quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Infidelidades...

A Rosa é uma velha amiga de infância. Crescemos no mesmo lugar, andámos nas mesmas escolas e apesar dela já estar perto dos quarenta e ter cerca de mais dez anos do que eu, sempre tivemos uma relação de grande proximidade. Está casada com o Miguel e têm uma filha em comum ainda de tenra idade. São bons amigos, gente simpática e divertida, mas desde há algum tempo que o casamento começa a dar os primeiros sinais de fraqueza. Contudo, o que aconteceu não deixa de me conturbar e fazer com que ande agora com um sentimento de culpa e de pensamentos difusos.
O Miguel saiu de casa há alguns meses e acabou por levar a filha com ele. Não sabia de nada até a Rosa me ter ligado e pedido para tomarmos um café, conversarmos e distrair-se um pouco, pois precisava de desabafar, sentir os amigos por perto e tentar perceber um pouco daquela nova realidade. Acedi de pronto e o encontro deu-se numa esplanada perto da sua casa. Ela conversou, chorou, pediu-me ajuda e apesar de saber da frieza e indiferença do marido, ainda acreditava que fosse possível ele reconsiderar. A desconfiança pela tomada de posição do Miguel, prendia-se pelo assédio de uma colega de trabalho e as dúvidas de que esses encontros aconteciam, já eram praticamente nulas.
Ainda com os olhos em lágrimas, pediu-me para subir com ela até ao apartamento. Queria conversar um pouco mais, não se sentir sozinha e a forma como estava vestida e pouco cuidada, diziam muito do seu estado de espírito. Entrámos no pequeno apartamento e recordei-me de imediato daquele salão enorme estar totalmente cheio de gente num dos aniversários da criança. Tudo agora parecia morto, despido e estranhamente silencioso. Sentámo-nos no chão como sempre foi hábito daquela casa, com as costas apoiadas no sofá e mantendo a televisão mesmo em frente a nós. A Rosa descalçou-se e pude vê-la finalmente melhor. Trazia apenas uma t-shirt branca, umas calças de jogging muito justas e um ar muito desarrumado. Encostou-se a mim, abraçou-me e quase como que pedindo um pouco de mimo, de afecto e de carinho, deixou-se ficar. Coloquei-lhe a mão pelos ombros e com um gesto de ternura e meiguice, aconcheguei-a um pouco. Subitamente e sem que nada o fizesse prever, senti-a erguer-se e olhando-me nos olhos, pediu-me com uma voz melosa e cheia de intenção: “Faz amor comigo. Preciso!”
Naquele instante, um turbilhão de sensações invadiu-me o corpo e a mente. Era uma mulher atraente, com um corpo de fazer inveja a tantas outras mulheres e estaria a mentir se não dissesse que muitas vezes me imaginei com ela na cama. Contudo e depois de a ver casada, os meus desejos e vontades refrearam bastante e comecei-a a vê-la tão somente como uma pura e simples amiga. Por isso, talvez aquele pedido tenha mexido tanto comigo. Se por um lado voltava o desejo, por outro, a razão aconselhava-me a não o fazer. Ainda era casada, estava num momento de fragilidade e jamais me poderia aproveitar disso. Todavia, aconteceu…
Depois daquelas palavras doces e afectuosas, a minha mente procurava afastá-la, demovê-la, mas o meu corpo encostado ao dela, dava os primeiros sinais de reagir ao pedido. Não tardou a que me tocasse mais intimamente, me percorresse as pernas com a suavidade das suas mãos, pelas coxas, pelo sexo, pelo peito, pelos meus lábios…
Procurou a minha boca e ainda antes que os nossos lábios se tocassem, sentiu-os com a língua enquanto me puxava pelo pescoço. Rendi-me, completamente excitado, quente e perdido. Ela sentiu isso mesmo e aumentando o ritmo do beijo, puxou-me as calças e tirou-me o sexo para fora. Tocou-o, apertando-o, mimando-o, acariciando-o…
Desceu finalmente e completamente obcecada por sexo, colocou-o todo na boca e mamou-o com força, energia e uma completa sofreguidão. Apoiada sobre os joelhos, deixou-me aquele belo cú completamente espetado e á minha mercê. Despia-a também e toquei-lhe no sexo húmido, doce e ávido de prazer. Virei-me um pouco e também eu não deixei de a querer provar, fazer sentir-se perdida comigo e dar-lhe um pouco da satisfação que há muito a fazia sentir-se carente. Levantou-se e deixando-me ainda sentado com as costas no sofá, enterrou-se no meu pau bem teso de uma só vez. Soube bem tê-la de costas para mim, senti-la contra o meu peito e poder beijá-la no pescoço, nas orelhas e deliciar-me com os seus movimentos. Despiu a t-shirt e o soutien enquanto fazíamos amor e pegando-me nas mãos, levou-as até aos seios onde deixou que os apertasse. Que tesão senti com aquela mulher…
Queria-a agora de forma diferente… Dei-lhe a entender que a queria de outra posição e levantando-me, sentei-a no sofá. Abri-lhe um pouco as pernas e quis que ela me puxasse o tronco para si. Voltámos a fazê-lo desta forma até nos virmos num orgasmo intenso e vibrante. Primeiro ela, completamente perdida pelos movimentos com que o fazíamos, depois eu, jorrando jactos quentes e fortes por aquele corpo de deusa diante de mim.
Quando parámos, mais uma vez senti o tecto a abater-se sobre a minha mente. Permaneci estático, calado e sem saber o que dizer. Pedi-lhe desculpa…
Ela, sem qualquer ponta de arrependimento, beijou-me na face, deu-me a mão e levou-me para o banho. No duche, conversou comigo, abraçou-me, libertou-me do muito peso que sentia e agradeceu. Despedimo-nos finalmente como dois bons amigos.
Soube dias mais tarde, que o Miguel tinha voltado para casa com a criança. Se por um lado me senti feliz e lisonjeado por eles, por outro, mantenho a culpa e o remorso de poder ter feito a Rosa trair o marido. Aos poucos, pareço já ficar liberto desta pressão.
É certo que realizei uma das fantasias que desde sempre existiram no meu viver, mas jamais poderia pensar que aconteceria desta forma e neste tempo.
No entanto, a grande dúvida mantém-se: será que a necessidade que ela manifestava seria realmente desabafar e sentir-se compreendida, ou teria tão somente o desejo e a vontade de ser tocada e amada de um modo mais físico? Por muito que me custe saber, existe ainda a possibilidade de ele me ter usado como vingança contra o marido. Não sei… Apenas sei que até hoje nunca mais falámos daquela tarde e apesar de tudo, julgo que continuaremos os mesmos amigos com que sempre fomos…

1 comentário:

SereiadoSexo disse...

Este momentos de carencia, são inesperados e nunca conseguimos explicar como acontecem e porque acontecem. Mas temos de pensar friamente e dizer aconteceu, foi bom,mas não é para repetir.
Excelente post.
Beijinhos


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