quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Ambientes...

Falou-me durante o dia, com mensagens, com frases, com telefonemas e com a excitação normal de quem gosta de mostrar a sua nova casa. Senti-me tenso naquele início de noite, pouco à vontade, medroso, de certa forma inseguro e sem grande vontade de aceder ao convite em si. Ainda assim, não poderia recusar mais uma vez...
Chegada a hora combinada, dirigi-me então a casa dela, não sem antes continuar a receber mensagens e pequenos toques, como se me alertasse constantemente para não faltar. Bati vagarosamente na porta da entrada da pequena vivenda e como que por artes mágicas, senti-a a abrir-se e a permitir com que visse um comprido mas estreito corredor. Lá do fundo, uma voz familiar e extremamente doce, convidou-me a entrar. Estranhei não ter sido recebido à entrada e seguindo com receio, fechei a porta, dirigi-me à pequena divisão com pequenos passos e fui andando vagarosamente até onde me tinha parecido ouvir aquela voz.
Uma vez chegado, deparei-me com uma pequena sala, acolhedora, simpática e um local perfeito para relaxar, descansar e até mesmo permitir com que nos esqueçamos de tudo o resto.
Ouvia-se uma música ambiente, extremamente calma e de ritmos algo melancólicos. As pequenas velas coloridas exalavam um perfume adociçado, envolvente, hipnotizante... A luz que delas emanava, conferia à totalidade da pequena divisão uma luminosidade estranha, realçando pequenos objectos e deixando completamente escuro tudo aquilo que parecia não interessar. Os livros nas estantes, as telas a óleo de aspecto envelhecido, os pequenos candeeiros de pé alto, a secretária de madeira extremamente bem cuidada e o sofá de canto, decoravam estas quatro paredes com um equilíbrio e um bom gosto aliado à funcionalidade e a uma perfeita decoração. Cumprimentámo-nos, trocando um carinhoso abraço, um simples beijo sem qualquer malícia e sentámo-nos um pouco. Conversámos de assuntos banais, de pouca importância ou de algo concretamente definido, mas mantendo um diálogo agradável, sem cairmos na monotonia e sorrindo sempre bastante. Falámos imenso na concretização de um sonho que passa sempre pela compra de uma casa, pelo gozo que se vai sentindo em decorá-la, em vesti-la e até do tempo que isso mesmo demora. Senti-me mais calmo, menos tenso e sem aquela sensação horrível de uma feroz ansiedade que quase nos parece matar o coração e nos deixa sem respirar. Aos poucos, senti-me mais solto, mais confiante e extremamente bem acomodado. Sentia-me bem...
O ambiente estava perfeito, a companhia extremamente agradável, o champagne e os pequenos snacks que entretanto nos entretiam e serviam de comemoração, pareciam acalmar e um beijo atrevido acabou por surgir. Ficámos estranhos, sossegados e em silêncio mas esse mesmo beijo teve o condão de nos fazer despertar. Senti-a colocar a mão no meu peito, dando-me outro beijo, mordendo-me ligeiramente o lábio, tocando-me com a língua no queixo... Abracei-a de seguida, apertando-lhe suavemente as costas, deixando que as mãos deslizassem sobre o tecido da camisa e ficassem presas na saia, sentindo-me excitado e agradado com aquelas formas. Ela reagiu, colando a testa na minha, respirando sobre o meu rosto e desapertando o primeiro botão... o segundo... um pouco mais e oferecendo-me um peito pequeno, mas perfeito. Puxei-a para mim, fazendo-a sentar-se no meu colo e ajudando-a, puxei-lhe a camisa para trás, sobre os ombros, com o colarinho a cair pelas costas e num gesto intempestivo, mergulhei a minha boca naquelas mamas, beijando-as, lambendo-as, sentindo os pequenos mamilos espetarem-se, puxando-os com meiguice e fazendo com ela me apertasse a cabeça com força.
Aos poucos, senti-a puxar-me o cinto, abrir-me os botões das calças e a tentar tocar-me mais fundo, mais dentro e com mais intensidade, desejando-me, querendo-me e deixando-me mais excitado e rendido. Levantou-se, deixou a camisa cair no chão, abriu um pouco a saia e despiu-a da mesma fora, com desprezo pelo vestuário que vestia e mostrando-se por inteiro. Apenas trazia umas meias rendadas pelas coxas e foi assim que quis ficar para mim. Aproximou-se, ajoelhou-se e tirando-me o sexo para fora, chupou-o, lambeu-o e deixou-me sem reacção. Ajudou-me a despir, a ficar completamente vulnerável naquele pequeno sofá e sempre sem me deixar levantar, sentou-se ao meu colo, pegou nele e enterrou-se completamente. Movimentava-se devagar, quase ao estranho ritmo da melancólica música que ecoava pelas paredes e parecia até influenciar os pequenos pavios das velas que teimavam em arder.
Fodeu-me assim, suspirando, sorrindo, tocando e apertando os próprios seios que teimosamente me pareciam convidar a algo mais. Virou-se, sempre sentada e mexeu-se com força sobre mim... Agora com as costas a roçarem-se no meu peito, as coxas de ambos coladas e sentindo sempre aquele delicioso cú aninhado no meu ventre, soltei pequenos gemidos de prazer, de excitação e de uma completa rendição ao que estava a sentir. Levado pela excitação, puxei-a um pouco e deixando-nos cair sobre o que restava de espaço no sofá, senti-a assim... Coloquei-lhe o braço por baixo do pescoço, apertando-lhe e acariciando-lhe um seio, sentindo-lhe e tocado-lhe o sexo com a outra mão enquanto a penetrava... Senti-me perto do orgasmo e quando estava prestes a atingi-lo, apertei-lhe o rosto, puxei-lhe a boca até à minha e lambendo-a, vim-me com jactos fortes naquele ventre delicioso...
Deixei-a cair sobre mim e passando as mãos pelo seu corpo, mimei-a, acarinhei-a e deixámo-nos adormecer. Acordámos já noite fora, tomados por um frio dilacerante que nos enregelava os corpos e nos deixava estranhamente presos de movimentos. Vestimo-nos à pressa e numa despedida novamente atrevida, separámo-nos finalmente. Até uma próxima, direi eu, até porque acabei por não ver o resto da casa...

2 comentários:

luafeiticeira disse...

Eu até gostaria de ler todo o texto, mas terias de mudar o tamanho da letra, acho que já to tinha dito.
beijos

muito querida disse...

ora, ver o resto da casa..tss....tss...

a sala chega, não?

beijos quentes


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