangente daquela acolhedora suite. Entrei com receio, com uma excitação natural a tomar conta de mim e ainda de costas, empurrei a porta com cuidado para que esta se fechasse sem grande estrondo...
Da varanda, uma voz suve dá-me as boas vindas e aproximando-se lentamente, surge-me uma figura tremendamente feminina, de robe acetinado e também ela com uma pequena máscara veneziana... Sorrio com nervosismo, excitação e dando mais uns passos, alcanço-a rapidamente, abraçando-a e beijando-a no rosto com meiguice. Ela reage, retribuindo com um pequeno beijo no pescoço, trincando-me o lóbulo da orelha, chupando-o e colocando a perna no meu tronco... A excitação apodera-se de mim e talvez possuído por todo este ambiente, baixo as calças com pressa, desejando penetrá-la o mais rapidamente possível...
Sinto-lhe as mãos a segurarem os meus intentos e baixando-se um pouco, coloca o meu pau na boca, chupando-o, lambendo-o e trincando-o enquanto se acaricia, enquanto se toca suavemente nos mamilos e se masturba brincando com o clitóris. Rendo-me e excito-me cada vez mais...
Aquela imagem de ter uma mulher de mascarilha a dar-me prazer, leva-me a um nível de satisfação nunca sentido e apesar de saber que também eu permaneço incógnito, quase me sinto revelado, visto e com uma espécie de vergonha que não consigo descrever. Ainda levado pelo entusiasmo, quero ser eu a comandar, a tirar partido da situação e a querer o domínio sobre ela...
Empurro-a para o chão e sentindo-a cair, mergulho a minha língua naquele sexo húmido e sedento da minha boca. Sinto-a contorcer-se comigo, vendo um pequeno revirar de olhos por entre a abertura da máscara e com a total aprovação daquele corpo... Levanto-me, pego-lhe pelas ancas e obrigando-a a espetar o cú para mim, penetro-a com força, com um instinto carnal e primitivo, como se a única forma de me saciar fosse aquela. Fodi com prazer, com luxúria, com uma tesão e uma loucura que nunca imaginei alguma vez sentir. Bati-lhe nas nádegas, sentido-a gemer, pedir-me mais, implorando que não parasse de a foder... Coloquei-lhe o meu dedo indicador na boca, adorando a forma como mo lambeu e apertando-lhe com força as mamas, senti-lhe um orgasmo intenso, tremendo e repleto de sensações... Deitou-se um pouco mais e levando a cabeça até ao chão, exausta, pediu-me por entre dentes que não parasse, que me viesse e lhe desse todo o meu leite... Não tardou a que me esporrasse e com a ajuda das mãos, ejaculei com jactos fortes de sémen sobre as suas costas... Exausto também, deitei-me a seu lado, transpirando, cansado e completamente rendido. Ela aninhou-se sobre o meu peito e dando-me um beijo no rosto, levantou-se e fugiu dali. Ainda permaneci deitado num estado de quase semi-inconsciência e quando me levantei, parecia sentir a presença de algo alegórico e fantasioso.
Nunca mais soube nada daquela mulher de máscara... Não deixou uma nota, não mais apareceu no irc, nunca me mandou um mail ou uma mensagem para o telemóvel... Tentei contactá-la diversas vezes, mas sempre em vão... No fim de contas, a máscara usada serviu para isso mesmo... Para nos deixar saciados mas na impossibilidade de o repetir.

3 comentários:

Heidi disse...

Não me importava nada de ter sido eu...

Beijos de prazer e fantasia!

Anónimo disse...

Ficaste com pena de não teres conhecido melhor essa mulher? É bom ficar saciado e sentir que não voltara a acontecer pelo menos com aquela pessoa?

Rosa Vermelha... disse...

Muito bom...se tivessem sem mascara se calhar o desejo esfumava-se e não teria piada nenhuma...

Beijo disfarçado de rosa vermelha


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