domingo, 14 de outubro de 2007

Insónias...

Acordei a noite passada por volta das duas da manhã…
Parecia que tinha um compromisso, receio de adormecer ou até algo que não pudesse esquecer, tal foi a energia com que despertei do meu sono. Ainda deitado, liguei a televisão… Corri todos os canais de cima abaixo, num zapping repentino e quase voraz. Nada de especial havia que me pudesse fazer prender a atenção e acabei por desligar o aparelho. Acendi o candeeiro e tentei concentrar-me no meu livro de cabeceira, mas mais uma vez, nada… Apaguei a luz e deixei-me ficar de barriga para o ar. Sentia-me com força para ir correr, fazer qualquer coisa enérgica, mas olhando para as horas no meu despertador, apenas consegui sorrir e deixar-me ficar. Virei-me, tentei adormecer, voltei-me de novo e nem sinal de sono… Olhei de novo para a cabeceira e reparei no telemóvel. Peguei-lhe, começando de imediato a jogar uma espécie de “Pac-Man”, mas nem isso me apetecia fazer. Desliguei a aplicação e olhando para o painel do meu pequeno telefone, comecei a percorrer os contactos da minha lista. Passei por familiares, amigos, colegas, até que um dos números, era de uma pessoa com quem não falava há muito e com quem me dava extremamente bem. Apesar da hora tardia, não hesitei em lhe enviar uma mensagem de boa noite, embora soubesse de antemão que não seria horas muito próprias para se falar com alguém, ainda que fosse através de uma simples mensagem escrita. Da mesma forma que esta impulsividade tomou conta de mim, também me fez pousar rapidamente o telefone ao lado da almofada e virando-me para o outro lado, deixei-me ficar. Quase instantâneamente, sinto a luz forte do visor a acender, dando-me o alerta sobre uma mensagem recebida. Abro-a e sorrindo um pouco, leio com satisfação uma pequena frase a perguntar-me sobre o porquê de ainda estar acordado. Respondi com a verdade, falando sobre a pequena insónia, energia e espertina nocturna…
Do outro lado, a situação era em tudo semelhante, apenas com a diferença de ainda estar ocupada com outras tarefas. Trocámos algumas frases, num esquema de quase parada-resposta e como se estivéssemos a falar um diante do outro. Tentámos saber o porquê de não conseguirmos dormir, de procurar entender se seria excesso de trabalho, se pelo facto de estarmos sós, se estaríamos a atravessar alguma fase menos boa ou algo que nos perturbasse e aborrecesse. A conclusão a que chegámos, foi no entanto, praticamente nula…
Ela aconselhou-me a tentar dormir, a esforçar-me por não pensar em nada e a concentrar-me na respiração, procurando assim descontrair o cérebro e deixar-me fluir através do sono. Despedimo-nos com aquilo que parecia ser uma última mensagem, mas passados uns minutos, insisti eu com um novo texto a dizer que me ia levantar um pouco, caminhar pela casa e tentar fazer qualquer coisa que me mantivesse ocupado. A resposta não tardou e foi extremamente agradável e simpático da parte dela, em me ter convidado para ir ter consigo, falarmos um pouco e tomarmos um copo, numa tentativa de apaziguar o tempo que se tornava demasiado maçador para ambos. Recusei a oferta delicadamente, não só por ir ter a uma casa que apesar de extremamente perto, desconhecia por completo, bem como, por estar confortavelmente “arrumado” comigo próprio. Não me apetecia vestir, calçar e arranjar para estar com alguém e mesmo com toda a energia a fluir por mim, queria manter nesse sentido, alguma preguiça. Demorou um pouco a responder, mas deixou-me completamente estupefacto e boquiaberto, ao dizer que se eu não me importasse, viria ela ter comigo, uma vez que não tinha muito que fazer e também não lhe apetecia ir-se deitar naquela altura.
Hesitei um pouco, mas acabei por concordar e um pouco á pressa, tentei dar um jeito nas minhas desarrumações, evitando dar a impressão de um homem demasiadamente desmazelado.
Poucos minutos passaram, até ela me aparecer à porta. Vinha de gabardina creme, saltos altos, cabelo meio embrenhado, com um ar despreocupado, de quem não cumpria horários, flexível e com um sentido muito prático em relação a tudo o que a rodeava. Confesso que gostei!
Convidei-a a entrar para a sala, acendendo os pequenos lustres de halogéneo e ligando a televisão para termos apenas uma tela com algum movimento e deixar um bom ambiente. Preparei-lhe um Bailey’s com gelo e sentámo-nos no sofá a conversar, a sorrir e a encontrar pontos de interesse de ambos. Foi muito agradável e passámos cerca de hora e meia num convívio bastante simpático e sadio. O tempo foi passando e ela mesmo tomou a iniciativa de se levantar e de querer ir embora. Acompanhei-a à porta e ao despedir-me dela, sinto-a olhar-me nos olhos, com desejo, com vontade, com o mesmo calor que também eu há muito sentia necessidade de libertar. Aproximámo-nos e beijámo-nos…
Colámos os lábios um no outro, com desejo, com uma boa dose de loucura, ávidos de prazer e cheios de tesão. Sentia-a louca, tal era a forma como me beijava, como respirava e como se estava a deixar levar. Coloquei-lhe a mão por entre a gabardina, abrindo um pouco o cinto que apenas teimava em a apertar. Senti-lhe a pele quente por entre os meus dedos e descendo em direcção ao sexo, senti-a húmida, quente e muito surpreendido ao ver que não trazia roupa interior. Sorri, continuando a provar aquela boca gulosa, tentadora e extremamente apetecível. Coloquei-lhe um dedo no sexo, estimulando-a, excitando-a e dando-lhe prazer. Ela contraiu-se, mas ao mesmo tempo deixou-se cair mais um pouco para que a tocasse melhor. Introduzi-lhe um dedo, provocando-lhe um suspiro de prazer e de completa sintonia comigo. Senti-a procurar o meu pau, já bem duro, bem espetado e completamente ávido de toque e de mimo. Permanecemos assim, beijando-nos e tocando-nos mutuamente, num ambiente de loucura e pressa aparente…
Retirei-lhe a mão do sexo e abrindo-lhe a roupa com rispidez, vejo-a nua, com uns seios apetecíveis, mamilos espetados, corpo quente e ao mesmo tempo muito arrepiado. Tinha vindo completamente despida e apenas com aquele casacão vestido, provocando-me um desejo tão intenso, que fez com que não tivesse a capacidade de discernir que afinal também ela estava ali pela muita vontade de uma loucura naquela noite.
Despiu-me apressadamente e continuando-me a acariciar, puxou o meu sexo e levou-o a roçar no dela… Colocou uma perna na minha cintura, pegou na minha mão e fazendo-me agarrar-lhe a coxa, deixou que colocasse a minha glande naqueles lábios húmidos, quentes e completamente rendidos à vontade de serem penetrados. Enterrei o meu sexo de uma só vez, com força e tesão, levando-a a gemer, a abraçar-me com força e a deixar cair a cabeça sobre o meu ombro. Empurrou-me, impedindo-me de continuar e puxando-me para o quarto, atirou-me para cima da cama, caindo sobre mim…
Sentou-se no meu pau, de costas voltadas e deixando-se enterrar, montou-me, cavalgou-me como louca, agarrando-me pelos tornozelos e inclinada para a frente. Trocou de posição, possuindo-me sempre e sem me deixar dominar, deitando as costas sobre o meu peito, procurando a minha boca e fazendo com que lhe apertasse aqueles seios endurecidos pela tesão que também sentia. Continuou assim, num vaivém desmedido, louco e completamente rendida. Levantou-se um pouco e sempre de costas para mim, colocou-se de cócoras, enterrando-se no meu sexo cada vez mais duro e com a vontade de se esporrar. Sentia o meu pau dentro e fora, dava-me tesão ter aquele cú a dançar sobre o meu ventre e sentia um prazer imenso pela forma como aquela mulher se mexia. Não tardei a vir-me, saindo ela de cima de mim e masturbando-me até atingir um orgasmo vigoroso, louco e intenso. Inundei-lhe a boca de esperma, vendo-a a sentir um grande prazer e a engolir cada gotinha do meu leite até ao fim…
Estava exausto e sem qualquer reacção. Não me mexi por largos instantes, sentindo-a vestir-se e bater a porta com cuidado e delicadeza. Permaneci deitado daquela forma, quase adormecendo. Passados uns minutos, o meu telefone voltou a acender-se com uma nova mensagem escrita. Abri-a, li e sorri! Afinal, só tinha isto isto escrito: “ Também sofro de insónias. Foi uma óptima terapia para adormecer. Bons sonhos.”
Sorri novamente e adormeci até ser dia…

5 comentários:

Anónimo disse...

obrigada pela dica. gostei bastante deste texto. muito bom.
bjos

eudesaltosaltos disse...

assim vale a pena ter insónias (o txt é q é demasiado longo e torna-se cansativo, mas isto na mnh optica de leitor). bj

RaqueL disse...

Isso não são insónias...a insónia é má, e isso não tem nada de mau...
Já me aconteceu estar irritada, não saber porquê, refilar com tudo e com todos, contestar tudo e todos,e no fim eram apenas vontades manifestadas de formas diferentes...

Bju*

Refúgios disse...

Assim vale a pena ter insónias... Gostei da ideia ;) Bjinhos

Marrie disse...

Assim, quem não gostaria de ter insônias??? rs
bjs


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