quarta-feira, 5 de março de 2008

Descobertas...

Longe, vai o tempo pautado pela inocência das nossas primeiras vezes...
Estávamos numa tarde primaveril, num estranho ambiente de acalmia, de tranquilidade e de completa absorção por uma energia que nos parecia contagiar. Precisávamos de fazer um trabalho escolar e as reuniões entre colegas de turma, resumia-se num factor essencial à realização do mesmo. Cheguei atrasado a casa da colega onde nos propusemos encontrar e o nervosismo aliado ao cansaço pela pressa de ali chegar, deixou-me ainda mais tenso e sem vontade de fazer o que quer que fosse. Éramos quatro adolescentes a tentar encontrar ideias, a procurar algo que pudesse surpreender os professores e inevitavelmente alcançarmos uma nota que nos deixasse satisfeitos com o trabalho realizado.
Parecíamos bloqueados e estranhamente apáticos perante a necessidade e a obrigação de desenvolvermos algo útil e proveitoso. Brincámos com as ideias disparatadas que iam surgindo e sem grande inspiração, resolvemos ficar por ali naquele dia. Dois dos elementos do nosso grupo sairam e acabei por ficar apenas com a companhia da dona da casa. Sentámo-nos no sofá da pequena salinha de trabalho, onde o aspecto acolhedor e agradável me fazia sentir confortável e bem acomodado. Ela conversava comigo sobre as aulas, sobre a escola, sobre alguns colegas de turma, sobre ideias para o futuro e sempre num ambiente de descontracção e amizade. Lentamente, a conversa seguiu o rumo dos namoros, das relações, dos afectos e daquelas paixões primaveris que nos deixam os corações em sobressalto e em desassosego. Sentou-se a meu lado, ouvindo-me, escutando-me com paciência e boa disposição, apoiando a cabeça numa das mãos e olhando-me sempre nos olhos. Nunca vacilei, nunca deixei de ter qualquer outra intenção até surgir um beijo tão inocente quanto propositado. Senti-me tenso, nervoso, quase como que sentindo uma estranha invasão... Era afinal um dos meus primeiros beijos a sério e não poderia deixar de viver aquele momento com algum encanto e satisfação. Senti-a rodar o corpo no meu colo, abraçando-me, fechando os olhos e continuando com os lábios colados nos meus, tocando-me com a língua de uma forma desajeitada mas intensa e provocando-me uma excitação incontrolável. Ousei um pouco mais e levei as minhas mãos àqueles pequenos seios, apertando-os e sentindo algo diferente do que alguma vez tinha sentido. Ela virou-se de imediato, deixando-me receoso, assustado e arrependido por tê-la tocado... Apeteceu-me pedir-lhe desculpa, lamentar por tê-la tocado sem pensar, até lhe sentir as mãos a acariciarem-me o sexo por cima das calças. Abriu o cinto, desapertou-me o botão e fez deslizar suavemente o fecho até abaixo... Puxou-me os boxers e tirou-o para fora, com um ar nervoso, com as mãos geladas e igualmente levada por uma excitante inconsciência. Tocou-me, apertou-o e esfregou-o com aquelas pequeninas mãos. Suspirei sem esboçar qualquer reacção, talvez ainda assustado, ainda pouco à vontade com o que estaria a sentir, mas pleno de satisfação. Senti-lhe a boca mergulhar no meu sexo, chupando-o, lambendo-o, deliciando-se sem qualquer sentido e sem qualquer experiência... Estaria tão nervosa quanto eu, mas levada pelos instintos que também se apoderavam de si, entregou-se sem reservas, sem pudores e transformou o seu atrevimento juvenil, numa inocência que ainda hoje recordo com carinho.
Despiu a camisa de uma maneira apressada, puxou-me a camisola e sentou-se no meu colo. Tirou o soutien e abraçou-me, permitindo-me que sentisse pela primeira vez o prazer de ter o peito nú de uma mulher colado no meu. Rejubilei de prazer com a sensação e também eu levado pelo entusiasmo, beijei-a com fervor, abracei-a, inclinei-a para trás, toquei naqueles seios com os meus lábios, apertando-os de seguida com as mãos geladas e ao mesmo tempo a transpirarem de nervosismo. Senti-a puxar-me para o chão e acabando de se despir por completo, olhou-me nos olhos e sussurou-me desajeitadamente ao ouvido: "fode-me"...
Senti o coração a disparar, sem saber o que fazer, irrequieto, tenso e tremendamente assustado. Levantei-me um pouco e pegando no meu sexo cada vez mais perto de ejacular, entrei no corpo dela, receoso e inconscientemente levado pelos sentires da minha própria excitação. Apoderou-se de mim, um tremor físico complexo, talvez pelo sentir da primeira vez, talvez pelas reacções que o meu corpo teimava em me fazer sentir. Ambos suspirávamos de um modo pouco natural e a estranha sensação que pairava sobre nós, deixáva-nos ainda mais tensos e nervosos. Ejaculei rapidamente e acabei por fazê-lo naquele ventre diante de mim... Senti uma estranha sensação física naquele momento e a preocupação que ambos sentimos após a nossa primeira loucura sexual, dominou-nos por completo nos dias seguintes. Receámos uma gravidez indesejada, uma doença potencialmente perigosa para ambos e um pânico imenso em cada um de nós. Com o passar do tempo, os medos dissiparam-se e aquilo que inicialmente parecia bom, deu lugar ao receio mas também a uma vontade de o repetir de outras formas. Fizemo-lo várias vezes, com mais consciência, com mais cuidado e sentindo que em cada vez que o repetíamos, a nossa experiência melhorava e nos deixava mais confiantes... O trabalho, esse, acabou por se fazer sem grandes sobressaltos, mas serviu sempre como uma perfeita desculpa para cada um dos nossos encontros...

2 comentários:

Anónimo disse...

sem duvida que um grande post
:P
prendeste-me ao ecran mergulhada numa história que nao é a minha, mas que senti como se fosse..
*

... disse...

E quem é que não passou por esse nervosinho, essas borboletas no estomâgo??? O sexo é sem dúvida, uma acto de aprendizagem continua, e com a experiência, por norma, obtêm-se mais prazer, mas as saudades que eu tenho da sensação de ficar sem folêgo e sentir o tapete fugir debaixo dos pés, simplesmente porque me deram um beijo na nuca.... AH!!!


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