
Na segunda-feira bem cedo, recebo-a à minha porta com o carro completamente cheio de bagagem e acompanhada de uma outra rapariga que também já conhecia, mas com quem não tinha privado mais do que duas vezes. Apenas sabia que se chamava Marta e que era há bastante tempo, uma grande amiga da Andreia. Pensei que iríamos apenas estar os dois, jamais imaginando que uma terceira pessoa pudesse vir. Naquele instante pensei em desistir, até porque não queria grandes confusões, grandes festas nem demasiada gente à mistura. Ainda assim, lá seguimos sem grandes sobressaltos. A viagem foi calma, agradável e o trajecto fez-se num ápice… Já no nosso destino, senti-me livre, solto, sentindo o cheiro a maresia, quase respirando liberdade e ficando maravilhado com a pequena casa onde iríamos ficar. Era nitidamente uma casa de aldeia, pequeníssima, mas extremamente acolhedora e simpática. As obras de reconstrução e restauro, tinham-na deixado perfeita, tornando-a habitável, mas mantendo sempre o aspecto original da sua edificação.
Deixámos as malas e os sacos na pequena sala da entrada, procurando os fatos de banho, vestindo-os e seguindo para um pequeno café ali perto. Tomámos um pequeno-almoço mais leve e com as toalhas ao ombro, descemos até à praia, permanecendo no areal até meio da tarde. Brincámos, conversámos, trocámos ideias e sem dúvida que me estava a sentir bem melhor e mais animado. Ainda na praia, convidei-as para jantar num restaurante muito bom que eu conhecia na Nazaré. Era um pouco distante e implicava fazer uns bons quilómetros de carro, mas servia de passeio e ajudava a passar mais o tempo. Elas acederam e assim o fizemos…
Não regressámos muito tarde e de volta a casa, demos uma arrumação na tralha que tínhamos trazido e preparámos as coisas para dormir. A casa parecia pequena para tanta bagagem… Tinha apenas um quarto, uma minúscula casa de banho e uma sala transformada em kitchenette. No quarto, as camas eram em beliche e havia tão somente um pequeno armário e uma mesa de cabeceira. Na sala, um pequeno sofá que se abria e permitia transformar em cama, além de uma televisão suspensa na parede e uma mesa com duas cadeiras... Parecia uma pequena casa de bonecas…
Discutimos por isso, sobre quem dormia onde, tendo eu sugerido ficar no sofá, enquanto as raparigas dividiam as camas do beliche no quarto. A Marta concordou, até porque entre muitas brincadeiras, disse que tinha namorado e não queria estar na mesma divisão com outro rapaz. A Andreia, atrevida como sempre, disse-lhe então que ficasse sozinha na sala, não se importando de dividir comigo o mesmo espaço. Eu, meio no gozo, dei a pior das ideias… Tão somente me lembrei de dizer para dormirmos todos no mesmo quarto, ficando a Marta na parte de cima do beliche e eu, dormindo com a Andreia na mesma cama. Soltaram-se gargalhadas, mas mais uma vez, a Andreia não se fez rogada e começou a fazer a cama, preparando isso mesmo. Fiquei sem saber o que fazer, o que dizer e o que pensar, mas seria apenas dormir e nada mais… Vestimos os pijamas na casa de banho e deitámo-nos. Ainda às escuras, dissemos algumas palermices e provocações, rindo bastante e ficando a conversar durante bastante tempo. Já um pouco vencidos pelo cansaço, sentimo-nos adormecer.
A Andreia chegou-se a mim e sentindo-a sorrir, tocou-me…
Colocou-me a mão por dentro dos calções, por dentro dos boxers e começou-me a acariciar, a tocar-me e dando-me um beijo nos lábios, murmurou baixinho: “Gostas? Estou cheia de tesão…” Fiquei sem reacção, gostando ainda assim da forma como ela me tocava. Deixei que continuasse e também comecei a sentir um enorme prazer. Aos poucos e lentamente, comecei também a percorrer o corpo dela, sentindo-a, procurando-lhe o sexo, os seios, beijando-a, sentindo-lhe a língua na minha…
Ela encolheu-se e esgueirando-se pelos lençóis, desceu até ao meu pau cada vez mais teso, procurando-o com a boca, com os lábios, com a língua e baixando-me um pouco a roupa, mamou-o, lambeu-o, deu-lhe pequenas trincadelas, deixando-me perdido, a suspirar e tentando conter a excitação para que a Marta não se apercebesse de nada. Subiu novamente e beijando-me de novo, sussurrou-me ao ouvido: “Fode-me! Não aguento mais…!” Rodei um pouco o corpo e ficando de costas puxei-a para mim, dando-lhe a entender que trepasse pelo meu corpo, se deitasse sobre mim e se deixasse enterrar completamente. Ela sorriu mais uma vez e vagarosamente, pegou no meu sexo e deixou-se introduzir… Fodemos lentamente, quase sem respirar, quase sem movimento e isso apesar de nos inibir, deixou-nos mais loucos, excitados e completamente entregues um ao outro… Ela apertava-me com as coxas, contraindo-se, roçando-se em mim e fazendo com que os seios duros, quase me tocassem no rosto… Apetecia-me mais e não tardámos a atingir um orgasmo pleno de loucura e contenção. Senti-me louco, possuído e quando ejaculei, gemi de uma forma animalesca, tendo acordado a Marta, que aflitivamente perguntou o que se passava… A Andreia sorriu e rapidamente saiu de cima de cima, deitando-se e virando-se para o outro lado. Disfarcei, estando ainda em transe e respondendo apenas que estava a ter um pesadelo…
Acabámos por adormecer, exaustos e ficando bem coladinhos um ao outro.
No dia seguinte levantámo-nos, comemos e seguimos para a praia, tendo um dia em tudo semelhante ao anterior e não dando a entender o que se tinha passado durante a noite. Após o jantar e antes da saída nocturna, notei num pequeno atraso da Andreia. Já ao pé de nós e discretamente, explicou-me sorrindo o que se tinha passado: “Estive a fazer a cama. Sujámos tudo…” Sorriu e piscou-me o olho, dando-me o braço e levando-me consigo. Terminámos essa semana, tendo mais duas aventuras desse género. Uma na casa de banho e uma outra bem mais louca e desinibida, aproveitando um passeio diurno da Marta pelas ruas da aldeia. Foi sem dúvida uma semana perfeita e se cheguei a pensar em ficar em casa para uns dias de reclusão, o que vivi com aquele convite, dissipou-me todas as dúvidas. Foi a todos os níveis, uma semana inesquecível… A Marta, essa, creio que nunca se terá apercebido de nada… Ainda bem!